A potência de iniciativas que unem a pluralidade de artistas empreendedores com a necessidade de acrescentar algo novo ao mercado
Por Gabrielly Martins
Seja em âmbito local, nacional ou internacional, a economia criativa busca desenvolver um conjunto de ações e ideais que estimulem o mercado frente ao avanço das novas tecnologias, da cultura e da criatividade. Esse setor é constituído também pela remodelagem de ideias tradicionais de negócio, trazendo pautas importantes para o foco do debate, como a sustentabilidade.
De acordo com levantamentos feitos pela Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC) no ano de 2020, o Acre possui “rotas de desenvolvimento” emergentes e os anos de quarentena, decorrentes da pandemia de Covid 19, maximizaram esses caminhos. Impedidos de trabalhar presencialmente, inúmeros trabalhadores recorreram a uma fonte de renda informal e dinâmica, usando a criatividade e os recursos on-line, se beneficiando das tendências ditadas pelos influenciadores digitais e pelo crescimento das redes sociais.
O mapeamento publicado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), em junho de 2022, mostra que no total do PIB brasileiro o PIB criativo ficou em 2,91% em 2020, rentabilizando R$217,4 milhões de reais. Os dados não incluem somente a potência que os produtos originais e inovadores significam no mercado, mas ensina o porquê das novas tecnologias serem um pilar importante para a economia.
Em diversos setores de venda, para além de produtos que atendem a uma parcela de gostos alternativos, existe também a criação de canais de venda, por onde esses produtos são postos no mercado, como é o caso de roupas, acessórios e calçados. As vitrines virtuais permitem que o empreendedor contemple temáticas e tendências com mais eficiência, como é o caso do setor fashion.
Estilo e engajamento social
A moda, em ascensão por conta das tendências vintage e retrô, se reinventa através da reutilização e sustentabilidade, sendo disseminada através dos brechós, um meio de economia circular. Trabalham com a curadoria de peças de roupas, calçados ou acessórios, atribuindo valor a peças que, apesar do tempo de uso, ainda estão em bom estado e corroboram com a estética seguida em 2023 por uma parcela da sociedade.
Para Andressa Lima Oliveira, proprietária do brechó Abelha Bee, que começou no ramo por uma questão financeira, esta é uma forma de alcançar os próprios sonhos. “Fazer parte da indústria da moda circular é incrível, porque garimpar peças únicas e raras supre a minha carência de estudar moda, que é uma faculdade que não posso fazer”, comenta Andressa Lima, que mora em uma cidade sem cursos presenciais na área.
Apesar das demandas e do espaço conquistado, a brecholeira não se imagina como parte do comércio, nem se vê como uma empresária. Para ela, ainda são poucas as medidas que dão segurança aos empreendedores do setor criativo. “O brechó vem ganhando espaço no mercado, sim, mas deveria ser mais valorizado pela contribuição que ele tem para a sustentabilidade. Cada vez mais nós temos feiras, aparecemos em jornais, construímos espaços físicos. O brechó não é só a luta para que se recicle peças, é também a luta contra o trabalho escravo das grandes empresas”, reiterou.
Para Rebeca Martins, estudante e consumidora de itens de brechó, o acesso a roupas em bom estado e com um ótimo custo-benefício é um atrativo para esse comércio. “O alto custo que a gente vê nas roupas hoje em dia torna o brechó mais atrativo, porque além dele ter essa característica mais vintage e ajudar a compor estilos, ele traz muita acessibilidade econômica a quem quer se vestir bem, gastando um preço justo.”
Segundo o levantamento feito pela Boston Consulting Group (BCG), é possível que o setor de brechós obtenha grandes faturamentos, com crescimento de 15% a 20% até 2030, impulsionado pelo aumento dos preços de roupas e calçados de lojas de departamento.
Estudantes de Jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac) se reuniram com os representantes dos quatro candidatos à prefeitura de Rio Branco, nesta quinta-feira, 15, para o alinhamento das regras do primeiro debate eleitoral promovido pelo curso, que acontece no dia 20 de setembro, com transmissão ao vivo pelo canal ‘Laboratório Jornalismo Ufac’, a partir das 20h.
Estiveram presentes todos os representantes dos candidatos pela disputa à prefeitura da capital acreana. Os assessores Gustavo Franco, Andréia Oliveira Forneck, Lailla Cândido e Ton Lindoso representam, respectivamente, Jenilson Leite (PSB), Marcus Alexandre (MDB), Emerson Jarude (Novo) e Tião Bocalom (PL).
Com mediação do professor da disciplina de Telejornalismo, Paulo Santiago, na reunião foram apresentadas as regras gerais, instruções e formato para a execução do debate político. Ao final, os representantes assinaram o documento de aceite às regras e a ata da reunião.
Além da presença de Santiago, o momento também contou com o coordenador do curso de Jornalismo da Ufac, professor Luan Santos, e as estudantes Tácila Matos e Maria de Fátima Brito, que compõem a coordenação geral do debate eleitoral organizado pelos acadêmicos.
“Os estudantes são fundamentais nesse processo, porque aqui na Ufac eu acho que deve ter em torno de 10 mil estudantes, então vocês propiciarem um ambiente onde os estudantes vão poder conhecer as propostas dos candidatos é fundamental. Quero parabenizar o curso de Jornalismo pela iniciativa de realizar um debate dessa grandiosidade”, pontua a representante de Marcus Alexandre, Andréia Oliveira.
O responsável pela campanha de Tião Bocalom, Ton Lindoso, destaca que numa sociedade democrática, é essencial que todos os candidatos possam participar de etapas importantes como essa. “O debate é uma espécie de vitrine, onde cada candidato é apreciado. Apresenta suas propostas, se mostra para a sociedade, e a população, como um todo, tem a oportunidade de saber mais sobre as propostas”, ressalta Lindoso.
Para Lailla Cândido, representante de Emerson Jarude, o evento, além de colaborar com a formação dos acadêmicos de Jornalismo, será um espaço democrático para os candidatos apresentarem as suas plataformas de governo à academia e à sociedade. “Os estudantes são muito importantes dentro de uma eleição. São pessoas que estão no nosso futuro. A educação é a base da nossa sociedade”, disse Cândido.
O representante político e de comunicação de Jenilson Leite, Gustavo Franco, acredita que o poder dos jovens na política é muito decisivo em uma votação. “A gente costuma falar em nossas reuniões que os jovens têm um papel fundamental, inclusive, dentro de suas próprias residências e suas próprias famílias. […] Acho que todos têm que conhecer as propostas para poder escolher melhor os seus candidatos”, conclui Franco.
A Universidade Federal do Acre (UFAC), através do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), divulgou na tarde desta quinta-feira (25), o edital nº01/2024, para a seleção de bolsas de monitoria, referentes ao semestre letivo 2024.1
Ao todo, são 22 bolsas disponíveis no valor de R$700 mensais pagos aos alunos que foram selecionados, e outras sete voluntarias, para os cursos de Ciências Sociais, Comunicação Social, Filosofia, Bacharelado em Geografia, Licenciatura em Geografia, Bacharelado em História, Licenciatura em História (matutino e noturno), Psicologia.
É importante ressaltar que não possível fazer o acumulo de duas ou mais bolsas de monitoria de maneira remunerada, sendo possível ainda conciliar em caso de disponibilidade voluntária do aluno.
As bolsas serão referentes aos meses de agosto à novembro de 2024, sendo necessário para a inscrição, preencher a ficha, presente no edital, assim como apresentação de Registro Geral (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF), ou documentos equivalentes, comprovante de matrícula do semestre vigente e o histórico escolar com o coeficiente de rendimento geral.
Os documentos devem ser encaminhados ao e-mail cfch@ufac.br entre o período de 25 a 28 de julho, com o assunto do envio sendo “Inscrição para Bolsa de Monitoria”, assim como nome do aluno, número de matricula e disciplina que deseja pleitear uma vaga de monitoria, junto aos documentos anexados em arquivo único, no formato PDF. É importante lembrar que se faz necessário ter concluído a disciplina que deseja ser monitor.
Os resultados preliminares deverão ser publicados em primeiro de agosto, com a lista final sendo disponibilizada no dia cinco do mesmo mês.
Para maiores informações acerca do processo seletivo, basta acessar o edital abaixo:
Uma das maiores preocupações dos estudantes dos cursos noturnos é o deslocamento por transporte público.
Por Akenes Mesquita e Felipe Nascimento
Estudantes enfrentam desafios significativos ao utilizar o transporte público para se deslocarem até suas residências durante o período noturno. A falta de infraestrutura adequada e os problemas de segurança são algumas das principais preocupações enfrentadas pelos estudantes que frequentam a Universidade Federal do Acre (Ufac).
Ônibus superlotados, atrasos frequentes e rotas limitadas são apenas algumas das questões enfrentadas diariamente pelos universitários. Além disso, a falta de iluminação adequada nos pontos de ônibus e nas vias públicas aumenta o sentimento de insegurança durante o trajeto para casa.
O aluno do curso de Ciências Econômicas, Abimael de Souza Melo, considera a situação inadmissível em um país onde os cidadãos pagam altos impostos e deveriam contar com este serviço público mais eficiente e acessível para todos. Ele relata as dificuldades enfrentadas ao utilizar o transporte público:“O último ônibus passa às 21h40, enquanto minhas aulas só terminam às 22h, o que gera um conflito de horários. Além disso, há um intervalo significativo entre os ônibus, por exemplo, um passa às 20h e o próximo só às 21h40, o que torna a espera prolongada”.
Segurança em risco
Outra preocupação significativa é a segurança. O aumento da criminalidade na cidade, especialmente durante a noite, torna o deslocamento dos estudantes uma experiência estressante e arriscada. Relatos de assaltos em pontos de ônibus e dentro dos próprios coletivos são frequentes, gerando um clima de insegurança na comunidade acadêmica.
Fábio Alves, estudante de Economia, já foi assaltado no trajeto e fala sobre o sentimento de insegurança ao voltar para casa após um dia cansativo de trabalho e aula.
“Moro no bairro Nova Esperança e há dois ônibus que fazem essa linha: Fundhacre e o Rodoviária. Como meu curso termina às 22h, eu tenho que optar por um dos dois. Houve vezes em que optando pelo o Fundhacre, eu perdia o Rodoviária e o Fundhacre nem aparecia no terminalzinho”, lamenta ele, que já precisou recorrer a carros de aplicativo e ouviu relatos de roubos a outros estudantes.
Impacto no desempenho acadêmico
Os desafios não se limitam apenas ao aspecto físico e emocional, mas também têm um impacto direto no desempenho acadêmico. O estresse e a ansiedade causados pelos problemas de transporte e segurança podem prejudicar a concentração em sala de aula e comprometer o rendimento escolar.
A presidente do Diretório Central dos Estudantes da Ufac (Dce), Ingrid Maia, reconheceu que desde janeiro de 2024 estão recebendo algumas reclamações, principalmente em relação ao atraso dos ônibus, à falta de acesso dos veículos na Ufac e à qualidade dos mesmos.
“Encaminhamos denúncia à RBTRANS para que seja instaurada uma investigação e garantir que tais irregularidades não se repitam. Quanto à mudança de rotas, vamos levantar essas e outras pautas no Conselho de Transportes e Tarifas.”
Ela também diz ter cobrado da administração uma maior efetividade nas rondas ostensivas e o retorno do diálogo com as instituições de segurança pública.”
Diante desses desafios, os estudantes clamam por soluções eficazes por parte das autoridades responsáveis. Medidas como aumento da frota, melhoria na infraestrutura dos pontos de ônibus e aumento da presença policial nas rotas de transporte público são algumas das demandas urgentes da comunidade acadêmica.