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Curso de Jornalismo concorre em duas categorias na etapa regional do Expocom

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Foto: Reprodução/Portal Intercom

Os trabalhos classificados foram produzidos por alunos do 4º e 8º períodos do curso

Por Juilyane Abdeeli e Maria Fernanda Arival

Alunos do curso de jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac) concorrem ao Prêmio Expocom Norte 2021 que ocorre no próximo dia 2 de agosto. Em decorrência da pandemia de Covid-19, a premiação será realizada pela segunda vez no formato virtual.

Renato Menezes, aluno do 4º período, é um dos concorrentes do Expocom com o trabalho “Seacom virtual 2020: Resistência em tempos de crise”, na categoria Projeto de Extensão. A atividade foi feita em conjunto com mais 15 alunos e coordenada pelas professora Tatyana Lima e Francielle Modesto.. 

“Foi o primeiro trabalho que eu estou incluído e que conseguiu ser indicado no prêmio Expocom. Eu nunca havia participado antes de nenhuma edição e as chances do grupo ganhar a premiação são grandes”, diz.

Para Wagner Costa, professor do curso de jornalismo, o Expocom é uma oportunidade dos alunos entrarem em contato com outras produções fora da Universidade. “Os projetos são avaliados por uma comissão interna e indicados à etapa regional. É importante pelo reconhecimento que os trabalhos recebem por meio de uma premiação”, afirma.

O aluno Hudson Castelo Branco, do 8º período, também concorre à premiação na etapa regional com o projeto “Os impactos da pandemia na Amazônia extrema”, na categoria reportagem para jornalismo impresso. O trabalho de Hudson mostra relatos de pessoas que vivem em regiões isoladas do Acre e como foram afetadas pela Covid-19. A atividade foi produzida durante a disciplina de Jornalismo Especializado.

“Participei em 2019 como coautor, foi uma boa experiência que me incentivou a melhorar minhas produções no curso. As minhas expectativas são as melhores, já que por meio do Expocom posso compartilhar um trabalho com tema que considero emergente e de interesse social”, explica.

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Uma luta por poesia e sentimento

Batalha da Ufac reúne jovens e fortalece cultura do rap em Rio Branco. Foto: Felipe Salgado

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A cada segunda-feira, o campus da Universidade Federal do Acre (Ufac) vira palco para a Batalha da Ufac. Criada por um grupo de idealizadores da cena local, entre eles o estudante de Psicologia Davi Nogueira, a batalha é um espaço aberto para jovens expressarem suas histórias e críticas sociais por meio do rap.


O formato das batalhas de rap no Brasil surgiu no início dos anos 2000, inspirado por movimentos internacionais, e se consolidou em grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo. 

Em Rio Branco, os eventos vem ganhando força desde a Batalha do Palácio, considerada a mais antiga da cidade, que era realizada às sextas-feiras na praça do Palácio Rio Branco. 

Hoje o cenário local conta com eventos como a Batalha da Pista, do Santa Cruz e, principalmente, a Batalha da Ufac, que acontece no Teatro de Arena, conhecido como Coliseu, ao lado do Centro de Convivência.


Davi Nogueira destaca que o objetivo da batalha na universidade é democratizar o acesso à arte e trazer a comunidade para dentro do campus. 

“Muita gente achava que não podia entrar aqui. O Coliseu da Ufac é o lugar ideal, com estrutura e visibilidade para um evento cultural”, explica.


Para os participantes, o evento é muito mais que uma disputa de rimas. Apache Shaft, MC que frequenta a batalha, conta que o encontro representa um espaço seguro para trocar experiências, fazer amizades e fortalecer a cultura local. “É meu abrigo nas segundas-feiras. Quanto mais rap, mais cultura, menos crime”, afirma.


Entre o público, o humorista e influenciador Rafael Barbosa valoriza o clima acolhedor da batalha e ressalta a necessidade de maior apoio para o evento crescer. “Aqui tem muita poesia e sentimento, mas faltam som adequado e divulgação do poder público”, sugere.

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Momento em que os artistas fazem as batalhas. Foto: Felipe Salgado

Mais do que um show de talentos, a Batalha da Ufac é um importante instrumento de transformação social. Ao abrir as portas da universidade para a periferia, o evento reforça a ideia de que a cultura hip hop pode mudar vidas e fortalecer a autoestima de jovens, muitas vezes marginalizados.


Realizada de forma independente, a batalha conta com apoios voluntários e busca parceiros para ampliar sua estrutura. Na primeira edição, o evento lotou o Coliseu e conquistou mais de mil seguidores nas redes sociais antes mesmo de acontecer: um marco para o rap acreano.

Redação

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Startups na Ufac

Comunidade acadêmica desenvolve pesquisas que fortalecem o empreendedorismo na Amazônia. Foto: Autores

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Por Emily Cristina, Mariana Moreira e Franciele Julião

A busca pela liderança e fomento ao empreendedorismo são alguns dos fatores que incentivam acadêmicos da Universidade Federal do Acre (Ufac) a apostarem em iniciativas como startups para expandir seus conhecimentos e práticas para além dos muros da instituição.

As startups são empresas baseadas em tecnologias digitais, que surgem a partir de ideias inovadoras. Ao transformar pesquisas e projetos em novos empreendimentos, os estudantes criam novas oportunidades no mercado de negócios. 

Espaços disponibilizados na universidade, como o SebraeLab e órgãos como o  Núcleo de Gestão do Conhecimento e da Tecnologia (NGCTEC) e o Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) são aliados importantes para o apoio dessas iniciativas. 

Segundo o coordenador do NGCTEC e assessor de comunicação da Ufac, Gilberto Lobo, estudantes de todos os cursos podem participar, desenvolver suas ideias e procurar a instituição para auxiliar no seu crescimento, com divulgação de bolsas em parceria com o Sebrae no Acre, Ifac e outras instituições.

Inaugurado na universidade em 2018, o SebraeLab tem o objetivo de incentivar e estimular a criatividade e a inovação como apoio essencial para os estudantes se inserirem no ambiente empresarial. A iniciativa tem 37 startups em diferentes estágios de desenvolvimento, dentro dos campus. Para participar, os universitários devem apresentar uma proposta baseada em  pesquisa, com a possibilidade de ser transformada em um modelo de negócio. 

Espaço é um fortificador da tecnologia dentro do campus. Foto: Autores

Identidade regional

O estúdio Moonlight Games está entre os destaques de projetos inovadores. Liderado por André Lucas, que desenvolve o jogo Carbon Zero, o game propõe uma reflexão sobre as mudanças climáticas e seus impactos no cotidiano, conectando entretenimento digital e questões urgentes da atualidade. 

O projeto nasceu durante uma competição estudantil e cresceu com a ajuda do Sebrae, que oferece suporte técnico e orientação para a estruturação do estúdio como uma startup. 

“A gente quer criar algo que seja marcante e mostre a capacidade que a nossa região tem. Trabalhamos com temas ambientais e sociais que fazem parte da nossa realidade aqui no Norte”, explica André Lucas.

A professora do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza da Ufac, Almecina Balbino Ferreira, enfatiza que a inovação não se limita às áreas tecnológicas, mas pode ser aplicada em diversas áreas do conhecimento. 

“É importante frisar que a inovação não se dá apenas nas áreas tecnológicas e biológicas, mas nas áreas sociais de ciências sociais que podem entrar com outras metodologias. Você pode inovar com processos e com métodos”, afirma.

Almecina Ferreira é professora da Ufac. Foto: Autores

Outro projeto promissor busca enfrentar deficiências nutricionais com uma solução sustentável: um suplemento alimentar com alto teor proteico, feito a partir de plantas nativas da Amazônia. O produto está sendo desenvolvido com suporte da Ufac em pesquisas laboratoriais. “O objetivo é suprir demandas nutricionais da população como ingredientes que temos aqui na região, mas que ainda são poucos explorados”, destaca Rayane Silva.

Trabalho objetiva suprir as necessidades da população da região. Foto: Autores

Avanços e desafios

João Pedro dos Santos está à frente de uma proposta inovadora: a criação de um bioproduto à base de cravo-de-defunto, planta medicinal com potencial para controlar micro-organismos patogênicos em áreas contaminadas.

A ideia é que o produto possa ser aplicado em áreas inutilizadas e contribua com a recuperação de espaços afetados. “A Ufac tem nos ajudado com áreas de cultivo e laboratórios para análise química. O Sebrae entra com a parte de modelagem do negócio”, conta João Pedro.

Apesar do entusiasmo, os jovens enfrentam desafios importantes. Um deles é a defasagem curricular em cursos da área de tecnologia, como aponta André Lucas: “Nosso curso tem grade de 2012. Para uma área que muda tão rápido, isso é muito ultrapassado. Faltam disciplinas atualizadas e práticas que realmente preparem a gente para o mercado.”

Redação

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Com apoio da Motorola, Pavic-Lab forma nova geração de cientistas da computação pela Ufac

Com R$ 12 milhões de investimento da Motorola, Pavic-Lab conta com infraestrutura moderna, incluindo estações de trabalho e ambientes colaborativos. Foto: Luanna Lins/Ufac

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Por Bruno Firmino, Carlos Alexandre, Inayme Lobo e Luanna Lins

Como exemplo do potencial tecnológico e acadêmico que emerge da região Norte do Brasil, destaca-se o Centro de Pesquisa Aplicada e Treinamento de Novas Tecnologias em Visão e Inteligência Computacional (Pavic-Lab), da Universidade Federal do Acre (Ufac). O projeto já alcançou dezenas de estudantes e pesquisadores oferecendo infraestrutura de ponta e um programa estruturado de formação acadêmica e técnica, com foco em visão computacional.

O PAVIC-Lab é resultado de uma parceria entre a Ufac, a Motorola, a Flextronics e a Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária no Acre (Fundape), viabilizada por meio da Lei de Informática (Lei nº 8.248/1991).

Instalado no campus-sede da UFAC em Rio Branco, o laboratório é voltado à pesquisa aplicada nas áreas de visão computacional e inteligência artificial. Com investimento superior a 9 milhões de reais até 2024, o espaço oferece estrutura de ponta para que estudantes de graduação e pós-graduação desenvolvam soluções tecnológicas com aplicações em áreas como saúde, agricultura, meio ambiente e sensoriamento remoto.

Apesar do apoio privado, o Pavic-Lab mantém independência acadêmica e tem como foco a formação científica e técnica. Foto: Luanna Lins/Ufac

O laboratório é coordenado pela professora Ana Beatriz Alvarez, que destaca o papel transformador do projeto para os estudantes envolvidos. O ambiente do PAVIC reúne bolsistas da graduação, mestrado e também alunos externos, que participam de treinamentos técnicos com certificação de 300 horas. Os projetos desenvolvidos no espaço se concentram no aprimoramento de imagens digitais, com aplicação de algoritmos de inteligência artificial para remover sombras, neblinas ou melhorar áreas degradadas, sempre com potencial de aplicação prática em problemas reais da Amazônia e de outras regiões.

Para a professora Ana Beatriz, o diferencial do PAVIC está na autonomia científica e no incentivo à produção de conhecimento. “A Motorola não define o que pesquisamos. Nossa autonomia científica é total”, afirma. A estrutura avançada, que inclui uma GPU Farm exclusiva, garante condições ideais para o desenvolvimento de pesquisas complexas que antes não eram possíveis na universidade.

Professora Ana Beatriz Alvarez destaca a importância dos incentivos à tecnologia para o desenvolvimento científico na região. Foto: Luanna Lins/Ufac

O impacto do laboratório pode ser medido em números. Ao completar três anos de atividade, o PAVIC Lab já se consolida como um dos núcleos mais produtivos da UFAC. O laboratório contabiliza 26 publicações científicas, muitas delas em periódicos classificados entre A1 e A4 no sistema Qualis CAPES, além de sete dissertações de mestrado e cerca de 11 trabalhos de conclusão de curso. Os alunos também têm participado de conferências científicas nacionais e internacionais. Segundo a professora Ana Beatriz, coordenadora do projeto, o PAVIC responde atualmente por cerca de 47 por cento das publicações do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFAC, o que demonstra a importância do centro para a consolidação da pesquisa em tecnologia dentro da universidade.

Atualmente, o laboratório está em reforma para ampliar sua área física e atender à crescente demanda de estudantes. A nova configuração prevê espaços dedicados para grupos de estudo, produção técnica e reuniões, tornando o ambiente mais dinâmico e colaborativo.

Enquanto expande sua infraestrutura, o PAVIC-Lab também amplia suas perspectivas. Com a quarta turma do treinamento técnico em andamento e novos projetos em fase de submissão. Mais do que formar programadores ou cientistas, o laboratório ajuda a construir novas trajetórias de vida baseadas em pesquisa, colaboração e pertencimento.

Equipe do Pavic-Lab levou experiência do Acre ao Congresso Internacional de Engenharia Eletrônica e Aplicações (Elecon 2023) em Cusco, Peru. Foto: Cedida

Nova geração de pesquisadores

O laboratório já coleciona conquistas coletivas com cerca de 26 artigos científicos publicados, parcerias internacionais e ex-alunos que seguem para o mestrado com uma base sólida em pesquisa aplicada.

Entre os talentos revelados pelo Pavic está Thuanne Paixão, pesquisadora plena, formada em Sistemas de Informação com mestrado em Ciência da Computação. Ela conta: “Quando ingressei no projeto, estava desenvolvendo minha pesquisa de mestrado sobre controle de um sistema robótico de coluna lombar 3D. Graças ao laboratório, consegui divulgar esse trabalho em conferências nacionais e internacionais. E hoje, atuo orientando alunos e contribuindo com artigos científicos”.

Thuanne Paixão apresentou seus estudos em eventos nacionais e internacionais após experiência no laboratório. Foto: Luanna Lins/Ufac

Outro destaque é Clécio Elias Silva, atualmente mestrando em Ciência da Computação, que também iniciou no Pavic durante a sua graduação: “Meu primeiro projeto foi um classificador de padrões em imagens de ultrassom pulmonar. Depois, segmentei nódulos cancerígenos em imagens de mama e trabalhei com doenças em folhas de café. Hoje, pesquiso a reconstrução de ambientes internos 3D. Tudo isso graças à base que recebi no Pavic”.

Clécio Elias iniciou no Pavic ainda na graduação e hoje desenvolve pesquisas em reconstrução de ambientes 3D no mestrado. Foto: Luanna Lins/Ufac

Descobrindo-se pesquisadora

A transformação promovida pelo projeto também é visível na trajetória de Emili Bezerra, um exemplo de como o investimento em pesquisa científica pode transformar trajetórias. Ela entrou no Pavic no último ano da graduação em Engenharia Elétrica sem qualquer experiência em pesquisa, programação ou leitura técnica em inglês, mas rapidamente encontrou seu caminho no geoprocessamento e desenvolveu uma pesquisa sobre ilhas de calor em Rio Branco, tema que resultou em seu trabalho de conclusão de curso.

Emili Bezerra foi aprovada em doutorados após publicar sete artigos e hoje pesquisa no ITA, levando a ciência acreana a outros estados. Foto: Cedida

Mais do que aprendizado técnico, Emili destaca o crescimento pessoal que viveu no projeto. “Aprendi a lidar com frustrações e a resolver problemas com o que tinha em mãos. Foi ali que percebi que eu podia ser pesquisadora, uma possibilidade que nunca imaginei”. Ao longo do mestrado, orientado pela professora Ana, Emili publicou sete artigos e, posteriormente, foi aprovada em diversos programas de doutorado, optando pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), onde segue em uma nova linha de pesquisa.

Para ela, o Pavic tem papel essencial na promoção da ciência na região Norte: “Foi minha porta de entrada, não só pelo suporte financeiro, mas pelo ambiente de troca e descoberta. Aprendi a trabalhar em equipe, desenvolver minhas ideias e trocar experiências com outros profissionais”.

Quanto ao potencial da vida acadêmica, ela aconselha: “Se você gosta de ler e se desafiar, entre para a pesquisa. Não é um universo fácil, frustrante muitas vezes, mas é incrível quando tudo dá certo. Graças ao Pavic conseguimos várias publicações, participamos de eventos, viajamos para outros estados e até mesmo outro país, foi uma experiência transformadora.

Redação

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