O estudante ganhador da etapa regional do Encontro Intercom segue na disputa da etapa nacional, prevista para ocorrer no mês de outubro de 2021
Por Renato Menezes
Mesmo diante da maior pandemia do século, que inviabilizou a realização das aulas presenciais, o curso de Jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac) manteve as atividades remotas e a submissão de trabalhos acadêmicos para as premiações da área da comunicação. Dentre as duas produções realizadas no ano de 2020 e devidamente inscritas no Prêmio Expocom 2021 do 44º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, a reportagem “Os impactos da pandemia na Amazônia Extrema”, escrita pelo estudante Hudson Menezes Castelo Branco, do 8º período, conseguiu ser laureada na categoria destinada a publicações em jornal impresso, na última segunda-feira (02/08).
A produção, que estava competindo no Encontro Intercom da Região Norte, aborda os desdobramentos da pandemia de Covid-19 em regiões remotas, mais especificamente em comunidades ribeirinhas e indígenas do município de Marechal Thaumaturgo, no interior do estado do Acre. O aluno Hudson é oriundo de uma comunidade ribeirinha do município e, como já estava inserido no contexto da pauta, a parte prática da reportagem foi acompanhada da responsabilidade de não mostrar as pessoas apenas como números, mas sim com histórias a serem contadas e respeitadas.
O estudante contou que a ideia era de expressar, através do material, uma realidade que nem sempre é tratada de forma humanitária ou com um olhar mais sensível nas mídias tradicionais. “Nos momentos críticos da pandemia, eu observei que o isolamento geográfico e a dificuldade de acesso a serviços básicos como saúde e informação podem intensificar muito uma crise sanitária. Desse modo, eu busquei, através de relatos, expor as adversidades enfrentadas por esses grupos no contexto pandêmico. Tanto o texto como as fotografias da reportagem foram desenvolvidas individualmente, com supervisão da professora Tatyana Lima”, complementou.
Festa de premiação Expocom Norte 2021 ocorreu de forma remota | Foto: Reprodução
ETAPA NACIONAL
Além de ter sido premiada na etapa da região Norte, a reportagem, produzida na disciplina optativa de Jornalismo Especializado, oferecida no Ensino Remoto Emergencial (ERE), também terá a oportunidade de concorrer, de forma automática, ao Prêmio Expocom Nacional. Este contará com a participação de todos os trabalhos premiados nas etapas regionais, sendo a Ufac representada em mais uma edição.
Hudson se fez presente durante a live de premiação, que ocorreu no YouTube, e ficou muito empolgado em ver um trabalho de sua autoria receber reconhecimento, principalmente no período em que a Covid-19 dificultou a experiência prática que a universidade costuma fornecer. “O sentimento foi de superação, porque eu tive muitas dificuldades durante o ERE. E ter um trabalho premiado é bastante gratificante, pois dá um impulso a mais para seguir com as disciplinas. Eu já havia concorrido outras vezes, mas nunca como aluno líder”, disse.
Sobre as expectativas, o estudante diz estar esperançoso e acredita no potencial do trabalho. “Tenho boas expectativas, mas já estou feliz em representar o curso e concorrer ao lado de trabalhos com qualidade excelente”, frisou.
Trabalho ganhou na modalidade Reportagem em Jornalismo Impresso (avulso) | Foto: Reprodução
UFAC EXPERIENTE NO EXPOCOM
Já é rotineira a participação do curso de Jornalismo da Ufac na premiação anual, principalmente se observado o histórico de vitórias. Somente na edição anterior, sete das oito submissões foram premiadas na região Norte, sendo que dois desses trabalhos receberam prêmios na etapa nacional. A ideia é de, justamente, incentivar a comunidade acadêmica a produzir, expandir a visibilidade e alcance das produções, e claro, receber premiações.
A professora que orientou a reportagem, Tatyana Lima, disse que o processo de ajustes e recomendações foram feitos de maneira remota, e ressaltou que ficou muito orgulhosa em ver um trabalho que foi fruto da disciplina ser laureado no prêmio Expocom.
“É muito gratificante, como professora, ver um aluno se destacando, sendo premiado. E isso mostra que a Ufac não deixa nada a desejar em comparação com outras federais. Nosso curso está sempre muito antenado com o que está acontecendo e ganhando prêmios”, falou.
A docente salienta ainda a importância do empenho dos acadêmicos nas produções das disciplinas, para que continuem a ser inscritas nas próximas edições. “Nós temos excelentes produções sendo feitas dentro das disciplinas e que, muitas vezes, nós acabamos não fazendo a inscrição”. Para Tatyana Lima, além da experiência proporcionada somente pelo fato de concorrer, teríamos chances de ganhar muitos outros prêmios. “É importante que os novos alunos, os veteranos e professores tenham consciência de inscrever o material para que nós possamos compartilhar com o Brasil e com outras universidades o que nós estamos produzindo”, finalizou.
Centro de Referência Paralímpico na UFAC promove inclusão e forma atletas
Criado para fomentar a inclusão e o desenvolvimento esportivo de pessoas com deficiência, o Centro de Referência Paralímpico do Acre, localizado dentro da Universidade Federal do Acre (UFAC) tem se consolidado como referência na formação de atletas e no incentivo à prática esportiva. O espaço funciona graças a parceria entre o governo Federal, governo do Estado, por meio da Secretaria de Esportes e Ufac.
Projeto atende 118 alunos e se prepara para o Meeting Paralímpico em abril
Por Paula Amanda, Thaynar Moura e Jhenyfer Lima
Criado para fomentar a inclusão e o desenvolvimento esportivo de pessoas com deficiência, o Centro de Referência Paralímpico do Acre, localizado dentro da Universidade Federal do Acre (UFAC) tem se consolidado como referência na formação de atletas e no incentivo à prática esportiva. O espaço funciona graças a parceria entre o governo Federal, governo do Estado, por meio da Secretaria de Esportes e Ufac.
Aluno Rikley Sampaio saindo da piscina em mais um treino de natação. Foto: Thaynar Moura
Coordenado pelo professor Clodoaldo Castro, o projeto existe há dois anos e atende 118 alunos, oferecendo quatro modalidades: atletismo, natação, bocha e halterofilismo, além de duas atividades de cunho participativo, como futebol recreativo e exercícios rítmicos.
Alunos treinando. Foto: Paula Amanda
O Centro recebe crianças, jovens e adultos de 7 a 35 anos com deficiência visual, intelectual ou física. Para participar, os interessados devem apresentar documentos pessoais e um laudo médico. Cada modalidade é adaptada ao perfil do atleta, garantindo que todos tenham acesso ao esporte de forma segura e adequada.
Aluna/atleta arremessando pino em mais um treino. Foto: Thaynar Moura
Meeting Paralímpico – evento que revela talentos acreanos
No dia 5 de abril, Rio Branco sediará o Meeting Paralímpico, evento promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), destinado exclusivamente a alunos-atletas ingressantes da escola ou universidade. Crianças de 7 a 10 anos, independentemente de estarem matriculadas, também participarão como parte do Centro de Referência Paralímpico.
Aluno/atleta treinando na modalidade petra. Foto: Thaynar Moura
As competições serão realizadas nos espaços esportivos do Serviço Social da Indústria (SESI), no caso do atletismo e da Assiciação Atlética do Banco do Brasil (AABB) para os competidores de natação. “O principal objetivo do projeto é massificar o esporte para pessoas com deficiência dentro do Acre. O projeto busca encontrar pessoas que queiram praticar esportes, independentemente da deficiência ser visual, física ou intelectual”.
Formação de atletas e conquistas
Além das atividades realizadas no estado, os atletas do Centro Paralímpico participam de diversas competições em nível nacional ao longo do ano. Após o Meeting Paralímpico Estadual, em abril, os atletas seguem para disputar as três etapas do Circuito Caixa, em São Paulo. Posteriormente, representarão o Acre no Meeting Paralímpico – Fase Regional, que será realizado em Brasília, e, no final do ano, competirão no Meeting Paralímpico Nacional.
Aluno/atleta no lançamento de dardo. Foto: Thaynar Moura
Na modalidade de bocha, os atletas também competem em níveis regional e nacional, ampliando a representatividade do esporte paralímpico acreano no cenário brasileiro. No total, os alunos participam, em média, de oito a dez competições anuais, distribuídas entre atletismo, bocha, halterofilismo e natação.
Destaques e revelações
Um dos grandes talentos revelados pelo projeto é Ricardo Campos, atleta da bocha de 23 anos, natural de Assis Brasil, no interior do Acre. Atualmente, ele treina em um clube em São Paulo e já integrou a Seleção de Jovens da Bocha, disputando competições internacionais, incluindo um torneio em Bogotá, na Colômbia. Após essa experiência, ele retornou ao clube paulista, onde segue sua trajetória esportiva.
Outro nome promissor é Rikley Sampaio, de 16 anos, que representa o centro na natação e já compete na modalidade. Ele frequenta o projeto desde a sua inauguração e, ao longo dos anos, tem apresentado grandes avanços, especialmente na coordenação motora.
Alunos/atletas do centro de referência paralímpico ufac treinando a modalidade bocha. Foto: Thaynar Moura
A participação dos alunos no esporte tem sido uma grande conquista também para suas famílias. Francisleide Gonçalves, mãe dos trigêmeos Isabelly, Karen e Luiz Henrique, de 12 anos, destaca o impacto positivo do projeto, especialmente para Isabelly.
Coordenador/professor do Centro de Referência Paralímpico Ufac, Clodoaldo. Foto: Paula Amanda
“Depois que conheceu o esporte, o desenvolvimento que teve, principalmente a Isabelly, foi incrível. A postura dela, o equilíbrio, mudou tudo. Antes, ela não queria, mas quando foi para a primeira competição e já conquistou a medalha de ouro, voltou com outra visão.” A conquista aconteceu nas Olimpíadas Escolares, em São Paulo.
Por Fhagner Soares, Juliane Brígido, Joana Kelly, Livia Giovana e Sharda Oliveira*
Além de alunos de graduação e pós-graduação, os corredores da Universidade Federal do Acre (Ufac) recebem diariamente visitantes peculiares, cães e gatos abandonados por antigos donos que encontram na instituição um refúgio, tornando-se mascotes acolhidos pela comunidade acadêmica.
Apesar do carinho demonstrado por estudantes, técnicos e professores que se mobilizam para alimentar e cuidar desses animais, a universidade não possui políticas institucionais ou verbas destinadas ao cuidado deles. A responsabilidade fica nas mãos dos próprios voluntários, que tentam suprir as necessidades básicas dos bichos por meio de doações e ações independentes.
O prefeito do campus, Antonio Artheson, reconhece a existência desses animais, embora a instituição não saiba o número exato dessa população. Segundo ele, já foram feitas tentativas de implementação de projetos para controlar essa situação, incluindo a criação de uma minuta de termos que tinha a ideia de parceria com a Prefeitura de Rio Branco. No entanto, uma constante mudança de gestores dificultou a concretização dessa ação que contava com castração, cuidados veterinários e até campanhas de adoção.
Além do mais, a falta de infraestrutura adequada para acolher temporariamente os animais impede um bom andamento dos projetos. Algumas iniciativas pontuais já acontecem, um exemplo foi a criação de comedouros para cães e gatos e alguns casos de castrações de animais em parceria com a clínica veterinária da Ufac, porém a responsabilidade de transporte e pós-operatório ainda recai sobre voluntários da comunidade acadêmica.
Uma das professoras envolvidas no acolhimento dos animais, Maria Roselia Lopes, conta que começou após ver colegas colocando comida para os gatos e procurou saber mais sobre. Depois passou a observar mais a presença desses animais e começou a se organizar junto de outros amigos. “Não temos um grupo formalmente estruturado. Fazemos de maneira independente. Muitas vezes tiramos dinheiro do próprio bolso para comprar ração e tratamentos veterinários”, acrescentou. A docente destaca a falta de apoio institucional dentro da própria comunidade acadêmica. “Enfrentamos resistência de alguns professores”, enfatiza.
Foto: Juliane Brígido
Agressões
De acordo com uma técnica da instituição que preferiu não se identificar, existem relatos de possíveis agressões a esses animais. Isso ocorre porque algumas pessoas se sentem incomodadas com a presença deles e até mesmo com as pessoas que os acolhem e cuidam. Além disso, a funcionária relatou a existência de um grupo de Whatsapp chamado “Gatos da Ufac” que funciona como uma rede de apoio utilizada para localizar, alimentar e encontrar possíveis donos.
Diante desse cenário, torna-se necessário que medidas sejam tomadas pela Universidade Federal do Acre, em parceria com a Prefeitura de Rio Branco, para minimizar o problema do abandono de animais domésticos no campus. O abandono de animais é crime. Caso presencie a prática, entre em contato com o Disque Vigilância do campus 68992266601 ou denuncie anonimamente pelo telefone 181 destinado à denúncias da Polícia Civil do Acre (PCAC).
Semana da Saúde: Ufac atende idosos com aulas de hidroginástica
Projetos voltados à melhor idade são indispensáveis para promover qualidade de vida a essa parcela da população. A prática de atividades é indispensável para levar saúde física e mental ao dia a dia de pessoas idosas. Desenvolvido pelo Curso de Educação Física, o Projeto Idoso Ativo conta com atendimento especializado de hidroginástica e atende mais de 100 matriculados com idade a partir de 50 anos.
Curso de Educação Física oferece prática de atividades físicas gratuitas e atende público de mais de 100 idosos
Por Paulo Medeiros e Paty Barros
Projetos voltados à melhor idade são indispensáveis para promover qualidade de vida a essa parcela da população. A prática de atividades é indispensável para levar saúde física e mental ao dia a dia de pessoas idosas. Desenvolvido pelo Curso de Educação Física, o Projeto Idoso Ativo conta com atendimento especializado de hidroginástica e atende mais de 100 matriculados com idade a partir de 50 anos.
Segundo a professora Aristeia Nunes Sampaio, coordenadora do projeto, as aulas de hidroginástica são oferecidas gratuitamente sempre às terças e quintas feiras com turmas que variam entre 40 e 70 alunos.
O projeto
Atuando no projeto desde 2005, a professora destaca que. além das aulas de hidroginástica o projeto atende alunos da graduação que queiram fazer pesquisas e professores que desejam desenvolver ações com o público idoso, relacionado a ações de educação em saúde, como palestras, oficina ou aulas
A idosa Maria José dos Santos, 73 anos, comenta sobre o que melhorou na sua vida ao participar da iniciativa: “Acho que o idoso precisa se mover mais, fazer uma atividade física é muito bom. Estou há 14 anos no projeto, fui convidada por amigas. A hidroginástica melhorou muito minha saúde, diminuiu dores no corpo e articulações, melhora inclusive o meu humor”, relatou.
Consideração dos idosos
Há três anos no projeto, o idoso José Carlos, 57 anos, contaque com as aulas de hidroginástica as dores que sentia no corpo e nas articulações deram uma melhorada. “Eu era bastante irritado e melhorei e tá melhorando muito mais, eu tinha dores no joelho, no pescoço e dificuldades para dormir. Com as aulas de hidroginástica, as dores no corpo e dor de articulação, deu uma melhorada”.
Outra participante do projeto, Vanderlene Pinto da Silva, 53 anos, faz as aulas por recomendação médica e a pedido de sua mãe por ter de problemas de coluna: “Já faz cinco anos que iniciei as aulas e melhorei bastante, o médico passou hidroginástica e fisioterapia, a fisioterapia eu fui marcar, mas ainda não me chamaram”, relatou.
Maria do Livramento, de 55 anos, que sofre com algumas comorbidades diz que melhorou muito depois que começou a praticar as aulas de hidroginástica: “Tem 1 ano que estou praticando hidroginástica, por recomendação médica, a gente se sente bem, tenho mais disposição no dia a dia”, falou.
Como participar
As inscrições podem ser feitas na Universidade Federal do Acre, BR 364, Bloco de Educação Física.