Segundo pesquisa da Unicef, nove em cada dez jovens acreditam no poder do voto
Por Adélia Galdino, Gisele Almeida e Milena Queiroz
As eleições no nosso país para presidente, senadores, deputados federais e governadores ocorrem em outubro deste ano e com isso a corrida para requerer o título de eleitor. A partir dos 16 anos o jovem pode escolher os governantes que irão assumir os referidos cargos durante 4 anos. Mas será que de fato ele entende qual a importância desse papel? Com tanta informação circulando, consegue escolher os candidatos de forma consciente?
Segundo pesquisa da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em parceria com a Viração Educomunicação, 64% dos jovens entrevistados pretendem exercer o direito do voto este ano; 21% ainda não sabem se vão votar e 15% não vão votar. O levantamento foi feito com mais de 3 mil jovens entre 15 e 17 anos.
Para os eleitores de primeira viagem, a retirada do título e o significado do voto pode parecer algo bem confuso, como é o caso da estudante Janayra Yasmin da Silva Castro, 16 anos, que ainda não tem título e se diz confusa sobre o porquê é importante exercer o direito ao voto. “Não sei nem por que tem que votar, não sei. Por mim não votava nunca. Tá piorando cada vez mais o Brasil, pra quê precisa votar? Eu não tenho mais confiança de nada”, desabafa a estudante.
Para outros jovens, toda essa questão tem a ver com o representante e o comprometimento de quem escolhemos para governar e ouvir o povo. Para Jefferson Vasconcelos, 19 anos, “é através do voto que o cidadão tem a capacidade de ter essa representatividade de ideias, ideologias e visão de mundo do seu candidato”. Ele ainda destaca que a maturidade e o pensamento crítico sobre a política e todas essas questões relacionadas foram construídas com o tempo, e por longos períodos não tinha liberdade para falar sobre esse assunto.
O regime político da democracia representativa que temos atualmente no Brasil já foi bastante estudado e experimentado na maior parte do mundo. Com poucas diferenças entre países, se baseia no voto em representantes dos cargos executivo (presidente, governador, prefeito) e legislativo (deputados e senadores). Muitas vezes, em países no mundo e também no Brasil, governos autoritários impediram a liberdade de expressão, opinião e voto, especialmente de pessoas com ideologias contrárias à sua, caracterizando períodos anti-democráticos.
Campanhas incentivam jovens a tirar o título no Brasil
Acrescentado ao cenário atual o bombardeio de notícias falsas na internet e em aplicativos de conversas, órgãos oficiais e artistas influentes resolveram se mobilizar para incentivar a nova geração sobre a consciência de exercer e reivindicar o seu direito político através do voto.
Este ano foram realizadas diversas ações e campanhas para incentivar os jovens de 16 e 17 anos a tirarem o título de eleitor. No Brasil, somente a partir dos 18 anos é obrigado a votar. Mesmo assim, em comparação com a participação do jovem na retirada do título em anos anteriores, os números publicados esse ano são menores.
De acordo com os dados obtidos pela Justiça Eleitoral, no mês de fevereiro deste ano foi registrado o menor índice de jovens que tiraram o título de eleitor dos últimos 30 anos. Após esses dados terem sido apresentados, diversos famosos começaram a realizar campanhas nas suas respectivas redes sociais para incentivar os jovens dessa faixa etária a tirarem o título de eleitor o quanto antes, pois o prazo é até o dia 04 de maio. Umas das primeiras a falar sobre o assunto foi a cantora Anitta, seguidas do cantor Zeca Pagodinho e a ex-BBB Juliette.
Fotos: reprodução
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Devido ao grande número de visualizações, acessos e compartilhamentos, mais celebridades começaram a se engajar com a causa e também começaram a realizar campanhas nas suas redes sociais, para trazer o máximo possível de jovens para participar dessa ação eleitoral. Celebridades como a atriz Giovanna Ewbank, os humoristas Whinderson Nunes e Inês Brasil, Larissa Manoela e dentre outros.
Foto: reprodução
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Além dessa ação realizada por famosos, no mês de março de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) organizou a semana do Jovem Eleitor que ocorreu entre os dias de 14 a 18, com a hashtag #RolêdasEleições e conseguiu mais participações espontâneas de artistas e jogadores de futebol. E alguns estados desenvolveram a campanha em escolas públicas do ensino médio.
De acordo com o TSE, após a campanha os números de jovens que tiraram o documento começaram a subir consideravelmente, o número de novos títulos passou de 199.667 em fevereiro para a marca de 290.783 em março, crescimento superior a 45%. De janeiro a março, o Brasil ganhou 1.144.481 novos eleitores na faixa etária de 15 a 18 anos contra 854.838 novos títulos em 2014 e 877.082 em 2018.
Ações do TRE-AC
No estado do Acre a situação mostra redução em relação a anos anteriores na quantidade dos jovens entre 15 a 18 que já tiraram o título. Apenas 3.344 adolescentes de 16 e 17 anos habitantes do estado do Acre já tiraram o título de eleitor e estão aptos a votar no pleito de outubro em 2022. É o que aponta um levantamento feito pelo G1 com base em dados do Tribunal Regional Eleitoral de Acre (TRE-AC) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dessa forma, isso representa apenas 9% dos adolescentes dessa faixa etária.
Como uma forma de aumentar esses números, o TRE-AC realizou diversas ações no estado. O “Rolê das Eleições” é um movimento que ocorreu aos finais de semana, no horário das 14h até às 20h, no Via Verde Shopping, na capital acreana, até o dia 1 de maio. Nessa ação, os profissionais atendem e ajudam na retirada do título do eleitor e também na regularização, caso tenha algum problema.
Além disso, o TRE-AC também visitou escolas do ensino médio, com o projeto chamado ‘Sextou na Escola’, focado no público entre 16 e 17 anos, para conscientizar os jovens a votarem tanto nessa eleição de 2022 quanto nas próximas que virão ao Brasil.
Como tirar o título do eleitor
O TRE-AC informou que todos os serviços presenciais ofertados pela instituição, podem ser acessados por meio da internet, inclusive a emissão do primeiro título de eleitor. A digitalização beneficia principalmente aquelas pessoas que irão tirar o título pela primeira vez para votar na eleição deste ano ou que precisam regularizar dados.
Saiba como:
Para quem manifestar interesse, o primeiro passo é saber que o endereço para acessar os serviços é o www.tse.jus. Antes de acessar o site, é necessário estar com todos os documentos em mãos: comprovante de residência atualizado e documento identificável oficial com foto. Além disso, homens com idade entre 18 e 45 anos também devem encaminhar o comprovante de quitação com o serviço militar.
Para o primeiro título, preencha o formulário de identificação, no primeiro campo “Título de Eleitor”, selecione a opção “Não Tenho”, e siga preenchendo o que é solicitado de acordo com a imagem abaixo:
Com os dados pessoais confirmados e verificados, o próximo passo será anexá-los no sistema, para assim comprovar sua identidade, o sistema pedirá uma selfie segurando um documento de identificação oficial com foto, e os outros documentos são da documentação (frente e verso), para identificar a foto usada no documento anexado. Veja o vídeo e saiba mais:
O município de Rio Branco registra um número de quase 17 mil animais abandonados, segundo o Centro de Zoonoses da Prefeitura de Rio Branco. Esse dado também reflete uma realidade nacional, na qual 25% dos cães e 26% dos gatos estão em situação de abandono, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Um exemplo é o caso de Mimoso, mascote adotado pela clínica veterinária Cães & Cia. Um dos médicos veterinários da clínica, Denis Costa, conta que o gato foi levado há mais de um ano pelo cuidador que o abandonou. O animal estava com uma miíase (infestação da pele por larvas de moscas que se alimentam do tecido do hospedeiro) na cabeça.
Costa também relata que foi um caso difícil de tratar e que ninguém acreditava na recuperação. Agora, após 18 meses, Mimoso está totalmente recuperado.
“O mascote que nós temos aqui, ninguém acreditava que estaria vivo. Era um caso em que ninguém confiava, e agora ele está esbanjando saúde”, disse o veterinário.
Na imagem, o veterinário Denis e o mascote Mimoso. Foto: Lucas Sousa
Esse não é o único registro de casos assim. Trata-se de uma questão alarmante, que cresce cada vez mais e configura um crime previsto na legislação brasileira. Segundo o artigo 32 da Lei Federal nº 9.605/1998, o abandono e os maus-tratos contra animais são crimes, com pena de três meses a um ano de detenção, além de multa. Em 2020, houve uma modificação, aumentando a pena para dois a cinco anos de reclusão, conforme a Lei Federal nº 14.064/2020.
ONGs
Um dos maiores desafios enfrentados pelos ativistas de Organizações Não Governamentais (ONGs) é o alto custo dos tratamentos para os animais resgatados. Vanessa Facundes, presidente da ONG Patinha Carente, explica que a organização não consegue realizar o resgate de todos os animais devido as dívidas acumuladas com as clínicas veterinárias.
“Gostaríamos de poder resgatar todos, mas temos dívidas muito altas nas clínicas veterinárias particulares”, argumentou a presidente da ONG.
Projeto de Lei
No Acre, dos 24 deputados estaduais, Emerson Jarude (NOVO) defende a causa animal e já possui um projeto de ação em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac): o Projeto Cuidar, que tem como objetivo atender aos animais de rua. Instituições e ONGs que realizam trabalhos com esse foco também serão beneficiadas pelo projeto.
Jarude também anunciou o lançamento de um novo projeto: o Pet Farm (Farmácia de Pet), que será uma extensão do Projeto Cuidar.
“O Pet Farm é uma forma de conseguirmos disponibilizar medicamentos para os animais e auxiliarmos após o tratamento feito dentro desse projeto”, afirmou.
Poder público
A equipe de reportagem tentou contato com o Centro de Zoonoses da Prefeitura de Rio Branco para comentar a situação, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para qualquer posicionamento ou esclarecimento por parte do poder público.
A crescente população de animais abandonados em Rio Branco evidencia a urgência de políticas públicas efetivas, parcerias institucionais e o engajamento da sociedade civil. Proteger os animais é também um dever social e legal, que exige mais do que boa vontade, é preciso ação.
Por Ana Luiza Pedroza, Ádrya Miranda, Daniel de Paula e Wellington Vidal
O jornal impresso, símbolo histórico e cultural no Acre, começa a se despedir lentamente do cotidiano da população. A era digital assume o protagonismo, apostando em novos formatos de levar acesso à informação, no entanto, sem apagar o legado construído pelo impresso na história acreana.
Apesar dos esforços para reinventar o jornalismo local, a transição do impresso para o digital trouxe grandes desafios. No Acre, essa movimentação ocorreu de forma tardia, mas com a contribuição de jornalistas que se desdobram diariamente para acompanhar as mudanças no modo de noticiar, mantendo o compromisso social com a população.
Entre os obstáculos, a pandemia de Covid-19 foi um dos que aceleraram o declínio dos jornais impressos em todo o país, e no Acre não foi diferente. O A Gazeta, um dos veículos mais populares do estado, foi diretamente impactado.
Rotativa, máquina utilizada na impressão dos jornais A Gazeta. Foto: Ádrya Miranda
Fundado em 1985, sob direção de Silvio Martinello e Elson Martins, o jornal se destacou pelo jornalismo investigativo e de cunho social, sendo pioneiro em projetos editoriais gráficos com diagramação no impresso acreano. Foi por meio de suas páginas que os acreanos acompanharam coberturas históricas, como o assassinato do sindicalista Chico Mendes.
Em 1998, tornou-se o primeiro jornal a circular em cores no estado, com até 3.500 exemplares vendidos em dias movimentados, segundo Silvio. Apesar das inovações com o jornal impresso, o veículo enfrentou as adaptações tecnológicas do século 21. O portal online, criado ainda nessa fase, tinha estrutura simples, servindo apenas para replicar, de forma reduzida, as notícias do jornal físico.
À esquerda, Maíra Martinello; ao fundo, Paula Martinello; e à direita, Silvio Martinello. Foto: Arquivo pessoal
A edição impressa teve o seu fim em 2021, após uma expressiva queda nas vendas. Paula Martinello, jornalista do A Gazeta do Acre, relata que a migração definitiva para o digital foi desafiadora e impulsionada pela pandemia. “Foi um processo muito gradativo, porque o trabalho online não é fácil. É muita concorrência, é um outro tipo de público e perfil de consumo da notícia”, comenta.
Para os jornalistas do A Gazeta, hoje, A Gazeta do Acre, o desafio não foi apenas adaptar-se ao ambiente online, mas reinventar a rotina de produção jornalística sem abrir mão da credibilidade construída. Segundo Maíra Martinello, foram necessárias estratégias para garantir a sobrevivência e a relevância no meio digital, que exige mais agilidade, versatilidade e presença em todas as plataformas.
“A gente foi entrando nesse mundo online, digital. Claro que tem pontos positivos, como o custo mais baixo, a praticidade e a democratização do acesso à informação. Mas a era digital exige muito mais do jornalista, que hoje precisa escrever, gravar vídeo, áudio, editar, usar várias ferramentas ao mesmo tempo”, explica.
A transição da notícia do impresso para o ambiente digital, embora tenha sido impactante para todo o campo jornalístico, foi recebida de maneira diferente por cada veículo, conforme suas particularidades. Outro nome importante da imprensa acreana, como o jornal O Rio Branco, também enfrentou esses momentos de transformação.
Portal de notícias oriobranco.net. Foto: Ádrya Miranda
Mendes também reforça a necessidade dos jornalistas manterem seu compromisso social, mesmo diante das mudanças impostas pela era digital. “Se vocês forem jornalistas e pretenderem ser responsáveis, não esperem que a notícia chegue até vocês. Vocês têm que ir atrás da notícia”, conclui.
Essa transformação também é percebida por leitores que acompanharam de perto o auge das edições impressas no Acre. “Porque o jornal é um documento, então ele vai ficar ali para sempre”, comenta o jornalista e leitor assíduo Gleilson Miranda, de 55 anos, ao destacar que o jornal impresso carrega um valor que vai além da notícia do dia, mas também a documentação de histórias.
Segundo ele, com o jornal impresso era possível encontrar experiências afetivas, que marcavam seu momento de leitura.
“O jornal é impresso, tem esse charme, tem essa coisa de você sentar, tomar um café e folhear as páginas, lendo as principais notícias. Isso era muito bom para a época. Hoje você tem essa notícia mais rápida. Notícia que chega muito rápido”, afirmou Gleilson, ao relembrar as sensações que os impressos lhe proporcionaram.
A transição dos jornais impressos para os portais digitais no Acre marca uma mudança profunda no modo de fazer e consumir jornalismo. Conhecer a história da imprensa local, com a contribuição das edições do A Gazeta e O Rio Branco, é essencial para entender o papel que esses veículos tiveram na formação da identidade e da memória do estado.
Edição impressa O Rio Branco. Foto: Arquivo Espaço Cultural Palhukas
Para Narciso Mendes, atual proprietário da TV Rio Branco, o impresso no Acre carrega o legado de muitas figuras marcantes da história local. No entanto, a migração do jornal impresso O Rio Branco para o meio online não teve o mesmo peso como teve para os demais veículos.
Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) mostrou que em 2021 49% das mulheres jornalistas sofreram ataques de gênero sendo desqualificadas com ofensas e xingamentos. No meio digital, o número sobe para 56,76%. Em uma área historicamente dominada por vozes masculinas, apesar das dificuldades as mulheres estão se destacando cada vez em maior número e trazendo à luz temáticas importantes para a sociedade.
Juliana Lofêgo, professora do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Acre, diz que a presença das mulheres está influenciando na cobertura de questões sociais, culturais e políticas. Para Lofêgo, elas têm desempenhado um papel significativo em destacar questões de violência contra mulheres e assédio, garantindo que essas problemáticas não sejam esquecidas ou minimizadas pela mídia. “Com o avanço do movimento feminista e as mudanças sociais, as mulheres jornalistas têm sido influenciadas a trazer à tona essas questões, mesmo que isso não tenha sido comum no início de suas carreiras”, complementa.
Consuela Araújo é jornalista formada pela Ufac e atua na área de assessoria de imprensa, ela relata que como jornalista mulher enfrentou estereótipos de gênero e discriminação ao longo da carreira, principalmente fora do jornalismo. Já no telejornalismo, outro campo onde atuou, diz ter sido bem acolhida por colegas e pela comunidade, entretanto considera que a busca pela igualdade de oportunidades continua sendo uma luta constante. Araújo aconselha as futuras profissionais a buscarem aprimoramento, construir uma rede de contatos sólida e manter a paixão pela verdade e pela narrativa honesta. “Acreditar na importância do jornalismo local é essencial para contribuir significativamente para a sociedade acreana”, afirma.
Servidora concursada do Estado, a jornalista Andreia Nobre relata que um grande desafio que enfrentou na carreira profissional foi quando se tornou mãe, pois teve que conciliar a maternidade e o trabalho. Ela acredita que esse seja um desafio para as mulheres em qualquer carreira e também para as que trabalham no setor privado.
Apesar das contribuições significativas das mulheres para abordar agendas importantes a serem discutidas na sociedade, a desconfiança em relação a sua capacidade profissional ainda é uma realidade. Ana Paula Melo, estudante do terceiro período do curso de Jornalismo, trabalha como estagiária no jornal Cidade Alerta, ela diz que percebeu que há um preconceito dentro da universidade pelo fato de ser uma mulher estudante de Jornalismo.
“Já vi algumas pessoas torcerem a cara num tom de desconfiança quando falo que faço Jornalismo. Alguns já dizem que somos compradas, e, às vezes, por ser mulher, dizem que ao invés de buscar informações, buscamos fofoca. Em rodinha de amigos, embora ainda seja estagiária, já fui questionada se algum político me paga para fazer matéria sobre ele. Será se eu não tenho capacidade para escrever sobre política? São reflexões que sempre me questiono, afinal, ser mulher é ter a sua capacidade sempre questionada”. Ela acredita que o maior desafio é alcançar credibilidade equivalente a dos homens e enfatiza a importância de inserir mais mulheres em posições de liderança nos veículos de comunicação.
Texto produzido pelos acadêmicosAna Caroline Santiago, Adriely Gurgel, Maria Eduarda Melo, Rian Pablo de Oliveira e Júlia Andrade. A produção faz parte da disciplina Fundamentos do Jornalismo.