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Vacinas entre a religião e a ciência

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Imagem: Reprodução

“A vacina é o único meio de vencermos o Covid-19, e infelizmente as pessoas colocam a própria vida em risco” explica a enfermeira Jessica Morais, Coordenadora do Programa de Imunização de Epitaciolândia.

Por Ila Caira Verus 

A vacina contra a COVID-19 foi uma luz que acendeu a esperança de pessoas no mundo inteiro. Ela chegou no Brasil em janeiro de 2021, mas desde o início havia rumores sobre a eficácia da vacina, muitos se questionavam se não era muito cedo para termos um imunizante. Apesar de milhões de pessoas em todo mundo perderem a vida para esse vírus e de fortes investimentos em pesquisas e divulgação de evidências científicas, existem pessoas que ainda recusam a vacina.

O curto prazo de produção não é o único discurso para a invalidação da dose de esperança, a justificativa que a vacina possa ser um corpo estranho que irá causar danos a população também sobrevoa a cabeça de algumas pessoas. Frases como, “a vacina é um chip que tem o número da besta”, “contém vírus para outras doenças”, “isso é coisa da vinda do anticristo”, se tornaram corriqueiras para questionar a vacina que já salvou milhões de vidas em todo o país e no mundo. A vacina também está sendo associada ao testamento bíblico do Apocalipse, que fala sobre o fim dos tempos, pestes e a volta de Jesus Cristo.   

Sob essas justificativas muitas pessoas estão se recusando a serem vacinadas alegando ir contra os preceitos bíblicos. Erliane Pereira é uma delas, acredita que a vacina não veio para salvar, mas sim para marcar o início de tempos difíceis para aqueles que não seguem o evangelho. Ela deixa claro que não tomou a vacina e nem pretende tomar, assim como seu esposo, ambos da Assembleia de Deus em Xapuri. Eles não são um caso isolado, fazem parte de uma rede de pessoas, em sua maioria evangélicos, que duvidam da ciência alegando que os cientistas querem saber mais que Deus.

Erliane ora para que “o mundo se converta e se volte para Deus, Ele é a única saída ou solução. Amém”. Segundo o diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, Álvaro Avezum, a religiosidade deve ser um conforto para o momento de pandemia que vivenciamos. “A Espiritualidade será um fator de importância substancial no enfrentamento do Coronavírus”, afirma ele, evidenciando que este apoio seja como uma luz que nos guie para a informação e nos ajude a pensar no bem do próximo, nos elevando a seres que entendem a evolução da ciência e que creem que a vacina trará um novo amanhã. 

A evangélica da Assembleia de Deus fala que não está doente e que não acredita na eficácia da vacina, pois algumas pessoas que ela conhece se vacinaram, mas mesmo assim pegaram o vírus. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, Flávia Bravo, explica que “nenhum imunizante disponível no mundo atualmente tem eficácia de 100% contra o vírus Sars-CoV-2, o que significa que algumas pessoas podem ser infectadas mesmo depois de tomar as duas doses.” A vacina vai prevenir grande parte dos casos graves que evoluem para morte, mas desde que tomadas as duas doses, para que haja tempo suficiente para o organismo desenvolver a imunidade, explica o infectologista Rodrigo Mollina, Consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

No Brasil, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2010, há cerca de 42,3 milhões de evangélicos no país, o que representa 22,2% da população brasileira. Segundo uma pesquisa do Datafolha, os evangélicos formam uma parcela da população mais descrente nas vacinas. Sendo assim, se todas essas pessoas motivadas por sua fé recusarem a vacina, ainda vai haver um vírus circulando e sendo transmitido por muitos anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, somente com muitas pessoas vacinadas é possível criar uma barreira de proteção que quebre a cadeia de transmissão, a chamada imunidade coletiva. 

A falta de apoio do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, com relação à vacina impulsionou muitos líderes religiosos a quebrarem o protocolo de fechamento das igrejas e a se recusarem a serem imunizados, alegando que o vírus é uma praga que somente mata quem não tem fé. Segundo notícias, morreram 19 pastores da Assembleia de Deus somente em Mato Grosso .  “A vacina é o único meio de vencermos o Covid-19, e infelizmente as pessoas colocam a própria vida em risco por serem leigas em informações”, explica a enfermeira Jessica Morais que está à frente da Coordenação do Programa de Imunização de Epitaciolândia.  

“O desenvolvimento de uma vacina nova é um processo complexo e demorado, que, em média, leva cerca de 10 anos. Porém, as vacinas contra a COVID-19 são o resultado de anos de pesquisa sobre novas tecnologias e se baseiam nas lições aprendidas ao longo de anos de trabalho para desenvolver vacinas contra SARS e MERS”
(OPAS/ OMS – https://www.paho.org/pt/covid19)

A obrigatoriedade da vacina 

Em dezembro de 2020, o Supremo Tribunal Eleitoral (STF) deu aval para que as gestões locais possam estabelecer vacinação compulsória para a Covid-19, prevista na Lei 13.979/2020, o que significa que a pessoa estará sujeita a punições como impedimento de frequentar escolas e serviços públicos caso não comprove a vacinação. De acordo com a decisão, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios podem estabelecer medidas legais pela obrigatoriedade, mas não podem fazer a imunização à força.

Do mesmo modo que o voto é obrigatório, quando é eleição você se dirige ao local de votação e se não votar pode ser impedido de fazer concurso público, com a vacinação não será diferente. O Estado não vai entrar na sua casa para que você seja imunizado (exceto em caso de idosos acamados). Assim, todos os brasileiros devem tomar a vacina. Ser vacinado é uma responsabilidade de todo cidadão que respeita as regras para o bem da sociedade e tem amor ao próximo. 

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Curso de Jornalismo da Ufac realiza alinhamento para debate com candidatos à prefeitura de Rio Branco

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Por Felipe Souza

Estudantes de Jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac) se reuniram com os representantes dos quatro candidatos à prefeitura de Rio Branco, nesta quinta-feira, 15, para o alinhamento das regras do primeiro debate eleitoral promovido pelo curso, que acontece no dia 20 de setembro, com transmissão ao vivo pelo canal ‘Laboratório Jornalismo Ufac’, a partir das 20h.

Estiveram presentes todos os representantes dos candidatos pela disputa à prefeitura da capital acreana. Os assessores Gustavo Franco, Andréia Oliveira Forneck, Lailla Cândido e Ton Lindoso representam, respectivamente, Jenilson Leite (PSB), Marcus Alexandre (MDB), Emerson Jarude (Novo) e Tião Bocalom (PL).

Com mediação do professor da disciplina de Telejornalismo, Paulo Santiago, na reunião foram apresentadas as regras gerais, instruções e formato para a execução do debate político. Ao final, os representantes assinaram o documento de aceite às regras e a ata da reunião.

Foto: Arinelson Morais

Além da presença de Santiago, o momento também contou com o coordenador do curso de Jornalismo da Ufac, professor Luan Santos, e as estudantes Tácila Matos e Maria de Fátima Brito, que compõem a coordenação geral do debate eleitoral organizado pelos acadêmicos.

“Os estudantes são fundamentais nesse processo, porque aqui na Ufac eu acho que deve ter em torno de 10 mil estudantes, então vocês propiciarem um ambiente onde os estudantes vão poder conhecer as propostas dos candidatos é fundamental. Quero parabenizar o curso de Jornalismo pela iniciativa de realizar um debate dessa grandiosidade”, pontua a representante de Marcus Alexandre, Andréia Oliveira.

O responsável pela campanha de Tião Bocalom, Ton Lindoso, destaca que numa sociedade democrática, é essencial que todos os candidatos possam participar de etapas importantes como essa. “O debate é uma espécie de vitrine, onde cada candidato é apreciado. Apresenta suas propostas, se mostra para a sociedade, e a população, como um todo, tem a oportunidade de saber mais sobre as propostas”, ressalta Lindoso.

Para Lailla Cândido, representante de Emerson Jarude, o evento, além de colaborar com a formação dos acadêmicos de Jornalismo, será um espaço democrático para os candidatos apresentarem as suas plataformas de governo à academia e à sociedade. “Os estudantes são muito importantes dentro de uma eleição. São pessoas que estão no nosso futuro. A educação é a base da nossa sociedade”, disse Cândido.

O representante político e de comunicação de Jenilson Leite, Gustavo Franco, acredita que o poder dos jovens na política é muito decisivo em uma votação. “A gente costuma falar em nossas reuniões que os jovens têm um papel fundamental, inclusive, dentro de suas próprias residências e suas próprias famílias. […] Acho que todos têm que conhecer as propostas para poder escolher melhor os seus candidatos”, conclui Franco.

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Ufac lança edital de monitorias para cursos do CFCH; confira as vagas

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Por Vitor Paiva

A Universidade Federal do Acre (UFAC), através do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), divulgou na tarde desta quinta-feira (25), o edital nº01/2024, para a seleção de bolsas de monitoria, referentes ao semestre letivo 2024.1

Ao todo, são 22 bolsas disponíveis no valor de R$700 mensais pagos aos alunos que foram selecionados, e outras sete voluntarias, para os cursos de Ciências Sociais, Comunicação Social, Filosofia, Bacharelado em Geografia, Licenciatura em Geografia, Bacharelado em História, Licenciatura em História (matutino e noturno), Psicologia.

É importante ressaltar que não possível fazer o acumulo de duas ou mais bolsas de monitoria de maneira remunerada, sendo possível ainda conciliar em caso de disponibilidade voluntária do aluno.

As bolsas serão referentes aos meses de agosto à novembro de 2024, sendo necessário para a inscrição, preencher a ficha, presente no edital, assim como apresentação de Registro Geral (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF), ou documentos equivalentes, comprovante de matrícula do semestre vigente e o histórico escolar com o coeficiente de rendimento geral.

O cronograma a ser seguido está presente dentro do edital, que pode ser conferido na íntegra em documento abaixo/Foto: Reprodução

Os documentos devem ser encaminhados ao e-mail cfch@ufac.br entre o período de 25 a 28 de julho, com o assunto do envio sendo “Inscrição para Bolsa de Monitoria”, assim como nome do aluno, número de matricula e disciplina que deseja pleitear uma vaga de monitoria, junto aos documentos anexados em arquivo único, no formato PDF. É importante lembrar que se faz necessário ter concluído a disciplina que deseja ser monitor.

Os resultados preliminares deverão ser publicados em primeiro de agosto, com a lista final sendo disponibilizada no dia cinco do mesmo mês.

Para maiores informações acerca do processo seletivo, basta acessar o edital abaixo:

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O desafio de pegar ônibus à noite na UFAC

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Uma das maiores preocupações dos estudantes dos cursos noturnos é o deslocamento por transporte público. 

Por Akenes Mesquita e Felipe Nascimento

Estudantes enfrentam desafios significativos ao utilizar o transporte público para se deslocarem até suas residências durante o período noturno. A falta de infraestrutura adequada e os problemas de segurança são algumas das principais preocupações enfrentadas pelos estudantes que frequentam a Universidade Federal do Acre (Ufac).

Ônibus superlotados, atrasos frequentes e rotas limitadas são apenas algumas das questões enfrentadas diariamente pelos universitários. Além disso, a falta de iluminação adequada nos pontos de ônibus e nas vias públicas aumenta o sentimento de insegurança durante o trajeto para casa. 

O aluno do curso de Ciências Econômicas, Abimael de Souza Melo, considera a situação inadmissível em um país onde os cidadãos pagam altos impostos e deveriam contar com este  serviço público mais eficiente e acessível para todos. Ele relata as dificuldades enfrentadas ao utilizar o transporte público:“O último ônibus passa às 21h40, enquanto minhas aulas só terminam às 22h, o que gera um conflito de horários. Além disso, há um intervalo significativo entre os ônibus, por exemplo, um passa às 20h e o próximo só às 21h40, o que torna a espera prolongada”.

Foto: Akenes Mesquita

Segurança em risco

Outra preocupação significativa  é a segurança. O aumento da criminalidade na cidade, especialmente durante a noite, torna o deslocamento dos estudantes uma experiência estressante e arriscada. Relatos de assaltos em pontos de ônibus e dentro dos próprios coletivos são frequentes, gerando um clima de insegurança na comunidade acadêmica.

Fábio Alves, estudante de Economia, já foi assaltado no trajeto e fala sobre o sentimento de insegurança ao voltar para casa após um dia cansativo de trabalho e aula.

“Moro no bairro Nova Esperança e há dois ônibus que fazem essa linha: Fundhacre e o Rodoviária. Como meu curso termina às 22h, eu tenho que optar por um dos dois. Houve vezes em que optando pelo o Fundhacre, eu perdia o Rodoviária e o Fundhacre nem aparecia no terminalzinho”, lamenta ele, que já precisou recorrer a carros de aplicativo e ouviu relatos de roubos a outros estudantes.

Impacto no desempenho acadêmico

Os desafios não se limitam apenas ao aspecto físico e emocional, mas também têm um impacto direto no desempenho acadêmico. O estresse e a ansiedade causados pelos problemas de transporte e segurança podem prejudicar a concentração em sala de aula e comprometer o rendimento escolar.

A presidente do Diretório Central dos Estudantes da Ufac (Dce), Ingrid Maia, reconheceu que desde janeiro de 2024 estão recebendo algumas reclamações, principalmente em relação ao atraso dos ônibus, à falta de acesso dos veículos na Ufac e à qualidade dos mesmos.

“Encaminhamos denúncia à RBTRANS para que seja instaurada uma investigação e garantir que tais irregularidades não se repitam. Quanto à mudança de rotas, vamos levantar essas e outras pautas no Conselho de Transportes e Tarifas.” 

Ela também diz ter cobrado da administração uma maior efetividade nas rondas ostensivas e o retorno do diálogo com as instituições de segurança pública.”

Diante desses desafios, os estudantes clamam por soluções eficazes por parte das autoridades responsáveis. Medidas como aumento da frota, melhoria na infraestrutura dos pontos de ônibus e aumento da presença policial nas rotas de transporte público são algumas das demandas urgentes da comunidade acadêmica.

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