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Depois de Dora volta aos palcos
Publicado há
4 anos atrásem
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Redação
Por Bianca Alexandre Cabanelas
A peça escrita e dirigida por Nolram Rocha traz uma reflexão sobre a valorização e desvalorização da vida e foi responsável por levar mais de trezentas pessoas de volta ao teatro em sua primeira temporada do ano, em junho. Com todos os cuidados possíveis como o uso do álcool em gel, obrigatoriedade da máscara e a distancia necessária, Depois de Dora foi sucesso de público e estreia sua segunda temporada do ano em 9 de julho, as 19h30, na Usina de Artes, com entrada gratuita.
A vida Depois de Dora não é a mesma nem para os personagens, nem para o público. A arte da peça está na reflexão sobre a vida real. A vida imita a arte tanto quanto a arte imita a vida. Depois de Dora é realidade encenada.
“O tempo todo a peça fala sobre como você é frágil e te questiona o porquê você ta perdendo tempo com coisa que você não gosta, que você não ama, sendo que você pode estar aqui em um momento e depois não mais. Imagina se você tem a data da sua morte, o que mudaria na sua vida?” O questionamento é levantado pelo diretor da montagem ao ser questionado sobre a história da peça.

Sobre o sucesso de público, Nolram conta que já havia percebido nos ensaios que a peça iria ser um sucesso. “Eu mesmo fico rindo e chorando com a história. Eu assisto desde novembro e continuo rindo. Ver que esse público veio, gostou e chamou mais gente, foi uma experiência sensacional. Teve gente que veio cinco vezes”. O último dia da peça lotou tanto que a equipe teve que fechar os portões mais cedo. “Ficamos muito animados. Saímos extasiados. No último dia, a gente teve que mandar gente para casa porque já estava lotado.”
Sobre as expectativas para a próxima temporada, o diretor espera que o público continue indo ao teatro. “A expectativa é de muito público. Estamos fazendo adaptações para deixar a peça ainda mais atraente.” Nolram faz ainda um convite: “É uma oportunidade única no meio de uma pandemia encontrar um grupo de dezoito jovens artistas fazendo teatro com amor. No meio de um momento que não tem nada para fazer e assistir, tem gente fazendo teatro.”
Nolram Rocha e o Candeeiro.

Nascido em Rio Branco, Nolram Rocha diz que cresceu no mundo. Viveu na cidade apenas entre 2016, ano em que criou o grupo Teatro Candeeiro e Continente do Teatro, e 2018, ano que foi convidado para fazer parte de uma companhia de teatro de São Paulo. Lá, conseguiu perceber todo um novo mundo que envolvia as artes e chegou a apresentar no Teatro Municipal do estado. “Eu recebi cachê que eu não imaginava receber, conheci pessoas que eu não imaginava encontrar. A diferença dos grandes centros para cá é a quantidade de material para você ver, a quantidade de público que frequenta a obra que você faz.”
O diretor voltou para Rio Branco por conta da pandemia e foi então que começou o planejamento para levar Depois de Dora novamente para os palcos. Financiada pela lei Aldir Blanc, a peça foi uma grande oportunidade para Nolram realizar seu desejo de “receber para fazer teatro, receber pelo texto que você criou, comprar as coisas que desejo para a peça, de chamar uma galera jovem e pagar pelo trabalho.”

Apesar da ansiedade para a estreia, a peça foi adiada por conta da pandemia. A montagem deveria estrear em fevereiro, mas acabou estreando apenas meses depois. “Chamei dois amigos de São Paulo, eles vieram para cá para trabalhar comigo e aí estávamos com data de estreia marcada e mudou para bandeira vermelha. Aí o teatro fechou. Bar aberto, teatro fechado, sabe? A gente queria estrear em fevereiro. Imagina segurar uma equipe de 18 pessoas esse tempo todo. As pessoas vão conseguindo emprego, as passagens de volta já estavam compradas. Então eu falei ‘a primeira oportunidade que abrir, eu vou estrear isso’.”
O jovem diretor escreveu o texto de Depois de Dora inicialmente para um trabalho de faculdade e o processo aconteceu de uma maneira natural, mas a inspiração veio mesmo quando viu uma matéria de uma moça que ao se formar ficou tão feliz que morreu, e isso despertou algo dentro dele. Apesar de estar na terceira temporada da peça, o texto ainda passa por mudanças. “Eu sempre reescrevo o texto. Para mim, as palavras são construídas. Eu vou mudando, vou riscando, vou refazendo, vou construindo. É como se fosse uma obra. Ele está em constante mudança.”

Fundador do Teatro Candeeiro, Depois de Dora não é primeira peça de Nolram Rocha e do grande grupo de artistas, composto por, agora, dezoito pessoas. Mas nem sempre esse número foi tão grande. O projeto, que nasceu no bairro Manoel Julião em 2016, com o diretor e o professor de teatro, Micael Cortes, contava, inicialmente, com apenas seis pessoas, e possui uma pequena lista, porém bem sucedida, de 3 obras já apresentadas. “Na época, a gente pensou ‘vamos montar um grupo de teatro que a gente experimente todos os tipos de estéticas teatrais’. Existia o desejo de ter um grupo de teatro nosso, com amigos próximos e sair pelo mundão. Desde então, a gente nasceu.”
A primeira peça apresentada pelo grupo foi em 2016, mas logo veio a necessidade de expandir o projeto para além da universidade. “O projeto foi ganhando corpo.”. Depois de Dora é o terceiro projeto do grupo Candeeiro e já está na terceira temporada de apresentações. Simultaneamente ao nascimento do Candeeiro, Nolram também criou o grupo “Continente de teatro” com as mesmas pessoas. “Tinha algumas pessoas em artes cênicas que não me recebiam muito bem, mas a maioria da turma eu conseguia unir para fazer teatro. E aí um dia eu disse ‘ah, aquele pessoal é só uma ilha, a gente é um continente de teatro.’ O Candeeiro de certa forma estava dentro do continente.”.
Ensaio Depois de Dora (Foto: Bianca Cabanelas) Ensaio Depois de Dora (Foto: Bianca Cabanelas) Ensaio Depois de Dora (Foto: Bianca Cabanelas) Ensaio Depois de Dora (Foto: Bianca Cabanelas) Ensaio Depois de Dora (Foto: Bianca Cabanelas) Ensaio Depois de Dora (Foto: Bianca Cabanelas) Ensaio Depois de Dora (Foto: Bianca Cabanelas) Ensaio Depois de Dora (Foto: Bianca Cabanelas) Cena de Depois de Dora (Foto: Mag Araújo) Cena de Depois de Dora (Foto: Mag Araújo) Cena de Depois de Dora (Foto: Mag Araújo) Cena de Depois de Dora (Foto: Mag Araújo) Cena de Depois de Dora (Foto: Mag Araújo) Cena de Depois de Dora (Foto: Mag Araújo) Cena de Depois de Dora (Foto: Mag Araújo)
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Um café bem forte
Pesquisadores da Ufac e Embrapa investigam a irrigação para aumentar a produtividade e sustentabilidade
Publicado há
2 semanas atrásem
4 de agosto de 2025por
Redação
Por Francisca Samiele e Amanda Silva
Quem não aprecia um cafezinho bem quentinho, seja com leite, sem leite, puro ou adoçado? Com o aumento do consumo, e consequentemente da produção, o café despertou o interesse de quem busca alternativas viáveis na agricultura da região amazônica. O Acre é o segundo maior produtor de café da Região Norte, ficando atrás apenas de Rondônia.
No Estado, em 2021 foi produzido pouco mais de duas toneladas do café Canéfora, em 2024, esse número subiu para mais de três toneladas, e até julho de 2025 houve aumento significativo, chegando a quase cinco toneladas, como mostra a tabela a seguir. E até o fim do ano, o IBGE estima um crescimento de 60% em relação à safra anterior.
O nome, café Canéfora vem do termo Coffea canephora, que inclui os grãos “Conilon” e “Robusta”. Suas principais características incluem alta resistência, produtividade e adaptação ao clima quente e úmido da Amazônia.
Segundo o pesquisador Celso Luís Bergo, da Embrapa Acre, “O cafeeiro canéfora veio da África e lá já estava adaptado a condições como baixa altitude e alta temperatura. Aqui na Amazônia, também é baixa altitude e alta temperatura, então ele se adaptou bem e é altamente produtivo”

Tubulação principal para distribuição da água em sistema de irrigação por gotejamento do café Canéfora/Cedida
A Universidade Federal do Acre (Ufac) é parceira da Embrapa em um estudo que investiga o uso da irrigação no cultivo do café Canéfora. A proposta do estudo é racionalizar o uso da água, ou seja, gastar menos e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade da lavoura.
O foco do estudo está no uso mais eficiente da água, com o objetivo de aumentar a produtividade e melhorar a qualidade do café, reduzindo perdas e tornando o sistema mais sustentável. Essa prática beneficia tanto os produtores, que têm maior rendimento, quanto os consumidores, pois o uso correto da irrigação reflete em aumento de produtividade, qualidade de bebida e lucratividade, conforme documento disponibilizado pela Embrapa.
A pesquisa “Manejo de irrigação por gotejamento para cultivo de clones de café Canéfora nos estados do Acre e Rondônia” conta com especialistas como os pesquisadores Celso Luís Bergo, Leonardo Paula de Souza e Aureny Maria Pereira Lunz, além de estudantes de graduação e pós-graduação em Agronomia, integrando ensino, pesquisa e extensão.
O professor Leonardo Souza comenta que a ideia do estudo surgiu ao “identificar que o manejo da água nos sistemas de irrigação estava sendo realizados com base na intuição do produtor e total ausência de parâmetros técnicos”, que poderiam apoiar o uso mais eficaz da água em determinadas fases da cultura do café.
Os pesquisadores utilizaram métodos como medição da tensão da água no solo (quando irrigar o café) e supressões de irrigação (por quanto tempo a irrigação é interrompida). Estes testes foram feitos em área experimental da Embrapa Acre e mostraram resultados consistentes.
Cafezal saudável
Os resultados se destinam a melhorar a maturação e a qualidade do café, favorecendo o crescimento da vegetação e a produtividade do grão. “Plantas irrigadas apresentaram um melhor desenvolvimento vegetativo quando comparadas às plantas não irrigadas”, afirma o professor Leonardo Souza.
O engenheiro agrônomo Romário Monteiro, que trabalha há mais de três anos com esse tipo de café, comenta que o manejo adequado da irrigação por gotejamento ajuda as plantas a crescerem de forma parecida, ao mesmo tempo, com saúde e equilíbrio.
“Pode garantir uniformidade no desenvolvimento da lavoura, favorece a florada e o enchimento dos grãos, e aumenta significativamente a produtividade, especialmente nas regiões com chuvas irregulares”, afirma.
Visão de quem planta
O produtor Matheus Guimarães da Rocha, de Capixaba, cultiva Canéfora há cerca de dois anos e afirma que os resultados são promissores. Esta é sua primeira colheita, que após a secagem e beneficiamento dos grãos será vendida.
Ele acredita que o café tem potencial para crescer ainda mais na região e espera que, com isso, os produtores possam ter uma lucratividade maior. “O produto está em crescimento e ele [o café] vai melhorar o preço”, enfatiza.
Benefícios e resultados
Os resultados da pesquisa foram importantes, segundo Leonardo Souza, para permitir tomar decisões de quando e quanto irrigar. Ele também destaca a importância para a economia local. “Está comprovado que a irrigação no café Canéfora proporciona aumento de produtividade e nesse sentido, surge a oportunidade de empresas especializadas em irrigação se instalarem na região, gerando emprego e venda de equipamentos”.

Todo esse trabalho contribui diretamente para a formação de novos conhecimentos e profissionais, uma vez que a parceria entre Embrapa e Ufac envolve estudantes em formação. Celso Bergo destaca uma das maiores contribuições do projeto: “formar pessoas preparadas para aplicar o conhecimento em benefício da sociedade”.
Além disso, o projeto pode ajudar a atrair novos investimentos o Acre contribuindo com economia local, e Leonardo Souza confirma isto, “Está comprovado que a irrigação no café Canéfora proporciona aumento de produtividade e nesse sentido, surge a oportunidade de empresas especializadas em irrigação se instalarem na região, gerando emprego e venda de equipamentos de irrigação”.
Os pesquisadores darão continuidade no estudo com um novo projeto aprovado e elaborado em parceria da Ufac junto ao Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Café – PNP&D/Café, coordenado pela Embrapa/Consórcio Pesquisa Café.
Assista o vídeo da Embrapa sobre o assunto:
Notícias
Cresce o número de acidentes e lesões nas ruas de Rio Branco no 1º Trimestre de 2025
Publicado há
2 meses atrásem
13 de junho de 2025por
Redação
Número de mortes cai 41%, mas ocorrências aumentam e imprudência ainda preocupa autoridades e população
Por Ana Flávia Santos, Gabriela Fintelman, Luísy Xavier, Patrícia Pinheiro e Pedro Amorim
No primeiro trimestre de 2025, Rio Branco registrou 676 acidentes de trânsito, com um aumento de 3% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizadas 656 ocorrências. Os dados são da Coordenadoria de Engenharia e Estatística de Trânsito do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/AC) e apontam para um cenário ainda preocupante na capital acreana.
Desse total, 261 resultaram em vítimas não fatais, com 310 pessoas lesionadas. Por outro lado, o número de vítimas fatais apresentou uma queda significativa: foram sete vítimas fatais de janeiro a março deste ano, contra 12 no mesmo período do ano passado — uma redução de aproximadamente 41,7%.
Embora o recuo nas mortes seja um sinal positivo, o cenário ainda está longe de ser considerado seguro nas vias da capital. Mesmo quando os acidentes não resultam em fatalidades, os efeitos são visíveis, como os engarrafamentos, pessoas feridas, danos materiais e prejuízos emocionais.
Perfil de vítimas no trânsito
Segundo dados do Detran divulgados em 2016 e que permanecem como a base mais recente disponível —, homens representavam 69,6% das vítimas de acidentes em Rio Branco, enquanto as mulheres correspondiam a 30,16%. A faixa etária mais atingida era de 18 a 29 anos, com predominância de condutores (74,11%), seguidos por passageiros (17,46%) e pedestres (8,42%).
As motocicletas estavam envolvidas em 55,09% dos acidentes com vítimas, enquanto os automóveis lideravam os acidentes sem vítimas, com 64,45%.
A maioria dos casos envolvia colisões (79,9%) e atropelamentos (9,75%), com maior incidência nos horários de pico: entre 5h30 e 7h, 11h e 12h, e 18h e 19h.
Em uma entrevista para o jornal Folha Nobre em janeiro deste ano, a coordenadora de Educação do Detran, Cléia Machado, destacou que o grupo mais vulnerável no trânsito são primeiramente os pedestres e em segundo os ciclistas. Embora os dados mais recentes disponíveis sejam de 2016, não há evidências de mudanças significativas no perfil das vítimas.
“Os pedestres e ciclistas são os mais vulneráveis no trânsito, por isso precisam ter atitudes que protejam a vida. Aqui no Parque Ipê, por exemplo, os pedestres devem utilizar as vias para pedestres, assim como o ciclista deve transitar na ciclovia e sempre utilizar os equipamentos de segurança”, afirma.
Imprudência lidera causas de acidentes na capital
De acordo com o Detran, cerca de 90% dos acidentes registrados na capital são causados por imprudência no trânsito. Além disso, em âmbito nacional, estudos realizados pelo Ministério dos Transportes indicam que a imprudência dos motoristas é responsável por 53,7% deles no Brasil.
Entre os comportamentos de risco mais comuns estão excesso de velocidade, avanço de sinal vermelho e ultrapassagens perigosas. O advogado de trânsito Sandro Oliveira alerta que o problema não se resume à falta de conhecimento: “A falta de educação está diretamente ligada aos acidentes. Muitos motoristas agem como se estivessem certos, mesmo quando claramente estão errados”, comenta.
Outro fator preocupante é o crescimento da frota de veículos em Rio Branco. Entre 2020 e 2024, o número de automóveis registrados saltou de 186.723 para 217.962 — um aumento de 16,75%. A expansão, sem melhorias proporcionais na infraestrutura, contribui para congestionamentos, cruzamentos perigosos e aumento nos índices de acidentes.
As vias mais perigosas da capital
Segundo o Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), os cruzamentos são os locais com maior incidência de acidentes, principalmente nos horários de pico e em vias de grande fluxo. Entre janeiro e março de 2025, as dez vias com maior número de ocorrências somaram 148. A Avenida Ceará lidera o ranking com 30 ocorrências no trimestre.
Além de fatores comportamentais, a ausência de sinalização adequada em trechos movimentados da capital também contribui para o risco nas vias. Para o advogado, o papel do poder público é fundamental nesse cenário.
“Cabe ao poder público garantir a sinalização horizontal e vertical conforme determina o artigo 80 do CTB [Código de Trânsito Brasileiro]. Sem isso, a responsabilidade pela segurança nas vias fica comprometida”, pontua.
Vozes das ruas: o olhar de quem vive o trânsito
Para além dos dados e estatísticas, as experiências cotidianas de quem enfrenta o trânsito todos os dias oferecem uma visão concreta e urgente da realidade. “Os principais desafios são nas ruas, com muitos motoqueiros imprudentes”, relata Jeferson Bessa, motorista de aplicativo.

Ele também aponta a precariedade da malha viária como um agravante: “Há várias ruas em Rio Branco que precisam de atenção do governo porque estão com muitos buracos, alguns sendo quase impossíveis de passar de moto, principalmente quando chove”, enfatiza.
Essa dificuldade também foi vivida por João Gustavo Rocha, vendedor externo da empresa Acrepan, que teve prejuízo após cair em um buraco encoberto pela água da chuva. “Era uma rua bem esburacada e todos os buracos estavam com água. Não dava pra ver o quão fundo eles eram. Acabei batendo em um buraco no carro da empresa e quebrou um pouco do para-choque. A empresa ficou no prejuízo” relata.
Bairro Sobral, Rio Branco – AC. Foto: Hélio Vitalino
Ele também avalia que a desinformação sobre regras e deveres no trânsito ainda é um entrave. “A maioria dos motoristas não está bem-informada. Falta conscientização da população, e mais investimento do governo em educação para o trânsito. Muitas autoescolas também não oferecem uma formação de qualidade”, conclui.
Como prevenir acidentes e contribuir para um trânsito mais seguro
Diante dos números alarmantes e dos relatos de quem vivencia diariamente os desafios nas vias de Rio Branco, a prevenção se torna indispensável. Confira algumas orientações que podem ajudar a salvar vidas durante a rotina de trânsito.
- Respeite os limites de velocidade e a sinalização;
- Nunca dirija sob efeito de álcool ou outras substâncias;
- Use sempre o cinto de segurança e capacete, no caso de motociclistas;
- Evite o uso do celular ao volante;
- Mantenha a manutenção do veículo em dia, especialmente pneus e freios;
- Esteja atento às condições da pista, principalmente em dias de chuva.
Além da responsabilidade individual, o papel da população também é fundamental na fiscalização cidadã. Irregularidades no trânsito, buracos em vias públicas e comportamentos de risco podem – e devem – ser denunciados.
Canais de Denúncia e Contato:
- RBTrans (Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito): (68) 3212-7040
- Detran/AC: (68) 3229-5500, site: www.detran.ac.gov.br
- Ouvidoria da Prefeitura de Rio Branco: 0800 647 1311
- Polícia Militar (em caso de emergência ou flagrante de infração): 190, site: www.pm.ac.gov.br
As orientações seguem recomendações da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), que reforçam a importância da educação, fiscalização e boas práticas para a redução de acidentes. Somente com a união entre poder público, condutores e pedestres será possível transformar Rio Branco em uma cidade mais segura para todos.
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Empreendedorismo, arte e ativismo: narrativas de resistência de mulheres periféricas no primeiro podcast original A Catraia
Os 3 episódios do programa mergulham nas experiências de mulheres periféricas na capital acreana, explorando como o ativismo, a arte e o empreendedorismo social se entrelaçam como formas concretas de existir e transformar a realidade.
Publicado há
3 meses atrásem
6 de junho de 2025por
Redação
Produção explora como mulheres de Rio Branco constroem caminhos de autonomia e dignidade, utilizando o empreendedorismo e a arte para resistir à exclusão
Por: Victor Manoel
A realidade social e econômica apresenta desafios únicos em Rio Branco, especialmente para grupos minorizados que enfrentam barreiras estruturais no acesso a direitos básicos, inclusive no mercado formal. Nesse contexto, o empreendedorismo surge não apenas como um meio de subsistência, mas como uma poderosa ferramenta de resistência, emancipação política e busca por autonomia e dignidade.
É essa força e criatividade que impulsionam o podcast “Trabalhar e Resistir”, projeto do curso de Jornalismo da Ufac, realizado no âmbito do jornal laboratório A Catraia, que busca ouvir essas narrativas de luta e superação. Os 3 episódios do programa mergulham nas experiências de mulheres periféricas na capital acreana, explorando como o ativismo, a arte e o empreendedorismo social se entrelaçam como formas concretas de existir e transformar a realidade.
Uma das vozes do podcast é da Luar Maria, atriz e estudante, que compartilha a dura realidade enfrentada pela população trans no Acre. Ela aponta a falta de seriedade e compreensão por parte de algumas gestões públicas em relação às necessidades dessa população e destaca a precariedade do acesso à saúde e a ligação entre empregabilidade e saúde. Luar ressalta que a luta por direitos e a busca por meios de subsistência andam juntas. Para ela, falta “seriedade no sentido de realmente tocar o que o recorte das secretarias está faltando”, e é preciso acreditar que essas políticas são cruciais para entender e avançar.
O podcast também apresenta Vands, artivista e empreendedora de ilustrações da periferia. Ela vê sua arte não apenas como expressão, mas como uma ferramenta de ativismo e uma forma de gerar renda, conectando seu trabalho a questões de justiça social, ambiental e direitos humanos. Transformar sua arte em empreendimento foi um passo natural, mas cheio de desafios práticos no contexto periférico. Vands define seu “artivismo” como a união da arte com o ativismo e considera “resistência”, pois fala de questões importantes e é criada “em um contexto em que (…) o capitalismo incentiva muito a gente a consumir sem pensar”.
Para oferecer um panorama mais amplo, o podcast incluiu a perspectiva institucional com Julci Ferreira, analista do Sebrae Acre e gestora de projetos como o Plural, focado em grupos sub-representados e pessoas em situação de vulnerabilidade. Julci explica a abordagem do Sebrae para o empreendedorismo inclusivo, buscando integrar esses grupos e dar a eles “luz e autoridade para se verem como empreendedores”. Ela afirma que “a ideia do Sebrae não é número, não é abrir CNPJ. A ideia do Sebrae é cada vez mais desenvolver ideias de negócio”.
Ouça “Trabalhar e Resistir: Vozes Periféricas do Empreendedorismo no Acre” no Spotify: https://open.spotify.com/show/6un2SKAou6c8OfkehlAv5Q?si=0572cdc289e345c3

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