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Acadêmicos de Psicologia da Ufac desenvolvem cartilha sobre os impactos da pandemia em povos indígenas

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Por Gabriel Vercoza Alves e Renato Menezes

Com o objetivo de informar e incitar reflexão sobre quais foram as implicações sofridas por povos indígenas durante a pandemia de Covid-19, os alunos do 4º período do curso de Psicologia da Universidade Federal do Acre (Ufac) formularam e publicaram uma cartilha informativa à comunidade não-indígena, de tema “Sofrimento Ético Político Indígena no contexto da pandemia”.

O conteúdo, orientado pelo professor Leandro Amorim Rosa, discute, de forma didática, sobre os desdobramentos das realidades indígenas e dos preconceitos que a sociedade ainda alimenta com relação a estes povos. Nela, assuntos como marginalização, exclusão, dados estatísticos sobre mortalidade por Covid, acesso aos serviços de saúde e desinformação são pontuados.

ESTUDOS E ANÁLISES

A estudante do 4º período, Thais Santos, propôs ao seu grupo a ideia de abordar sobre os indígenas e explicou que este produto, orientado pelo docente e pela pesquisadora do Núcleo de Dialética Exclusão/Inclusão Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Flávia Busarello, foi desenvolvido em um período de duas semanas para a disciplina de Psicologia Social com base nos conteúdos estudados.

“Formulamos a cartilha de maneira bem didática para debater com a população sobre o que é o sofrimento ético-político indígena e como ele atinge e impacta no dia a dia dos povos indígenas da Amazônia e do Acre. Observamos, por exemplo, os índices de mortes por Covid-19, bem como questões envolvendo preconceito, estereótipos e demarcações de terras indígenas”, pontuou.



Cartilha produzida pelos alunos de Psicologia aborda sobre sofrimento indígena no contexto pandêmico | Foto: Reprodução

PARA ALÉM DA TEORIA

Criar um material que gerasse diálogo com o público geral também era um dos objetivos principais do professor-orientador. “A minha proposta para os estudantes era de que formassem grupo de dez e de que pensassem em assuntos que pudessem ser discutidos, indo além da teoria e idealizando sobre como o conteúdo poderia ser revertido em forma de contribuição para a sociedade”, disse.

Leandro falou que é desafiador e delicado falar sobre povos tradicionais, ainda mais no contexto de pandemia e em meio aos conflitos que estes estão enfrentando com as discussões acerca da Proposta de Lei nº 490/2007, que altera a legislação de demarcação de terras indígenas.

“A cartilha, que foi formulada e pensada para pessoas não indígenas, não tem como objetivo passar a forma como os povos tradicionais se sentem ou como estão se adequando à pandemia, mas sim de levar uma lente de entendimento desses povos, já que foi produzida por alunos que não tem origem indígena, utilizando conceitos da psicologia social brasileira e levando a um entendimento da situação que os indígenas vivem através de pesquisas teóricas”, pontuou.

Pandemia comprometeu a saúde de povos indígenas e deu margem para que conflitos envolvendo demarcações de terras voltassem à tona | Foto: Carolina Diniz/Internet

PL 490 E MARCO TEMPORAL

A PL nº 490, de 2007,que vem movimentando as discussões na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal e reverberando no país, foi desengavetado este ano por parlamentares da base do governo e propõe, em síntese, a revisão da demarcação de terras indígenas. A ideia central é a de impor um “marco temporal” que considera como “territórios indígenas” apenas as que estão em posse dos povos a partir da promulgação da Constituição de 1988. Além disto, a proposta de autoria do ex-deputado federal Homero Pereira (PR/MT) e relatado pelo deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), também proíbe ampliação de terras já demarcadas, defende a exploração de territórios por garimpeiros e flexibiliza contato com povos isolados, mesmo a Constituição garantindo, em seu artigo 231, suas respectivas organizações sociais e tradições. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), cerca de 12,2% do território nacional é legalmente demarcado.

Indígenas protestam contra a Lei 490/2007 em frente à Câmara dos Deputados em Brasília. O projeto, aprovado na CCJ, segue para votação no plenário | Foto: Tiago Miotto/Internet

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Curso de Jornalismo da Ufac realiza alinhamento para debate com candidatos à prefeitura de Rio Branco

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Por Felipe Souza

Estudantes de Jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac) se reuniram com os representantes dos quatro candidatos à prefeitura de Rio Branco, nesta quinta-feira, 15, para o alinhamento das regras do primeiro debate eleitoral promovido pelo curso, que acontece no dia 20 de setembro, com transmissão ao vivo pelo canal ‘Laboratório Jornalismo Ufac’, a partir das 20h.

Estiveram presentes todos os representantes dos candidatos pela disputa à prefeitura da capital acreana. Os assessores Gustavo Franco, Andréia Oliveira Forneck, Lailla Cândido e Ton Lindoso representam, respectivamente, Jenilson Leite (PSB), Marcus Alexandre (MDB), Emerson Jarude (Novo) e Tião Bocalom (PL).

Com mediação do professor da disciplina de Telejornalismo, Paulo Santiago, na reunião foram apresentadas as regras gerais, instruções e formato para a execução do debate político. Ao final, os representantes assinaram o documento de aceite às regras e a ata da reunião.

Foto: Arinelson Morais

Além da presença de Santiago, o momento também contou com o coordenador do curso de Jornalismo da Ufac, professor Luan Santos, e as estudantes Tácila Matos e Maria de Fátima Brito, que compõem a coordenação geral do debate eleitoral organizado pelos acadêmicos.

“Os estudantes são fundamentais nesse processo, porque aqui na Ufac eu acho que deve ter em torno de 10 mil estudantes, então vocês propiciarem um ambiente onde os estudantes vão poder conhecer as propostas dos candidatos é fundamental. Quero parabenizar o curso de Jornalismo pela iniciativa de realizar um debate dessa grandiosidade”, pontua a representante de Marcus Alexandre, Andréia Oliveira.

O responsável pela campanha de Tião Bocalom, Ton Lindoso, destaca que numa sociedade democrática, é essencial que todos os candidatos possam participar de etapas importantes como essa. “O debate é uma espécie de vitrine, onde cada candidato é apreciado. Apresenta suas propostas, se mostra para a sociedade, e a população, como um todo, tem a oportunidade de saber mais sobre as propostas”, ressalta Lindoso.

Para Lailla Cândido, representante de Emerson Jarude, o evento, além de colaborar com a formação dos acadêmicos de Jornalismo, será um espaço democrático para os candidatos apresentarem as suas plataformas de governo à academia e à sociedade. “Os estudantes são muito importantes dentro de uma eleição. São pessoas que estão no nosso futuro. A educação é a base da nossa sociedade”, disse Cândido.

O representante político e de comunicação de Jenilson Leite, Gustavo Franco, acredita que o poder dos jovens na política é muito decisivo em uma votação. “A gente costuma falar em nossas reuniões que os jovens têm um papel fundamental, inclusive, dentro de suas próprias residências e suas próprias famílias. […] Acho que todos têm que conhecer as propostas para poder escolher melhor os seus candidatos”, conclui Franco.

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Ufac lança edital de monitorias para cursos do CFCH; confira as vagas

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Por Vitor Paiva

A Universidade Federal do Acre (UFAC), através do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), divulgou na tarde desta quinta-feira (25), o edital nº01/2024, para a seleção de bolsas de monitoria, referentes ao semestre letivo 2024.1

Ao todo, são 22 bolsas disponíveis no valor de R$700 mensais pagos aos alunos que foram selecionados, e outras sete voluntarias, para os cursos de Ciências Sociais, Comunicação Social, Filosofia, Bacharelado em Geografia, Licenciatura em Geografia, Bacharelado em História, Licenciatura em História (matutino e noturno), Psicologia.

É importante ressaltar que não possível fazer o acumulo de duas ou mais bolsas de monitoria de maneira remunerada, sendo possível ainda conciliar em caso de disponibilidade voluntária do aluno.

As bolsas serão referentes aos meses de agosto à novembro de 2024, sendo necessário para a inscrição, preencher a ficha, presente no edital, assim como apresentação de Registro Geral (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF), ou documentos equivalentes, comprovante de matrícula do semestre vigente e o histórico escolar com o coeficiente de rendimento geral.

O cronograma a ser seguido está presente dentro do edital, que pode ser conferido na íntegra em documento abaixo/Foto: Reprodução

Os documentos devem ser encaminhados ao e-mail cfch@ufac.br entre o período de 25 a 28 de julho, com o assunto do envio sendo “Inscrição para Bolsa de Monitoria”, assim como nome do aluno, número de matricula e disciplina que deseja pleitear uma vaga de monitoria, junto aos documentos anexados em arquivo único, no formato PDF. É importante lembrar que se faz necessário ter concluído a disciplina que deseja ser monitor.

Os resultados preliminares deverão ser publicados em primeiro de agosto, com a lista final sendo disponibilizada no dia cinco do mesmo mês.

Para maiores informações acerca do processo seletivo, basta acessar o edital abaixo:

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O desafio de pegar ônibus à noite na UFAC

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Uma das maiores preocupações dos estudantes dos cursos noturnos é o deslocamento por transporte público. 

Por Akenes Mesquita e Felipe Nascimento

Estudantes enfrentam desafios significativos ao utilizar o transporte público para se deslocarem até suas residências durante o período noturno. A falta de infraestrutura adequada e os problemas de segurança são algumas das principais preocupações enfrentadas pelos estudantes que frequentam a Universidade Federal do Acre (Ufac).

Ônibus superlotados, atrasos frequentes e rotas limitadas são apenas algumas das questões enfrentadas diariamente pelos universitários. Além disso, a falta de iluminação adequada nos pontos de ônibus e nas vias públicas aumenta o sentimento de insegurança durante o trajeto para casa. 

O aluno do curso de Ciências Econômicas, Abimael de Souza Melo, considera a situação inadmissível em um país onde os cidadãos pagam altos impostos e deveriam contar com este  serviço público mais eficiente e acessível para todos. Ele relata as dificuldades enfrentadas ao utilizar o transporte público:“O último ônibus passa às 21h40, enquanto minhas aulas só terminam às 22h, o que gera um conflito de horários. Além disso, há um intervalo significativo entre os ônibus, por exemplo, um passa às 20h e o próximo só às 21h40, o que torna a espera prolongada”.

Foto: Akenes Mesquita

Segurança em risco

Outra preocupação significativa  é a segurança. O aumento da criminalidade na cidade, especialmente durante a noite, torna o deslocamento dos estudantes uma experiência estressante e arriscada. Relatos de assaltos em pontos de ônibus e dentro dos próprios coletivos são frequentes, gerando um clima de insegurança na comunidade acadêmica.

Fábio Alves, estudante de Economia, já foi assaltado no trajeto e fala sobre o sentimento de insegurança ao voltar para casa após um dia cansativo de trabalho e aula.

“Moro no bairro Nova Esperança e há dois ônibus que fazem essa linha: Fundhacre e o Rodoviária. Como meu curso termina às 22h, eu tenho que optar por um dos dois. Houve vezes em que optando pelo o Fundhacre, eu perdia o Rodoviária e o Fundhacre nem aparecia no terminalzinho”, lamenta ele, que já precisou recorrer a carros de aplicativo e ouviu relatos de roubos a outros estudantes.

Impacto no desempenho acadêmico

Os desafios não se limitam apenas ao aspecto físico e emocional, mas também têm um impacto direto no desempenho acadêmico. O estresse e a ansiedade causados pelos problemas de transporte e segurança podem prejudicar a concentração em sala de aula e comprometer o rendimento escolar.

A presidente do Diretório Central dos Estudantes da Ufac (Dce), Ingrid Maia, reconheceu que desde janeiro de 2024 estão recebendo algumas reclamações, principalmente em relação ao atraso dos ônibus, à falta de acesso dos veículos na Ufac e à qualidade dos mesmos.

“Encaminhamos denúncia à RBTRANS para que seja instaurada uma investigação e garantir que tais irregularidades não se repitam. Quanto à mudança de rotas, vamos levantar essas e outras pautas no Conselho de Transportes e Tarifas.” 

Ela também diz ter cobrado da administração uma maior efetividade nas rondas ostensivas e o retorno do diálogo com as instituições de segurança pública.”

Diante desses desafios, os estudantes clamam por soluções eficazes por parte das autoridades responsáveis. Medidas como aumento da frota, melhoria na infraestrutura dos pontos de ônibus e aumento da presença policial nas rotas de transporte público são algumas das demandas urgentes da comunidade acadêmica.

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