Cultura

Um vício chamado leitura

Publicado há

em

Foto: Reprodução/Guia55

Leitoras usam livros como escapatória da vida real e chegam a ler mais de 20 livros por ano. A média do brasileiro é aproximadamente 2,5 livros para esse mesmo período, segundo o Instituto Pró-Livro

Por Juilyane Abdeeli e Maria Fernanda Arival

Você conhece alguém viciado em ler? Que vive histórias em mundos diferentes, adquire experiências e novas palavras para o vocabulário por meio desse hábito alimentado diariamente?

As pessoas com vício em leitura são chamadas bibliófilas, no dicionário pode ser encontrado como “amante ou colecionador de livros”. Essa é uma parte da vida de Alícia Araújo, acadêmica de Direito na Pontifícia Universidade Católica (PUC Goiás), que lê em média 150 livros por ano de diversos gêneros. 

“Eu gosto mais de ler livros de romance, sempre fui apaixonada por livros que levam para outro universo. O mundo real está tão complicado e difícil de viver, por isso sempre optei por livros que possam me dar esperança de alguma forma, mas eu também leio auto ajuda, fantasia e ficção. Eu gosto de ler, são três livros por semana”, afirma.

Evelyn Vieira, acadêmica de Medicina, possui o hábito de ler mais de um livro simultaneamente, mas de gêneros diferentes para diversificar o repertório e organiza seu método de leitura através de sites como o Goodreads para marcar os livros que já foram lidos, os próximos da fila e os mais desejados do momento.

“Com a internet fica mais fácil de organizar a leitura. Eu utilizo o site para determinar minha meta para o ano e marco a evolução da leitura atual. Com a faculdade tenho lido em média 25 livros por ano. Acredito que meu hábito não atrapalhe significantemente, mas é ótimo para procrastinar”, explica.

Para Alícia, o hábito de ler muito auxilia no relacionamento com os familiares e amigos, pois a leitura abre a mente em vários assuntos. “Todos elogiam meu hábito de ler demais e eu acho muito legal, pois me ajuda a compreender mais as pessoas e ver outro lado delas que talvez sem a leitura eu não poderia ver”.

De acordo com Evelyn, a leitura tem um espaço importante na vida e cria possibilidades de existir vários universos para ampliar a zona de conforto. “Por meio da leitura tenho um mundo em que posso entrar sempre que preciso me distrair, me divertir e relaxar. Além disso, os livros me provocam a conhecer vivências fora da minha bolha e olhar para circunstâncias diferentes daquelas que conheço”, conta.

Com todo avanço em tecnologia, hoje existem várias formas de ler livros. Aplicativos com ebooks mais baratos e, às vezes, sem custo algum, e há o meio mais tradicional, que são os livros físicos disponíveis para compra em sites ou livrarias. Nessa questão, Alícia e Evelyn discordam: Evelyn utiliza os aplicativos iBooks e Kindle para ler simultaneamente os livros da vez e Alícia separa uma quantia do salário apenas para compra mensal de livros físicos, pois sonha em ter uma biblioteca em casa, contudo, não dispensa o uso dos apps.

“Eu tenho um Kindle, leio pelo celular e tenho muitos livros físicos. Eu tenho preferência em pegar nos livros para ler. Compro livro todos os meses, mas pode acontecer de comprar um livro ‘fora de época’, por exemplo no meio do mês, se eu quiser ler o mais rápido possível, eu acabo comprando a parte da cota mensal”, diz Alícia.

Deixe sua mensagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Lidas

Sair da versão mobile