Cotidiano

Nano-influenciadores e o poder da comunicação

Publicado há

em

“Quem sabe utilizar o poder da comunicação sempre vai estar um passo à frente. E sem dúvidas terá mais chances de chamar atenção”, enfatiza Daigleíne Cavalcante, mentora em comunicação

Por Bruna Giovanna e Ila Caira Verus

        A sociedade foi criada através da comunicação que ao longo dos anos sofreu várias alterações para chegar até os dias atuais, onde com apenas um clique você compra um produto. Mas com tanta evolução, é claro que não basta você apenas ter todos os aparatos tecnológicos para comunicar. A comunicação verbal associada a oral é essencial para estabelecermos um contato direto com as pessoas ao nosso redor. E é se utilizando da oralidade interpessoal que os influenciadores no mundo todo fazem tanto sucesso.

A mentora em Comunicação Daigleíne Cavalcante, explica que diversas pesquisas apontam a boa comunicação como uma das competências mais exigidas em vagas de emprego. “Saber se comunicar bem é essencial para quem quer se destacar no mercado de trabalho, seja alcançando cargos mais altos, tendo mais oportunidades de crescimento ou aprimorando a carreira”, reforça.

Daigleíne Cavalcante é servidora pública e mentora em comunicação. Foto: arquivo pessoal

 Ao falar sobre a importância da comunicação, a mentora cita uma pesquisa feita em cima das vagas disponíveis no Linkedin, em 2020, que mostrou que dentre das dez competências mais exigidas pelos empregadores, a comunicação era a primeira. Foram analisadas cerca de 12 milhões de vagas disponíveis na plataforma.

        Com o boom da comunicação no século XXI, foi possível observar uma tendência de interação que só aumentava, os nano influenciadores. Eles são pessoas que possuem um determinado público que os acompanha na internet, seja no YouTube, Instagram ou Facebook. São criadores de conteúdos que visam ajudar seus seguidores de alguma forma, usando de maneira mais assertiva seu público-alvo. Mas são considerados nano influenciadores apenas aqueles que possuem a marca mínima de 1.000 e máxima de 10.000 seguidores, além disso devem apresentar um bom engajamento.

Para Daigleíne, qualquer pessoa pode impactar e influenciar outras pessoas. “A diferença entre os nano influenciadores para os grandes é apenas números. Até para conseguir se conectar seja com 100, mil, dez mil ou cem mim pessoas, é preciso saber utilizar as técnicas de comunicação.  E precisamos lembrar que influenciar é parte do ser humano. Influenciamos os filhos, os irmãos, familiares e amigos diversas vezes ao longo da vida. Agora, com a internet e as redes sociais, ficou mais fácil influenciar em grande escala”, enfatiza a mentora.

A estudante de Jornalismo da Universidade Federal do Acre (UFAC), Abigail Sunamita, ajudou a entender como funciona e como acabou nesse mundo dos influenciadores, mas é claro que a universitária possui o carisma e a linguagem oral que é um dos pontos altos para a comunicação nas redes sociais.

Abigail Sunamita é estudante de jornalismo e nano-influenciadora. Foto: arquivo pessoal

Abigail se descobriu uma nano-influenciadora recentemente. Ela conta que a pandemia ajudou, pois foi nesse período que ela começou a trabalhar como social mídia. A jovem de apenas 22 anos disse que passou a usar suas redes para ser mais informativa, mas ressalta que desde 2018, vinha sendo mais ativa no Instagram (rede que ela utiliza). “Sempre fui de expressar minhas opiniões, debater e de levar assuntos que pudessem agregar de alguma forma na vida das pessoas”.

A comunicação é uma arma poderosa e global, é tanto que de acordo com o blog Jet.E-comerce, os influenciadores digitais ganharam tanto destaque nos últimos anos, que se tornaram essenciais para as estratégias de divulgação das marcas. Para se ter ideia, eles já são considerados a segunda maior fonte de influência na tomada de decisão de compra. Perdendo apenas para indicações de amigos e parentes. Diante dessas novas possibilidades, é importante atentar também para a relevância dos nano-influenciadores.

        A universitária adentrou o mundo das redes com o intuito de ajudar as pessoas a se inscreverem no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ela explica que ali já tinha um público que a acompanhava, que após entrar na faculdade começou a ajudar as pessoas a entender os editais, avisando quando abria e os pontos mais importantes como a documentação. “Eu nunca fui focada em ser uma influenciadora digital da beleza, nunca fui focada nisso! O meu foco sempre foi seguir o nicho da comunicação. Então, às vezes eu compartilhava matérias, explicava a situação. Era uma forma de expressar minha opinião”, relatou a estudante de jornalismo.

        Abigail Sunamita destacou que a pandemia deixou as pessoas mais dependentes das redes sociais, que passou a ser um espaço mais informativo, um meio de comunicação primordial, onde até as pessoas mais velhas começaram a aderir. E explica que nesse meio tempo o número de seus seguidores aumentou bastante, aumentando em torno de mil seguidores.

        A nano-influenciadora afirma que não possui uma rotina de postagem, que tem dias que não posta absolutamente nada, mas que quando posta algo relacionado principalmente a informação, tem um engajamento maior. Esclareceu que é difícil postar sobre o seu dia a dia, mostra mais sobre sua rotina de trabalho, coisas que passam despercebidas no dia a dia, que às vezes as pessoas não notam. E deixa claro, que seu nicho na rede social é a comunicação. Mas que com o aumento dos seus seguidores passou a receber muitos produtos em casa, press kit e convites.

        “Mas sempre quando falo de opinião pública, do governo, eu tenho mais engajamento do que quando mostro os produtos. Os produtos as pessoas gostam de ver, mas o meu maior engajamento é quando eu falo as minhas opiniões diárias”, atestou a estudante, Abigail.

        A nano-influenciadora conta que sente que seus seguidores são pessoas próximas, mesmo que alguns ela nunca tenha conhecido pessoalmente, mas ela diz ser pessoas que a admiram e respondem suas postagens, “são pessoas que veem meu envolvimento em atividades, então, elas passam a ser próximas a mim, são pessoas que me incentivam, e isso é massa! Já tive alguns hater, mas isso é normal para quem está nesse meio”, finaliza Sunamita.

Deixe sua mensagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Lidas

Sair da versão mobile