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Instabilidade do sinal de internet no Acre compromete atividades do ensino remoto

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Foto: Reprodução/Thinkstock

Dificuldade de comparecer às aulas e entrega de trabalhos fora do prazo são algumas das reclamações

Por Juilyane Abdeeli e Maria Fernanda Arival

Os provedores de internet no Acre apresentam constantemente problemas com a transmissão do sinal para os consumidores. Em decorrência da pandemia de Coronavírus, a Universidade Federal do Acre (Ufac) e as universidades particulares, principalmente na capital, adotaram o ensino remoto e estão tendo a qualidade de ensino afetada pela instabilidade do sinal de internet no estado. 

Os problemas de conectividade tornaram-se frequentes nas aulas e constantemente é inviável os alunos comparecerem virtualmente aos encontros. Segundo o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.BR), o Norte possui os piores indicadores em relação à qualidade da Internet. Por esse motivo, muitos alunos e professores têm reclamado da conexão de Internet.

Amanda Filgueiras, acadêmica do 9º período de Engenharia Civil na Unimeta, mora no Vila Acre e relata dificuldades na hora da entrega de trabalhos.  “Dependo do Wi-Fi para assistir aulas e entregar meus trabalhos e acaba sendo um pouco limitado quando ocorre um problema com a conexão pois não tenho outro meio”, afirma.

Letícia Mamed, professora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Ufac, conta que há três anos optou por trocar o provedor de internet em decorrência do serviço indesejável e hoje utiliza outra operadora em casa. Além disso, a professora já foi prejudicada este ano com a instabilidade de conexão há alguns dias e precisou remarcar a aula que estava programada para aquela data.

“Consegui avisar a turma com antecedência e reagendamos para outro dia. Quando acontece, busco combinar aulas síncronas e assíncronas, de maneira que o aluno possa estudar ou revisitar o material disponibilizado quando suas condições de conectividades forem favoráveis. Além disso, busco estabelecer uma aproximação com cada aluno, na intenção de conhecer melhor sua realidade e dificuldades, por isso organizo constantemente meus planos de aula”, afirma Mamed.

A acadêmica do 1º período de Educação Física na Ufac, Eduarda Paiva, conta que usa todas as alternativas disponíveis para não deixar de assistir as aulas e entregar os trabalhos nos dias estipulados, recorrendo ao Wi-Fi e a internet do Chip fornecido pela Ufac quando ocorre instabilidade na região onde mora.

“Os meus professores são flexíveis em relação às quedas de internet, geralmente repetem o conteúdo para aqueles que não conseguiram assistir, apenas uma professora disponibiliza a aula gravada nessas ocasiões excepcionais. Acredito que se os professores forem avisados sobre os problemas de conexão, os trabalhos podem ser aceitos com atraso”, explica Paiva.

A professora Grassinete Oliveira atua nos cursos de Letras Libras e Letras Português e diz já ter sofrido com falhas na internet duas vezes, mas não atrapalhou as aulas. “As quedas de internet não aconteceram nos dias que dou aula, mas caso aconteça vou utilizar outros recursos como gravação de podcast, compartilhamento de vídeos e o WhatsApp para prosseguir com as minhas aulas”, acrescenta.

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