Por Emily Cristina Correa, Mariana Moreira e Francielle Julião
A Mostra de Comunicação Visual da Universidade Federal do Acre (UFAC) chega à sua 13ª edição em 2025 com o tema “Fotojornalismo social: DF olhares que contam histórias”. Criada como disciplina optativa pelo professor Milton Chamarelli, do curso de Jornalismo, o evento tem se consolidado como um espaço de prática e experimentação para estudantes, mesmo diante de limitações técnicas.
A edição deste ano acontece no dia 9 de outubro, a partir das 18h, no Museu dos Povos Acreanos, em Rio Branco. A exposição é aberta ao público e reúne trabalhos fotográficos desenvolvidos por alunos ao longo da disciplina.
Desde a 5ª edição, os alunos têm utilizado celulares para captar as imagens apresentadas na mostra, devido à falta de câmeras fotográficas profissionais nos laboratórios do curso. O atraso de anos entre solicitação-compra-entrega de novos equipamentos fez com que a atividade recorresse a essa solução inicialmente temporária.
Para o professor Chamarelli, isso não impede a qualidade dos trabalhos. “Embora não tenhamos as máquinas fotográficas, as fotografias são feitas pelo celular, e isso vem acontecendo desde a 5ª Mostra. Os alunos não têm acesso a câmeras, mas ainda assim temos obtido ótimos resultados”, afirma.
A Mostra, segundo ele, nasceu da necessidade de levar o conteúdo da disciplina do campo teórico para a prática. “A ideia da disciplina surgiu após percebermos que trabalhávamos apenas com conceitos. Foi então que resolvemos transformar o que víamos de forma abstrata em prática por meio da fotografia.”
Com o passar dos anos, a atividade ganhou estrutura e hoje conta com comissões organizadoras, equipe de assessoria de comunicação, além de momentos de confraternização na noite do evento – com música e coffee-break.
Experiência estudantil
A estudante de Jornalismo Sarah Helena Brito participou da organização da 12ª edição da Mostra de Comunicação Visual e destaca os desafios enfrentados. “Fiquei na equipe de Assessoria. Tivemos que começar tudo do zero: criar a identidade visual, testar cores que combinassem com o tema. Foi um trabalho intenso”, relembra.
Para ela, a disciplina teve um impacto significativo tanto em sua formação acadêmica quanto pessoal. “Me ajudou muito a desenvolver esse olhar social dentro da fotografia no Jornalismo. É algo que procuro levar para todos os lugares, seja na atuação jornalística ou fora dela.”