Carlos Dayan Alves Barros, 25 anos, ou apenas “Dayan”, como é chamado pelos amigos, é o segundo acreano – depois de Antônio Carlos Aguiar Gouveia, o “Carlão do Vôlei”-, a jogar a Superliga, a principal competição de vôlei do País.
Na última temporada, atuando pela equipe de Juiz de Fora, Minas Gerais, Dayan se consagrou no início de abril de 2021, campeã da Superliga B, após vencer novamente o Aeroclube (RN) no Ginásio do Riacho, em Contagem (MG), na semifinal da Superliga B, no tie-break, com parciais de 25/20, 18/25, 20/25, 27/25 e 15/10. Atualmente, o líbero acreano reforçou o time de Suzano (SP) para a disputa do campeonato paulista.
Equipe de Juiz de Fora campeã da Superliga B no dia 14 de Abril. Dayan é o líbero [camisa vermelha] – Foto: acervo pessoal.
O título dá acesso à primeira divisão da Superliga Masculina da próxima temporada, que deverá ser iniciada no final do ano, em meados de novembro. Aos 18 anos, Dayan embarcou em definitivo rumo a São Paulo (SP) em busca do seu maior sonho: virar jogador profissional de voleibol.
“É muito engraçado porque isso foi algo que eu sempre almejei. Desde muito novo. E por ser de uma região mais afastada dos grandes centros de voleibol do país, parecia que as coisas demoraram para acontecer, mas talvez eu que fosse precoce. Com 16 anos fui pra São Paulo. Foi a primeira vez atuando em uma equipe com formato semi-profissional”, destacou.
Ele conta que sua paixão pelo esporte veio do pai, Carlos Dayan Cesar Barros, que o incentiva a praticar todas as atividades esportivas nos fins de tarde com arremessos de basquete, handebol, vôlei e futebol.
“Eu comecei a jogar vôlei em casa com meu pai. Eu dizia que queria ser que nem ele: praticar todos os esportes. Então, toda tarde fazíamos arremessos de basquete, handebol, os fundamentos do vôlei e depois brincávamos de futebol. Isso com 9 ou 10 anos. Não sei se teve algum motivo para eu ir para o vôlei. Talvez porque eu era muito ruim no futebol”, disse aos risos.
Dayan é o líbero, responsável pela recepção e defesa do time. O líbero é o único jogador, dos seis, que tem uma camisa diferente dos demais. Segundo ele, o apoio de amigos, treinadores e familiares foi fundamental para almejar o tão sonhado objetivo que era ser jogador de vôlei profissional.
“Graças a Deus eu tive muitos apoiadores. Amigos, treinadores e claro, minha família, que sempre me apoiou muito. Até hoje, meu pai parece ser meu maior fã. Ele quer saber como eu estou nos treinos, como está minha cabeça para o jogo e qualquer detalhe do dia-a-dia”, salientou.
SONHO INTERROMPIDO PELA PANDEMIA DA COVID-19
Quem vê o sorriso estampado no rosto de Dayan nas fotos acima, não sabe também do temor de ver o sonho sendo cancelado por um vírus que já levou mais de 400 mil brasileiros à morte. Em 2020, Dayan iria ser o primeiro acreano a disputar a Superliga Masculina de Vôlei, a principal competição do país, após o Carlão do Volêi, no entanto, a pandemia interrompeu esse sonho.
Época de Blumenau Santa Catarina
Na época, ele estava jogando pela equipe de Blumenau de Santa Catarina, mas devido a pandemia da covid-19, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) decidiu por encerrar todas as competições do país devido ao vírus.
“Se Deus quiser, eu vou retomar esse sonho. Vou renovar o meu contrato com a equipe de Juiz de Fora e irei reestreiar pela Superliga Masculina de Vôlei”, afirmou