A 4ª edição do Novembro Negro aconteceu do dia 01 a 27 de novembro, de forma on-line, devido à pandemia da Covid-19. Em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) realizou atividades durante o mês de novembro contra o racismo, preconceito, discriminação racial e desigualdades sociais.
A programação contou com lançamentos de revistas, apresentações culturais, palestras, seminários, VII Semana em Favor de Igualdade Racial e live de encerramento. Programação que evidenciou sobre as lutas e resistências da população negra.
A coordenadora administrativa e responsável pelas ações do Neabi, Flávia Rocha, analisou que o IV Novembro Negro, incluindo a VII Semana em Favor de Igualdade Racial superou as expectativas e foi bastante produtivo. Durante o evento houve apresentação de trabalhos realizados por alunos ao longo dos anos.
“É muito importante ter um núcleo deste dentro da universidade, assim como é importante que se discuta racismo e antirracismo em qualquer setor da nossa sociedade, principalmente na educação”, enfatiza Flávia Rocha.
Para os participantes é um grande avanço para descontruir rótulos e estereótipos estruturais sobre questões raciais que são ensinadas desde crianças. A mestranda em Educação (Programa de Pós-Graduação em Educação PPGE/Ufac) Beatriz da Silva é, atualmente, Coordenadora do Banco de Dados no Neabi, trabalha com tabulação de livros, obras e matérias que o Núcleo disponibiliza físico e digital.
A estudante ressalta a importância do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas para levar conhecimento, formações, palestras, oficinas, entre outros trabalhos, com o intuito de promover conhecimento da identidade negra, assim como as práticas pedagógicas que podem ser efetuadas por professores da educação básica e universitária para as questões ético-raciais.
“Porque a gente não quer excluir o branco e só falar de negros, nós buscamos a inserção do negro nos assuntos diários. Se vai falar de cultura por que só falar da cultura europeia? Se podemos também junto a esse assunto, inserir e agregar as culturas africanas e indígenas?” – destaca Beatriz da Silva.
O Neabi é uma organização acadêmica vinculada aos movimentos negros e indígenas. Foi aprovado pelo Conselho Universitário no dia 22 de novembro de 2018. Sua estrutura abrange as coordenadorias de administração, ensino, pesquisa, publicidade, banco de dados, editoria e publicação, cultura e eventos, arte e a ouvidoria.
Quem tem interesse em participar do núcleo de estudos, basta procurar a coordenadoria. Os voluntários são aceitos se tiverem seis horas disponíveis para se dedicarem ao núcleo. Essas pessoas serão vinculadas ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e receberão certificação. As reuniões são públicas.