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Saúde Mental na Universidade: um debate necessário

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Por Deylon dos Santos Felix

A importância dos cuidados com a saúde mental dentro do ambiente universitário tem gerado discussões que buscam melhorar as vivências de estudantes, técnicos, professores e outros cidadãos que ocupam esse espaço.

De acordo com a Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), oito em cada dez estudantes de graduação já tiveram ou têm algum problema de saúde mental ou emocional desencadeado pela vida acadêmica.

Ansiedade, sensação de desespero, falta de esperança e solidão são os sentimentos mais abordados neste levantamento feito em várias regiões do Brasil. Indicando que nenhum estudante está imune a problemas psíquicos durante o percurso dentro das universidades de todo o país.

Segundo a psicóloga e especialista em Psicoterapia e Psicologia Organizacional, Brunete Presley, os vários trabalhos que muitos cursos passam para os alunos, a pressão em prazos e uma má convivência com outros discentes e até mesmo com professores, podem ser causas que permitem esse adoecimento da mente.

Psicóloga Brunete Presley

“Além da faculdade, cada aluno tem ainda a sua vida pessoal, muitas vezes também profissional, e acaba por adoecer ao ponto de não conseguir administrar tudo isso. Há alguns estudos que apontam estudantes manifestando síndrome de Burnout em decorrência do estresse na sala de aula e toda a cobrança existente”, disse a profissional.

A Síndrome de Burnout, conhecida também como Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes.

Brunete informa ainda que para uma melhora nesses problemas dentro das universidades, a temática de saúde mental deveria não só ser citada em meses de campanha, mas que houvesse disciplinas ou um treinamento com os professores para que eles buscassem ter mais entendimento das questões que envolvem a problemática. “Outra alternativa seriam atividades com a utilização de técnicas de relaxamento, palestras, oficinas, tudo voltado para o bem-estar mental dos alunos e também dos professores”, pontuou.

A Universidade Federal do Acre (Ufac), que já prestava assistência psicológica presencialmente por meio de acompanhamento psicológico no campus, teve que se adaptar a atual situação pandêmica para que não deixasse de ajudar alunos e servidores da instituição.

Dessa forma, A Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV), da Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de pessoas (Prodgep), disponibiliza um link para agendamento de atendimento psicológico online.

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O Podcast TCC Sem Ansiedade da psicóloga Júlia Pontes, elabora conteúdos relacionados ao tema saúde mental na vida acadêmica. E conta com a ajuda de outros psicólogos, pedagogos e profissionais de saúde em geral.

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