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Mês do Meio Ambiente começa com aprendizado

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O Programa de Iniciativas de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa Provenientes do Desmatamento e da Degradação Florestal do Governo realiza programação em parceria com Ufac

Por Aldeir Oliveira e Miguel França

Estão abertas as inscrições para diversas palestras que fazem parte da programação do Mês do Meio Ambiente, todas online e com certificação. Esta é uma iniciativa do Programa REM, do Governo do Estado do Acre, em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, que é comemorado no dia 05 de junho.

Imagem: Divulgação/Decom Seplag

Estão programadas quatro palestras para os dias 08 e 09, que acontecem em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac). Os links de acesso às palestras serão disponibilizados pela instituição para os participantes por e-mail após a realização das inscrições. A programação completa do Mês do Meio Ambiente pode ser visualizada por meio do link no site da Seplag:

 http://seplag.ac.gov.br/programacao-do-mes-do-meio-ambiente-2022/

“Inscrevam-se nas palestras, nós teremos aí palestrantes de primeira linha, pessoas que realmente podem fazer com que esses temas cheguem de uma forma mais simples e numa linguagem que seja acessível e reconhecida por todos. Será um momento de grandes aprendizados e de muitas surpresas”, convida a coordenadora-geral do Programa REM, Roseneide Sena.

De acordo com a diretoria do Programa REM, que atua dentro da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), as programações do Mês do Meio Ambiente fazem parte do acordo firmado entre o programa e o KfW. O acordo visa disseminar conhecimentos sobre o meio ambiente e sua preservação, bem como medidas públicas e empresariais para a redução de emissão de gases de efeito estufa, bem como a preservação ambiental em geral. Desta forma, com esta programação o programa pretende não só dar transparência a suas ações, como também educar os cidadãos sobre ações de preservação florestal.

Programação e palestras

Na quarta-feira, 08, a primeira palestra Pioneirismo do Acre em iniciativas de Serviços Ambientais e Mercado de Carbono: Sistema Estadual de Incentivos a Serviços Ambientais (Sisa) e Iniciativas em Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD), será ministrada pela mestre em Ecologia e Gestão de Recursos Naturais pela Universidade Federal do Acre (Ufac), Mônica Julissa de Los Rios de Leal. Mônica Leal atua como coordenadora do Earth Innovation Institute, no Brasil.

Os interessados em participar desta palestra devem efetuar suas inscrições por meio do link https://forms.gle/Fdcn41MenMgHiHYA6, até o dia 07.

A segunda palestra do dia 08 será sobre Produtos e Serviços do Acre que promovem a Sustentabilidade Econômica e a Conservação da Biodiversidade. Será ministrada pela Economista formada pela Ufac, Tatiana Balzon, Diretora de Bioeconomia e Cadeias de Valor da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ).

Os interessados em participar desta palestra devem efetuar suas inscrições por meio do link https://forms.gle/ZpN5e59vjqBbxHYu8, até o dia 07.

No segundo dia de palestras, o tema é Mercado de Crédito de Carbono e a Legislação de Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD). Será ministrada pelo advogado José Luiz Gondim dos Santos. Ele é presidente da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais do Estado do Acre (CDSA) e é Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina do ABC, especialista em Direito Constitucional pela Universidade do Sul de Santa Catarina, e também possui especialização em Modelos de Gestão; em Ciência de Dados e Big Data Analytics; e em Economia Brasileira Contemporânea.

Os interessados em participar desta palestra devem efetuar suas inscrições por meio do link https://forms.gle/9GVMvjz8fcBc2U7a6, até o dia 08.

Por fim, teremos a palestra sobre o Pioneirismo no Acre em Agentes Agroflorestais Indígenas (AFFIS), Povos Indígenas no Programa REM no Acre. A palestra será ministrada pela Professora Francisca Arara. Francisca é do Povo Arara (Shawadawã) do Acre. Graduada em Licenciatura Indígena pela Ufac, atualmente é chefe de Departamento de Regulação no Instituto de Mudanças Climáticas do Acre (IMC) e presidente do Comitê Global e Regional para Parcerias com Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais da Força Tarefa dos Governadores.

Os interessados em participar desta palestra devem efetuar suas inscrições por meio do link https://forms.gle/W7BBjtGYQdZgwf3M9, até o dia 08.

“A sociedade, nossos servidores públicos, nossos agentes responsáveis pelas políticas de gestão climática do Estado, participem dessa atividade. Conheçam, sejam sabedores do que o Estado vem fazendo, porque é um trabalho de formiguinha, é um trabalho de bastidor, mas é um trabalho que ele vai refletir bastante nesta e nas próximas gerações”, afirma a coordenadora-geral da Unidade de Coordenação do Programa REM , Roseneide Sena.

Dia Mundial do Meio Ambiente

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo, em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente, que passou a ser comemorado todo dia 05 de junho. A data foi escolhida para coincidir com a data de realização da conferência que tinha como objetivo chamar a atenção para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais.

Em 2022, a Suécia foi palco da Conferência que aconteceu no domingo, 05. Na oportunidade foi celebrado o aniversário de 50 anos da primeira Conferência e também da criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Com o tema “Uma Só Terra”, o evento foi transmitido online e pode ser assistido no site oficial do evento, por meio do link: https://www.worldenvironmentday.global/latest/watch-live.

Quer saber mais sobre as iniciativas do Programa REM na preservação ambiental do Estado? Você pode ler o artigo da Diretora-Geral do Programa, Roseneide Sena, disponível na Agência de Noticias do Acre e acessível pelo link: https://agencia.ac.gov.br/o-acre-existe-mas-o-que-existe-no-acre-voce-tem-certeza-que-sabe/

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Cerca de 17 mil animais são vítimas de abandono no Acre e número aumenta a cada ano

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Por Arielly Casas, Lucas Sousa e Gabriela Queiroz

O município de Rio Branco registra um número de quase 17 mil animais abandonados, segundo o Centro de Zoonoses da Prefeitura de Rio Branco. Esse dado também reflete uma realidade nacional, na qual 25% dos cães e 26% dos gatos estão em situação de abandono, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um exemplo é o caso de Mimoso, mascote adotado pela clínica veterinária Cães & Cia. Um dos médicos veterinários da clínica, Denis Costa, conta que o gato foi levado há mais de um ano pelo cuidador que o abandonou. O animal estava com uma miíase (infestação da pele por larvas de moscas que se alimentam do tecido do hospedeiro) na cabeça.

Costa também relata que foi um caso difícil de tratar e que ninguém acreditava na recuperação. Agora, após 18 meses, Mimoso está totalmente recuperado.

“O mascote que nós temos aqui, ninguém acreditava que estaria vivo. Era um caso em que ninguém confiava, e agora ele está esbanjando saúde”, disse o veterinário.

Na imagem, o veterinário Denis e o mascote Mimoso. Foto: Lucas Sousa

Esse não é o único registro de casos assim. Trata-se de uma questão alarmante, que cresce cada vez mais e configura um crime previsto na legislação brasileira. Segundo o artigo 32 da Lei Federal nº 9.605/1998, o abandono e os maus-tratos contra animais são crimes, com pena de três meses a um ano de detenção, além de multa. Em 2020, houve uma modificação, aumentando a pena para dois a cinco anos de reclusão, conforme a Lei Federal nº 14.064/2020.

ONGs

Um dos maiores desafios enfrentados pelos ativistas de Organizações Não Governamentais (ONGs) é o alto custo dos tratamentos para os animais resgatados. Vanessa Facundes, presidente da ONG Patinha Carente, explica que a organização não consegue realizar o resgate de todos os animais devido as dívidas acumuladas com as clínicas veterinárias.

“Gostaríamos de poder resgatar todos, mas temos dívidas muito altas nas clínicas veterinárias particulares”, argumentou a presidente da ONG.

Projeto de Lei

No Acre, dos 24 deputados estaduais, Emerson Jarude (NOVO) defende a causa animal e já possui um projeto de ação em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac): o Projeto Cuidar, que tem como objetivo atender aos animais de rua. Instituições e ONGs que realizam trabalhos com esse foco também serão beneficiadas pelo projeto.

Jarude também anunciou o lançamento de um novo projeto: o Pet Farm (Farmácia de Pet), que será uma extensão do Projeto Cuidar.

“O Pet Farm é uma forma de conseguirmos disponibilizar medicamentos para os animais e auxiliarmos após o tratamento feito dentro desse projeto”, afirmou.

Poder público

A equipe de reportagem tentou contato com o Centro de Zoonoses da Prefeitura de Rio Branco para comentar a situação, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para qualquer posicionamento ou esclarecimento por parte do poder público.

A crescente população de animais abandonados em Rio Branco evidencia a urgência de políticas públicas efetivas, parcerias institucionais e o engajamento da sociedade civil. Proteger os animais é também um dever social e legal, que exige mais do que boa vontade, é preciso ação.

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Cotidiano

Do papel às telas: a transição do jornal impresso acreano para o digital

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Por Ana Luiza Pedroza, Ádrya Miranda, Daniel de Paula e Wellington Vidal

 

O jornal impresso, símbolo histórico e cultural no Acre, começa a se despedir lentamente do cotidiano da população. A era digital assume o protagonismo, apostando em novos formatos de levar acesso à informação, no entanto, sem apagar o legado construído pelo impresso na história acreana.

Apesar dos esforços para reinventar o jornalismo local, a transição do impresso para o digital trouxe grandes desafios. No Acre, essa movimentação ocorreu de forma tardia, mas com a contribuição de jornalistas que se desdobram diariamente para acompanhar as mudanças no modo de noticiar, mantendo o compromisso social com a população.

Entre os obstáculos, a pandemia de Covid-19 foi um dos que aceleraram o declínio dos jornais impressos em todo o país, e no Acre não foi diferente. O A Gazeta, um dos veículos mais populares do estado, foi diretamente impactado.

Rotativa, máquina utilizada na impressão dos jornais A Gazeta. Foto: Ádrya Miranda

Fundado em 1985, sob direção de Silvio Martinello e Elson Martins, o jornal se destacou pelo jornalismo investigativo e de cunho social, sendo pioneiro em projetos editoriais gráficos com diagramação no impresso acreano. Foi por meio de suas páginas que os acreanos acompanharam coberturas históricas, como o assassinato do sindicalista Chico Mendes.

Em 1998, tornou-se o primeiro jornal a circular em cores no estado, com até 3.500 exemplares vendidos em dias movimentados, segundo Silvio. Apesar das inovações com o jornal impresso, o veículo enfrentou as adaptações tecnológicas do século 21. O portal online, criado ainda nessa fase, tinha estrutura simples, servindo apenas para replicar, de forma reduzida, as notícias do jornal físico.

À esquerda, Maíra Martinello; ao fundo, Paula Martinello; e à direita, Silvio Martinello. Foto: Arquivo pessoal

A edição impressa teve o seu fim em 2021, após uma expressiva queda nas vendas. Paula Martinello, jornalista do A Gazeta do Acre, relata que a migração definitiva para o digital foi desafiadora e impulsionada pela pandemia. “Foi um processo muito gradativo, porque o trabalho online não é fácil. É muita concorrência, é um outro tipo de público e perfil de consumo da notícia”, comenta.

Para os jornalistas do A Gazeta, hoje, A Gazeta do Acre, o desafio não foi apenas adaptar-se ao ambiente online, mas reinventar a rotina de produção jornalística sem abrir mão da credibilidade construída. Segundo Maíra Martinello, foram necessárias estratégias para garantir a sobrevivência e a relevância no meio digital, que exige mais agilidade, versatilidade e presença em todas as plataformas.

“A gente foi entrando nesse mundo online, digital. Claro que tem pontos positivos, como o custo mais baixo, a praticidade e a democratização do acesso à informação. Mas a era digital exige muito mais do jornalista, que hoje precisa escrever, gravar vídeo, áudio, editar, usar várias ferramentas ao mesmo tempo”, explica.

A transição da notícia do impresso para o ambiente digital, embora tenha sido impactante para todo o campo jornalístico, foi recebida de maneira diferente por cada veículo, conforme suas particularidades. Outro nome importante da imprensa acreana, como o jornal O Rio Branco, também enfrentou esses momentos de transformação.

Portal de notícias oriobranco.net. Foto: Ádrya Miranda

Mendes também reforça a necessidade dos jornalistas manterem seu compromisso social, mesmo diante das mudanças impostas pela era digital. “Se vocês forem jornalistas e pretenderem ser responsáveis, não esperem que a notícia chegue até vocês. Vocês têm que ir atrás da notícia”, conclui.

Essa transformação também é percebida por leitores que acompanharam de perto o auge das edições impressas no Acre. “Porque o jornal é um documento, então ele vai ficar ali para sempre”, comenta o jornalista e leitor assíduo Gleilson Miranda, de 55 anos, ao destacar que o jornal impresso carrega um valor que vai além da notícia do dia, mas também a documentação de histórias.

Segundo ele, com o jornal impresso era possível encontrar experiências afetivas, que marcavam seu momento de leitura.

“O jornal é impresso, tem esse charme, tem essa coisa de você sentar, tomar um café e folhear as páginas, lendo as principais notícias. Isso era muito bom para a época. Hoje você tem essa notícia mais rápida. Notícia que chega muito rápido”, afirmou Gleilson, ao relembrar as sensações que os impressos lhe proporcionaram.

A transição dos jornais impressos para os portais digitais no Acre marca uma mudança profunda no modo de fazer e consumir jornalismo. Conhecer a história da imprensa local, com a contribuição das edições do A Gazeta e O Rio Branco, é essencial para entender o papel que esses veículos tiveram na formação da identidade e da memória do estado.

Edição impressa O Rio Branco. Foto: Arquivo Espaço Cultural Palhukas

Para Narciso Mendes, atual proprietário da TV Rio Branco, o impresso no Acre carrega o legado de muitas figuras marcantes da história local. No entanto, a migração do jornal impresso O Rio Branco para o meio online não teve o mesmo peso como teve para os demais veículos.

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Mulheres jornalistas superam dificuldades e levantam questões importantes para a sociedade

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Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) mostrou que em 2021 49% das mulheres jornalistas sofreram ataques de gênero sendo desqualificadas com ofensas e xingamentos. No meio digital, o número sobe para 56,76%. Em uma área historicamente dominada por vozes masculinas, apesar das dificuldades as mulheres estão se destacando cada vez em maior número e trazendo à luz temáticas importantes para a sociedade.

Juliana Lofêgo, professora do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Acre, diz que a presença das mulheres está influenciando na cobertura de questões sociais, culturais e políticas. Para Lofêgo, elas têm desempenhado um papel significativo em destacar questões de violência contra mulheres e assédio, garantindo que essas problemáticas não sejam esquecidas ou minimizadas pela mídia. “Com o avanço do movimento feminista e as mudanças sociais, as mulheres jornalistas têm sido influenciadas a trazer à tona essas questões, mesmo que isso não tenha sido comum no início de suas carreiras”, complementa.

Consuela Araújo é jornalista formada pela Ufac e atua na área de assessoria de imprensa, ela relata que como jornalista mulher enfrentou estereótipos de gênero e discriminação ao longo da carreira, principalmente fora do jornalismo. Já no telejornalismo, outro campo onde atuou,  diz ter sido bem acolhida por colegas e pela comunidade, entretanto considera que a busca pela igualdade de oportunidades continua sendo uma luta constante. Araújo aconselha as futuras profissionais a buscarem aprimoramento, construir uma rede de contatos sólida e manter a paixão pela verdade e pela narrativa honesta. “Acreditar na importância do jornalismo local é essencial para contribuir significativamente para a sociedade acreana”, afirma. 

Servidora concursada do Estado, a jornalista Andreia Nobre relata que um grande desafio que enfrentou na carreira profissional foi quando se tornou mãe, pois teve que conciliar a maternidade e o trabalho. Ela acredita que esse seja um desafio para as mulheres em qualquer carreira e também para as que trabalham no setor privado.

Apesar das contribuições significativas das mulheres para abordar agendas importantes a serem discutidas na sociedade, a desconfiança em relação a sua capacidade profissional ainda é uma realidade. Ana Paula Melo, estudante do terceiro período do curso de Jornalismo, trabalha como estagiária no jornal Cidade Alerta, ela diz que percebeu que há um preconceito dentro da universidade pelo fato de ser uma mulher estudante de Jornalismo.

“Já vi algumas pessoas torcerem a cara num tom de desconfiança quando falo que faço Jornalismo. Alguns já dizem que somos compradas, e, às vezes, por ser mulher, dizem que ao invés de buscar informações, buscamos fofoca. Em rodinha de amigos, embora ainda seja estagiária, já fui questionada se algum político me paga para fazer matéria sobre ele. Será se eu não tenho capacidade para escrever sobre política? São reflexões que sempre me questiono, afinal, ser mulher é ter a sua capacidade sempre questionada”. Ela acredita que o maior desafio é alcançar credibilidade equivalente a dos homens e enfatiza a importância de inserir mais mulheres em posições de liderança nos veículos de comunicação. 

Texto produzido pelos acadêmicos Ana Caroline Santiago, Adriely Gurgel, Maria Eduarda Melo, Rian Pablo de Oliveira e Júlia Andrade. A produção faz parte da disciplina Fundamentos do Jornalismo.

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