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Frenesi com o novo filme do Homem Aranha: Sem volta para casa

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Por Alexandre Castro e Kamila Souza

Para os cinéfilos de plantão e fãs do Universo Cinematográfico Marvel (MCU), Homem Aranha: Sem volta para casa já é um dos mais aguardados filmes e também marcam uma nova fase da franquia – mesmo com todo o mistério que envolve a produção. Desde o título, que foi anunciado depois de muito tempo, até informações oficiais, sempre liberadas em pequenas doses e cercadas de muita cautela, tanto que não se sabe, além das especulações, absolutamente nada sobre o que está por vir. 

Em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, Peter precisa lidar com as consequências da sua verdadeira identidade ter sido descoberta.

Nesta grande produção, Peter Parker (Tom Holland) vai lidar com as consequências da revelação de sua identidade como Homem Aranha, pela reportagem do Clarim Diário. Não conseguindo separar sua vida normal das aventuras do super-herói, Parker pede ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para que sua verdadeira identidade seja esquecida por todos, contudo o feitiço não sai como planejado e novas situações tornam a vida do protagonista ainda mais perigosa, forçando-o a descobrir o que realmente significa ser o Homem-Aranha.

Confira o Trailer oficial (dublado)

Para sentirmos como está o clima para a estreia do filme, entrevistamos o Professor Antônio Pontes Júnior, da Universidade Federal do Acre (Ufac),  exímio conhecedor e colecionador de quadrinhos das estórias dos universos da Marvel e DC Comics, nerd e geek assumido e também como o estudante e fã do personagem. Antônio relembra das expectativas que criou, nos anos 2000, dos primeiros filmes do Homem Aranha e X-men, e da decepção que sentiu, na época, com os longas. Daí em diante, ele disse não ter criado mais tantas expectativas para os filmes. Nos últimos anos a Marvel Studios tem entregado filmes que foram aclamados pelos fãs, com isso as expectativas do público tem sido positiva a espera dos próximos longas. 

Perguntamos para o professor quais impressões e expectativas acerca do lançamento e qual é o impacto no Universo Marvel com a abertura do multiverso: “o Multiverso é uma parte que eu adoro no Universo Marvel (também na DC). Eu simplesmente amei a primeira incursão (mesmo vindo da Sony) no desenho Aranhaverso. E as séries Wanda Vision e Loki foram maravilhosas e começaram a pavimentar muito bem o caminho. Então acho que tenho muitos mais exemplos positivos que negativos para achar que a Marvel Studios não faça um trabalho maravilhoso como nos Vingadores”.

Já para o Tiago Maia, 20, estudante e fã do Homem Aranha, diz estar mais ansioso para este filme que outros dois últimos dos Studio Marvel. As expectativas para a estreia do super herói, entre os fãs, são as melhores com muitas piadas, e também, abordando assuntos sérios sobre a responsabilidade de ser um super herói. Uma característica de filmes que envolvem super heróis são os dilemas morais enfrentados pelos protagonistas. “Estou curioso para ver quais são os dilemas que o jovem Peter Parker pode encontrar e como vai lidar entre o certo e o errado, as questões envolvendo os interesses pessoais ou ajudar a comunidade abrindo mão da própria vida pessoal”, o estudante completou falando de outras situações que aguarda, ao assistir o novo filme. “Espero assistir um filme cheio de referências dos quadrinhos, de personagens e antigos rivais do super herói”.

Homem Aranha: Sem volta para casa estreia dia 16 de dezembro nos cinemas da cidade. Para conferir a programação, clique aqui.

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Cultura

Rabada do Toinho: 35 anos de história

Ao manter viva a culinária típica do Acre, cozinheiro conquista turistas e moradores com sua famosa rabada no tucupi.

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Por Felipe Salgado e Leticia Vale

Ao manter viva a culinária típica do Acre, cozinheiro conquista turistas e moradores com sua famosa rabada no tucupi.

No Mercado do Bosque, um prato típico do Acre ganhou status de tradição: a rabada. Preparada há mais de três décadas por Antônio Felinto Alves,, eleviu seu nome atrelado à rabada, além de ser também o Toinho do Tacacá.

A iguaria se tornou referência gastronômica para acreanos e turistas.
Seu Antônio iniciou sua trajetória aprendendo com Dora, uma cozinheira tradicional também muito conhecida pelos acreanos. Com o tempo, decidiu seguir carreira solo e consolidar seu próprio negócio. Hoje, acumula 35 anos de experiência e 18 certificados na área gastronômica.

“Quanto mais a gente se aprofunda nos temperos, no jeito de preparar, melhor fica. O segredo da rabada perfeita é cozinhar com carinho e amor, não apenas vender por vender”, afirma.
Mesmo com décadas de tradição, Toinho também se adaptou às modernidades. O iFood tornou-se parte fundamental do negócio. “Nos tempos de friagem, chegamos a 90 ou 100 pedidos por dia. Nosso ponto forte é no aplicativo”, explica.

A fama atravessa fronteiras. Segundo ele, os turistas que chegam ao Acre procuram diretamente por seus pratos. “O pessoal, quando vem aqui, me fala que vai levar rabada para Brasília, Goiânia, Santa Catarina. Nosso sabor viaja junto com eles”, relata com orgulho.

Para o comerciante, o segredo do sucesso é manter a fé e a dedicação:“Quando o pessoal diz que está ruim, eu não concordo. Se você tem saúde e acorda enxergando, já é motivo para agradecer a Deus. O resto a gente corre atrás.”

Redação

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Cultura

A dor em palavra: Gabe Alódio prepara “A Casa de Vidro”

Após a estreia visceral com Fogo em Minha Pele, autora acreana lança novo romance que mistura silêncio, fragilidade e arquitetura emocional. Foto: Rafaela Rodrigues

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Por Bruno Medim e Carlos Alexandre Silva

O segundo livro de um autor, na maioria dos casos, revela muito mais do que o primeiro. 

Se a estreia é a urgência de se apresentar ao mundo, a obra seguinte já nasce sob a consciência de que o público, e a própria autora, esperam algo. É nesse momento que Gabe L. Alódio, escritora acreana de 29 anos, se encontra com “A Casa de Vidro”, romance que será lançado em setembro e lançado em Rio Branco no dia 16 de outubro, às 19h, no Cine Teatro Recreio.

O título não é literal. Trata-se de uma metáfora clara, assumida pela autora, para a fragilidade e a exposição do ego. A casa é moderna, cercada por vidro, mas cada detalhe arquitetônico foi mentalmente desenhado antes da primeira frase. Ela descreve: “Sei onde a luz atravessa os cômodos, onde a vista se abre e onde qualquer pedra provocaria a primeira rachadura. Vejo a Casa de Vidro como uma metáfora para a própria escrita, transparente na linguagem, mas vulnerável na exposição dos temas abordados”.

Da intensidade ao silêncio 

Em Fogo em Minha Pele (2024), livro de estreia, Gabe apresentou uma poesia narrativa marcada pela intensidade física e emocional, algo que remete à lírica confessional e a um certo intimismo da tradição modernista. 

Já em A Casa de Vidro, essa energia se desloca para o silêncio e para a construção de atmosfera. A autora se aproxima de estratégias de escritores como Marguerite Duras ou Joan Didion, que sabem que a ausência pode ser mais expressiva que a presença. 

A protagonista, Sophia, vive isolada com o marido numa casa que funciona como personagem. A narrativa gira em torno da tensão entre manter e perder o controle. Como descreve a própria Gabe, é como equilibrar crises carregando uma bandeja cheia de xícaras empilhadas.

Publicado em 2024, Fogo em Minha Pele apresentou a escrita visceral e confessional de Gabe, marcada por desejo, corpo e memória. Foto: divulgação

Referências cruzadas 

O material visual que a autora preparou para orientar a capa é revelador. A arquitetura modernista da Casa Samambaia, de Lota de Macedo Soares, convive com as aranhas de Louise Bourgeois, símbolos de criação e aprisionamento. Há também Maria Callas, figura que sintetiza glória e abandono, e a presença de Dionísio, que remete à ligação entre vinho, prazer e destruição. É uma curadoria imagética que mostra a amplitude de referências da autora, em diálogo com artes visuais, música e mitologia. 

Entre o fogo e o vidro 

Se o primeiro livro era fogo, ardente e direto, marcado por desejo e paixão, o segundo é vidro: calculado, transparente, mas pronto para quebrar e cortar fundo. Essa mudança revela maturidade narrativa, sem perder a visceralidade que caracteriza a autora. 

O desafio agora será ver como A Casa de Vidro dialoga com o leitor. Como diz Gabe: ˜Escrever é fácil, viver é difícil”. Talvez este novo livro seja justamente um gesto de habitar esse difícil, transformando-o mais uma vez em palavra. 

Redação

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Cultura

Uma luta por poesia e sentimento

Batalha da Ufac reúne jovens e fortalece cultura do rap em Rio Branco. Foto: Felipe Salgado

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A cada segunda-feira, o campus da Universidade Federal do Acre (Ufac) vira palco para a Batalha da Ufac. Criada por um grupo de idealizadores da cena local, entre eles o estudante de Psicologia Davi Nogueira, a batalha é um espaço aberto para jovens expressarem suas histórias e críticas sociais por meio do rap.


O formato das batalhas de rap no Brasil surgiu no início dos anos 2000, inspirado por movimentos internacionais, e se consolidou em grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo. 

Em Rio Branco, os eventos vem ganhando força desde a Batalha do Palácio, considerada a mais antiga da cidade, que era realizada às sextas-feiras na praça do Palácio Rio Branco. 

Hoje o cenário local conta com eventos como a Batalha da Pista, do Santa Cruz e, principalmente, a Batalha da Ufac, que acontece no Teatro de Arena, conhecido como Coliseu, ao lado do Centro de Convivência.


Davi Nogueira destaca que o objetivo da batalha na universidade é democratizar o acesso à arte e trazer a comunidade para dentro do campus. 

“Muita gente achava que não podia entrar aqui. O Coliseu da Ufac é o lugar ideal, com estrutura e visibilidade para um evento cultural”, explica.


Para os participantes, o evento é muito mais que uma disputa de rimas. Apache Shaft, MC que frequenta a batalha, conta que o encontro representa um espaço seguro para trocar experiências, fazer amizades e fortalecer a cultura local. “É meu abrigo nas segundas-feiras. Quanto mais rap, mais cultura, menos crime”, afirma.


Entre o público, o humorista e influenciador Rafael Barbosa valoriza o clima acolhedor da batalha e ressalta a necessidade de maior apoio para o evento crescer. “Aqui tem muita poesia e sentimento, mas faltam som adequado e divulgação do poder público”, sugere.

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Momento em que os artistas fazem as batalhas. Foto: Felipe Salgado

Mais do que um show de talentos, a Batalha da Ufac é um importante instrumento de transformação social. Ao abrir as portas da universidade para a periferia, o evento reforça a ideia de que a cultura hip hop pode mudar vidas e fortalecer a autoestima de jovens, muitas vezes marginalizados.


Realizada de forma independente, a batalha conta com apoios voluntários e busca parceiros para ampliar sua estrutura. Na primeira edição, o evento lotou o Coliseu e conquistou mais de mil seguidores nas redes sociais antes mesmo de acontecer: um marco para o rap acreano.

Redação

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