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ONGs que trabalham com proteção animal lutam para sobreviver em Rio Branco

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Sobrevivendo através da solidariedade das pessoas, ONGs de proteção animal relatam dificuldades nos processos de resgate e adoção

Por Gabriel Vercoza Alves e Renato Menezes

Mesmo com a sanção da lei nº 14.064, de 29 de setembro de 2020, que estabelece multa e aumenta a pena em até cinco anos de reclusão para quem abandonar ou cometer maus-tratos contra cães e gatos, este problema ainda é uma constante na realidade brasileira. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 30 milhões de animais encontram-se em situação de abandono no país. Em contrapartida, Organizações Não-Governamentais (ONGs) lutam em prol de salvar e de traçar uma nova história para animais em situação de abandono e que tanto precisam de afeto e cuidado.

PATINHA CARENTE

No Acre, duas organizações se destacam neste tipo de atividade. A Associação Patinha Carente, por exemplo, atua na causa animal desde 2013 sobrevivendo com doações feitas pela comunidade em geral e, às vezes, seus membros tiram dinheiro do próprio bolso para complementar o custeio de um resgate. A vice-presidente da ONG, Thalia Milena, disse que há quase 20 animais sob responsabilidade da Patinha Carente, sem contar os que não estão diretamente com o projeto, mas que há necessidade de intervenção com algum recurso.

Associação não tem fins lucrativos e conta com apoio da sociedade para custear gastos com animais resgatados na rua | Foto: Reprodução / Patinha Carente

Com relação ao processo de resgate, os acionamentos costumam ocorrer através do direct do Instagram da Associação. Depois disto, eles pedem doações dos colaboradores e buscam parceiros através do processo chamado de “apadrinhamento” para que o animal seja devidamente tratado nas clínicas veterinárias. Por fim, o projeto divulga os bichinhos, através de postagens nas redes sociais, para serem adotados ou terem um lar provisório. Quando não há verba nem local disponível para acolher, os resgates ficam suspensos.

Thalia enfatiza que com a pandemia, o número de doações e de voluntários para atuar como lares provisórios acabou caindo, o que dificulta o processo de resgate de outros animais em situação de abandono. No entanto, ainda há muitas pessoas que reconhecem a importância da causa animal no estado. “Nosso trabalho é muito bem reconhecido pela sociedade. Falta apoio, mas a admiração que temos da sociedade é bem gratificante. As adotantes sempre falam coisas positivas porque mudamos vidas”, destacou.

Processo de resgate dos animais de rua vai desde a avaliação médica até à procura por um lar que abrigue ou adote o animal | Foto: Reprodução/Patinha Carente

AMOR A QUATRO PATAS

A Sociedade Amor a Quatro Patas também trabalha com adoção e resgate de animais abandonados e em situações de risco, e com promoção de eventos que arrecadam fundos para a ONG. A associação, que também não tem fins lucrativos e nem abrigo, está em atividade no estado desde dezembro de 2011.

Os pedidos de ajuda, segundo a representante legal da Sociedade, Amanda Rebeka Lima de Souza, também costumam chegar via Instagram e Facebook. Com isto, eles filtram dos mais ao menos graves e já postam procurando lar provisório, apadrinhamento clínico e transporte.

ONG conta com ajuda de colaboradores na arrecadação de ração | Foto: Reprodução/SAQP

Além das ações de resgate propriamente dito, eles trabalham com a publicação de conteúdos de conscientização a respeito da castração de animais, estímulo à adoção responsável de bichinhos abandonados, fiscalização de políticas públicas voltadas à causa animal e acompanhamento do período pós-adoção.

Amanda complementa dizendo que, devido ao baixo número de doadores e ao alto quantitativo de animais em lares provisórios que dependem dos recursos da associação, os resgates estão suspensos desde o final do ano passado. “No início da pandemia, nossas doações se mantiveram, mas há quase um ano as doações diminuíram bastante e estamos com os resgates suspensos desde setembro de 2020 pois também estamos dando assistência aos mais de 50 animais que temos em lares provisórios”.

Promoção de eventos é uma das formas de arrecadação de fundos para o custeio de tratamento dos cães e gatos | Foto: Reprodução/SAQP

COMO AJUDAR

Além da adoção, do apadrinhamento e da disponibilidade em ter um lar provisório, existem outras formas de contribuir para o trabalho dessas ONGs. O voluntário pode, por exemplo, dar uma “carona solidária” ao animal do local do resgate até a clínica, ou da clínica até o lar provisório; fazer um Pix de qualquer valor para a conta das associações, disponibilizada na bio das respectivas redes sociais; doar mantimentos como roupas e rações; e compartilhar os materiais de divulgação para que os pedidos atinjam mais pessoas.

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Curso de Jornalismo da Ufac realiza alinhamento para debate com candidatos à prefeitura de Rio Branco

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Por Felipe Souza

Estudantes de Jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac) se reuniram com os representantes dos quatro candidatos à prefeitura de Rio Branco, nesta quinta-feira, 15, para o alinhamento das regras do primeiro debate eleitoral promovido pelo curso, que acontece no dia 20 de setembro, com transmissão ao vivo pelo canal ‘Laboratório Jornalismo Ufac’, a partir das 20h.

Estiveram presentes todos os representantes dos candidatos pela disputa à prefeitura da capital acreana. Os assessores Gustavo Franco, Andréia Oliveira Forneck, Lailla Cândido e Ton Lindoso representam, respectivamente, Jenilson Leite (PSB), Marcus Alexandre (MDB), Emerson Jarude (Novo) e Tião Bocalom (PL).

Com mediação do professor da disciplina de Telejornalismo, Paulo Santiago, na reunião foram apresentadas as regras gerais, instruções e formato para a execução do debate político. Ao final, os representantes assinaram o documento de aceite às regras e a ata da reunião.

Foto: Arinelson Morais

Além da presença de Santiago, o momento também contou com o coordenador do curso de Jornalismo da Ufac, professor Luan Santos, e as estudantes Tácila Matos e Maria de Fátima Brito, que compõem a coordenação geral do debate eleitoral organizado pelos acadêmicos.

“Os estudantes são fundamentais nesse processo, porque aqui na Ufac eu acho que deve ter em torno de 10 mil estudantes, então vocês propiciarem um ambiente onde os estudantes vão poder conhecer as propostas dos candidatos é fundamental. Quero parabenizar o curso de Jornalismo pela iniciativa de realizar um debate dessa grandiosidade”, pontua a representante de Marcus Alexandre, Andréia Oliveira.

O responsável pela campanha de Tião Bocalom, Ton Lindoso, destaca que numa sociedade democrática, é essencial que todos os candidatos possam participar de etapas importantes como essa. “O debate é uma espécie de vitrine, onde cada candidato é apreciado. Apresenta suas propostas, se mostra para a sociedade, e a população, como um todo, tem a oportunidade de saber mais sobre as propostas”, ressalta Lindoso.

Para Lailla Cândido, representante de Emerson Jarude, o evento, além de colaborar com a formação dos acadêmicos de Jornalismo, será um espaço democrático para os candidatos apresentarem as suas plataformas de governo à academia e à sociedade. “Os estudantes são muito importantes dentro de uma eleição. São pessoas que estão no nosso futuro. A educação é a base da nossa sociedade”, disse Cândido.

O representante político e de comunicação de Jenilson Leite, Gustavo Franco, acredita que o poder dos jovens na política é muito decisivo em uma votação. “A gente costuma falar em nossas reuniões que os jovens têm um papel fundamental, inclusive, dentro de suas próprias residências e suas próprias famílias. […] Acho que todos têm que conhecer as propostas para poder escolher melhor os seus candidatos”, conclui Franco.

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Ufac lança edital de monitorias para cursos do CFCH; confira as vagas

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Por Vitor Paiva

A Universidade Federal do Acre (UFAC), através do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), divulgou na tarde desta quinta-feira (25), o edital nº01/2024, para a seleção de bolsas de monitoria, referentes ao semestre letivo 2024.1

Ao todo, são 22 bolsas disponíveis no valor de R$700 mensais pagos aos alunos que foram selecionados, e outras sete voluntarias, para os cursos de Ciências Sociais, Comunicação Social, Filosofia, Bacharelado em Geografia, Licenciatura em Geografia, Bacharelado em História, Licenciatura em História (matutino e noturno), Psicologia.

É importante ressaltar que não possível fazer o acumulo de duas ou mais bolsas de monitoria de maneira remunerada, sendo possível ainda conciliar em caso de disponibilidade voluntária do aluno.

As bolsas serão referentes aos meses de agosto à novembro de 2024, sendo necessário para a inscrição, preencher a ficha, presente no edital, assim como apresentação de Registro Geral (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF), ou documentos equivalentes, comprovante de matrícula do semestre vigente e o histórico escolar com o coeficiente de rendimento geral.

O cronograma a ser seguido está presente dentro do edital, que pode ser conferido na íntegra em documento abaixo/Foto: Reprodução

Os documentos devem ser encaminhados ao e-mail cfch@ufac.br entre o período de 25 a 28 de julho, com o assunto do envio sendo “Inscrição para Bolsa de Monitoria”, assim como nome do aluno, número de matricula e disciplina que deseja pleitear uma vaga de monitoria, junto aos documentos anexados em arquivo único, no formato PDF. É importante lembrar que se faz necessário ter concluído a disciplina que deseja ser monitor.

Os resultados preliminares deverão ser publicados em primeiro de agosto, com a lista final sendo disponibilizada no dia cinco do mesmo mês.

Para maiores informações acerca do processo seletivo, basta acessar o edital abaixo:

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O desafio de pegar ônibus à noite na UFAC

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Uma das maiores preocupações dos estudantes dos cursos noturnos é o deslocamento por transporte público. 

Por Akenes Mesquita e Felipe Nascimento

Estudantes enfrentam desafios significativos ao utilizar o transporte público para se deslocarem até suas residências durante o período noturno. A falta de infraestrutura adequada e os problemas de segurança são algumas das principais preocupações enfrentadas pelos estudantes que frequentam a Universidade Federal do Acre (Ufac).

Ônibus superlotados, atrasos frequentes e rotas limitadas são apenas algumas das questões enfrentadas diariamente pelos universitários. Além disso, a falta de iluminação adequada nos pontos de ônibus e nas vias públicas aumenta o sentimento de insegurança durante o trajeto para casa. 

O aluno do curso de Ciências Econômicas, Abimael de Souza Melo, considera a situação inadmissível em um país onde os cidadãos pagam altos impostos e deveriam contar com este  serviço público mais eficiente e acessível para todos. Ele relata as dificuldades enfrentadas ao utilizar o transporte público:“O último ônibus passa às 21h40, enquanto minhas aulas só terminam às 22h, o que gera um conflito de horários. Além disso, há um intervalo significativo entre os ônibus, por exemplo, um passa às 20h e o próximo só às 21h40, o que torna a espera prolongada”.

Foto: Akenes Mesquita

Segurança em risco

Outra preocupação significativa  é a segurança. O aumento da criminalidade na cidade, especialmente durante a noite, torna o deslocamento dos estudantes uma experiência estressante e arriscada. Relatos de assaltos em pontos de ônibus e dentro dos próprios coletivos são frequentes, gerando um clima de insegurança na comunidade acadêmica.

Fábio Alves, estudante de Economia, já foi assaltado no trajeto e fala sobre o sentimento de insegurança ao voltar para casa após um dia cansativo de trabalho e aula.

“Moro no bairro Nova Esperança e há dois ônibus que fazem essa linha: Fundhacre e o Rodoviária. Como meu curso termina às 22h, eu tenho que optar por um dos dois. Houve vezes em que optando pelo o Fundhacre, eu perdia o Rodoviária e o Fundhacre nem aparecia no terminalzinho”, lamenta ele, que já precisou recorrer a carros de aplicativo e ouviu relatos de roubos a outros estudantes.

Impacto no desempenho acadêmico

Os desafios não se limitam apenas ao aspecto físico e emocional, mas também têm um impacto direto no desempenho acadêmico. O estresse e a ansiedade causados pelos problemas de transporte e segurança podem prejudicar a concentração em sala de aula e comprometer o rendimento escolar.

A presidente do Diretório Central dos Estudantes da Ufac (Dce), Ingrid Maia, reconheceu que desde janeiro de 2024 estão recebendo algumas reclamações, principalmente em relação ao atraso dos ônibus, à falta de acesso dos veículos na Ufac e à qualidade dos mesmos.

“Encaminhamos denúncia à RBTRANS para que seja instaurada uma investigação e garantir que tais irregularidades não se repitam. Quanto à mudança de rotas, vamos levantar essas e outras pautas no Conselho de Transportes e Tarifas.” 

Ela também diz ter cobrado da administração uma maior efetividade nas rondas ostensivas e o retorno do diálogo com as instituições de segurança pública.”

Diante desses desafios, os estudantes clamam por soluções eficazes por parte das autoridades responsáveis. Medidas como aumento da frota, melhoria na infraestrutura dos pontos de ônibus e aumento da presença policial nas rotas de transporte público são algumas das demandas urgentes da comunidade acadêmica.

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