Diante do cenário da pandemia de enfrentamento ao coronavírus (COVID-19) nunca foi tão evidente a importância do conhecimento e método científico. Em um momento tão limitado, as pesquisas não cessaram. A Organização Mundial da Saúde (OMS) liderou e reuniu cientistas e pesquisadores do mundo todo para trazer respostas à sociedade visando alguma forma de combate à doença. Parte das respostas encontradas no Brasil vieram das universidades públicas.
A maior parte de conhecimento científico desenvolvido no país é concentrado nas universidades públicas federais, de acordo com o artigo publicado pela Clarivate Analytics que analisou a produção de pesquisas no Brasil durante 2011 a 2016. Mais de 95% das publicações referem-se à pesquisas realizadas nas universidades públicas – federais e estaduais – e correspondem à 13a posição na produção científica global, que inclui mais de 190 países.
“Vimos durante a pandemia que, tanto a ciência quanto às universidades públicas foram essenciais para amortizar os efeitos da COVID-19. Por isso, mais do que nunca, a pesquisa e a ciência têm um papel de destaque e mesmo frente às adversidades, não pode parar”, enfatiza Farley William Souza Silva, que atua como docente e pesquisador nos cursos de Engenharia Florestal e Agronomia na Universidade Federal do Acre (Ufac).
Para se adaptar à nova realidade de isolamento/ distanciamento social as universidades públicas brasileiras buscaram reinventar-se, procurando outras metodologias para manter projetos e utilizando das novas tecnologias para reuniões, elaboração de artigos e publicações. As tecnologias da informação ficaram mais presentes no dia a dia dos professores e alunos.
No entanto, existe grande dificuldade em dar continuidade em projetos que exigem uma maior interação social. “Logo no início da pandemia os projetos foram paralisados, afinal, não havia possibilidade de continuá-los. Isso foi correto, porém, quando as coisas foram melhorando foi possível retomar os trabalhos de pesquisa com alguns cuidados a mais. O uso de máscara passou a ser obrigatório entre os bolsistas e a utilização de álcool em gel”, pontua Yanná Motta, aluna bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) do curso de Engenharia Florestal, na Ufac.
Mais do que nunca, membros da comunidade acadêmica e universitários precisaram reunir conhecimentos gerenciais. A nova realidade nas universidades trouxe desafios gigantescos a serem enfrentados, intensificados pela diminuição no repasse de recursos federais a instituições de ensino e pesquisa de todo o país. Ou seja, foi necessário transformar parte da sua estrutura e remodelar processos.
ara dar maior apoio aos alunos foram oferecidas bolsas de incentivo, segundo a aluna do curso de física licenciatura na UFAC Ana Beatriz Leite Silva, que possui uma bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). “Com a falta de acesso à biblioteca e ao laboratório, o desafio ficou maior por conta da parte financeira. Ter que gastar do próprio bolso para custear internet e equipamentos foi o maior desafio, mas temos bolsa de estudo, então, alivia um pouco”, explica Beatriz.
As universidades são fontes de transformação, são as principais estruturas de desenvolvimento científico de uma nação, mesmo diante da desvalorização que tem sido promovida pelo poder público. A universidade vai além do ensino, suas ações são formadas também pela pesquisa, pela inovação tecnológica e auxiliaram em vários aspectos no enfrentamento da pandemia.
“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade”
Iniciado de uma observação sobre a limitada reciclagem do plástico PET na Amazônia, surgiu em 2023 o Programa Florestas do Futuro, buscando alternativas sustentáveis e de baixo custo, que também pudessem trazer conscientização acerca de outros usos que este e outros resíduos plásticos podem ter.
Impulsionado pela professora Bianca Cerqueira Martins, do curso de Bacharelado em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Acre – Campus Floresta, o projeto integra inovação e sustentabilidade através da impressão 3D, utilizando filamentos feitos com plástico PET reciclado.
As investigações e colaborações estabelecidas pela professora, acerca do potencial de uma ferramenta de reciclagem e dos tipos de filamentos existentes, evoluíram para um Programa de Extensão, que visa despertar o interesse de meninas e mulheres em Engenharia Florestal, Tecnologia e Inovação, indo além das questões ambientais para promover também a igualdade de gênero em um campo dominado majoritariamente por homens.
“Por meio da prototipagem de equipamentos de baixo custo com PET reciclado, o Programa busca envolver jovens em práticas criativas, sustentáveis e transformadoras, promovendo inclusão, consciência ambiental e protagonismo feminino”, ressalta Bianca Martins.
Além de popularizar pesquisas em tecnologia de produtos florestais, promover oficinas de reciclagem e oficinas de prototipagem e desenho 3D, o Programa inclui a criação de um estande itinerante de Ciências Florestais, cujo objetivo, além de difundir o conhecimento para diversas comunidades, é também promover a interação e fomentar a troca de experiências e saberes entre jovens estudantes e pesquisadoras de diversas áreas.
Projeto Florestas do Futuro: Despertando o Interesse de Meninas e Mulheres na Engenharia Florestal, Tecnologia e Inovação para um Mundo Sustentável. Foto: cedida
Colaboração
O Programa conta com a colaboração crucial do técnico italiano Stefano Vannucci, especialista em eletrônica e programação, que desenvolveu, entre outros modelos, o PullStruder, um dispositivo de baixo custo e baixo consumo de energia, utilizado para produção do filamento plástico da garrafa PET, para ser usado em impressoras 3D.
Pull Struder, primeiro protótipo de reciclagem de PET para produção de filamento. Foto: cedida
“Ao conhecer a proposta, ele demonstrou entusiasmo e interesse em colaborar com o desenvolvimento do projeto, com foco na promoção da economia circular na Amazônia, por meio da reutilização de resíduos sólidos, impulsionando a bioeconomia”, destaca a professora.
Atualmente o projeto atua sem uma oficina própria, utilizando o Laboratório de Ciências Florestais do Campus Floresta da Ufac (Labflor), e busca novas parcerias para a instalação de uma sede permanente no Centro de Juventudes de Cruzeiro do Sul, que é mantido pelo Grupo Marista.
O plástico utilizado nas atividades e experimentos é obtido pelos próprios estudantes, principalmente os do curso de Engenharia Florestal, por meio da coleta de garrafas na própria universidade, em eventos acadêmicos e no alojamento universitário.
Ao recolherem o material, os alunos se tornam parte da solução para o problema do lixo plástico, transformando-o em recurso útil, inclusive para seu aprendizado em sala de aula. Parte desse resíduo também é adquirida por meio da doação de garrafas defeituosas que seriam descartadas por empresas locais.
A reciclagem do plástico no Brasil
O plástico é um material amplamente utilizado pela indústria. Seu consumo e descarte impróprio acabam, muitas vezes, causando prejuízos à natureza, uma vez que este resíduo possui grande produção e difícil decomposição no ambiente.
Um estudo anual sobre reciclagem de plásticos no Brasil, encomendado pelo Movimento Plástico Transforma, revelou que, em 2023, 1,4 milhão de toneladas desse resíduo foram destinadas à reciclagem, sendo 984 mil toneladas oriundas de embalagens.
Desse total, apenas 28% foram recicladas e reutilizadas pela indústria. No caso da resina pós-consumo – embalagens de alimentos e descartáveis que são recicladas e transformadas em matéria-prima para serem reaproveitadas pela indústria – foram 939 mil toneladas produzidas, sendo a maior parte (41%) de Polietileno Tereftalato (PET).
Nesse panorama, o Norte foi a região que menos produziu o material reciclado, com apenas 12 mil toneladas produzidas, em contraste com o Sudeste (510 mil toneladas), Sul (257 mil toneladas), Nordeste (110 mil toneladas) e Centro-Oeste (39 mil toneladas).
O uso sustentável e a reciclagem do plástico, tem o potencial de não apenas reduzir a quantidade desse material no ecossistema, ajudando na preservação dos recursos naturais e minimizando danos ambientais, mas também na obtenção de insumos para a criação de novos produtos a partir da sua reutilização, promovendo a economia circular.
Impressão 3D e filamentos plásticos
A impressora 3D, usada para prototipagem, pode utilizar vários tipos de filamentos plásticos, e cada tipo de plástico é aplicado conforme suas características e os objetivos pretendidos.
Entre os principais tipos de filamentos estão os de Ácido Polilático (PLA), que são biodegradáveis e de fácil uso, os de Acrilonitrila Butadieno Estireno (ABS), que se deformam facilmente mas resistem bem a altas temperaturas, os de Nylon, flexíveis e de alta resistência, os de Termoplástico Poliuretano (TPU), também flexíveis e de alta elasticidade e os de Tereftalato de Polietileno Glicol (PETG), que apesar de leves, com boa resistência e moldagem a baixas temperaturas, não se decompõe de maneira natural no ambiente.
A professora Bianca Martins explica que, no caso do Programa Florestas do Futuro, o uso de garrafas PET além de atender a demanda da reciclagem de um resíduo, que é um poluente grave na natureza, é o material reciclado mais viável economicamente por ser mais barato e acessível que filamentos comerciais.
“Por isso nós falamos que se trata de economia circular, consumir o plástico destinado ao lixo no Juruá, reciclando, utilizando e reintroduzindo em cadeias produtivas de outros produtos, evitando que se utilize plástico de fora e evitando que se jogue no lixo o plástico que é descartado”, pontua.
Criar sem agredir o meio ambiente
As práticas de prototipagem estão alinhadas ao curso de Engenharia Florestal e a criação de produtos inovadores sem a necessidade de derrubar árvores. Entre as pesquisas desenvolvidas por meio do Florestas do Futuro, está o trabalho de conclusão de curso da Cristina Lima de Melo, aluna do 10° período do curso, que combina o uso de fibras naturais e PET reciclado.
“No início começou com uma proposta de tema de trabalho de conclusão de curso, porém, antes mesmo do tema, já existia o esboço de uma atividade de extensão de outros alunos. A priori estou aprofundando o tema voltado para às propriedades físico-químicas e mecânicas das fibras”, conta Lima.
Além disso, outras propostas como protótipos de caixas, modelos de máquinas florestais e materiais didáticos como representações do relevo de unidades de conservação, se destacam entre as produções do Programa. Todo esse material é difundido nas escolas, por meio do estande de Ciências Florestais.
Práticas criativas
Atualmente o programa se prepara para promover uma oficina de prototipagem, que ocorrerá aos sábados, no mês de outubro no Centro de Juventudes de Cruzeiro do Sul, destinada a escolas de ensino fundamental e médio, especialmente meninas e mulheres.
Em 2024 já havia ocorrido uma oficina introdutória sobre o assunto e a deste ano terá maior duração. Foto: cedida
Serão 30h de oficina, com uma programação que incluirá palestras sobre bioeconomia, economia circular, reciclagem de PET, programa de edição 3D, sistemas Pull Struder e impressão 3D, sob condução da coordenadora Bianca Martins e do técnico Stefano Vannucci, além da participação de outras professoras e alunos do curso de Engenharia Florestal.
O intuito da oficina é aliar conhecimento e prática para que os jovens consigam ter uma boa introdução ao desenvolvimento de equipamentos inovadores e manuseá-los de forma descomplicada.
A coordenadora do Programa enfatiza sobre a importância de ações como essa para formar agentes de promoção do desenvolvimento sustentável na região do Juruá e em outras regiões.
Com educação científica e práticas criativas, o Programa aprofunda o conhecimento relacionado à prototipagem, às tecnologias de baixo custo e aos usos do plástico, permitindo que jovens estudantes levem esses hábitos e saberes para suas casas e comunidades.
Bianca Martins, engenheira florestal e coordenadora do programa e Stefano Vannucci, projetista e desenvolvedor do sistema PullStruder. Foto: cedida
“Para mim e para o senhor Stefano, o produto mais importante de toda essa iniciativa é o desenvolvimento de mentes capazes de pensar lá na frente, capazes de buscar soluções para problemas, capazes de inventar novas máquinas, de terem novas ideias para reutilização do PET e de outros resíduos”, conclui.
Por Emily Cristina, Franciele Julião e Mariana Moreira
A inteligência artificial (IA) tem avançado e se consolidado cada vez mais na sociedade, impactando diretamente no nosso cotidiano. Uma das áreas mais afetadas é a educação dos jovens e adolescentes, onde essas novas tecnologias têm gerado discussões do tipo: é certo usar IA nas atividades de ensino? Em quais contextos seu uso contribui para o aprendizado? Como usar de forma responsável?
Para a professora de biologia Janaí Albuquerque o que falta para os jovens de hoje em dia é saber usar esse recurso, pois ficou muito fácil de criar textos ou apresentações legais com a quantidade de informações disponíveis. “Acho que o que falta nos alunos, nos jovens atuais, é saber usar. Porque com essa facilidade de informação o que tem acontecido é pouco esforço. Os nossos estudantes têm puxado pouco da mente porque está tudo a um clique.”
Segundo Janaí, os jovens precisam aprender a utilizar a tecnologia. Foto: cedida
Ela afirmou ainda que, devido a esse mau uso, os alunos não estão guardando as informações na mente, o que tem afetado o aprendizado. Esta é uma questão muito importante a ser considerada: com o esforço menor para elaborar tarefas, consequentemente estão aprendendo menos. “A quantidade de informações guardadas na mente tem reduzido. As pessoas não vêem mais necessidade já que tem a IA para resolver tudo, né?”
Nos últimos anos, estudantes têm enxergado a IA como uma facilitadora no ensino. Esse tipo de ferramenta pode personalizar experiências de aprendizado, reduzir lacunas no acesso à educação e oferecer soluções para melhorar a alfabetização, mas também pode ser um grande vilão quando usado de forma incorreta.
A estudante de jornalismo Luana Rodrigues reconhece as facilidades que o uso da IA oferece, mas faz uma reflexão importante: “Sim, já usei tanto em atividades acadêmicas quanto em atividades diárias, mas sinto que não aprendo quando utilizo para fazer algo “completo”, por isso só utilizo estas ferramentas quando é para complementar alguma atividade ou texto que eu já tenho direcionamento.”
Quando questionada se esse tipo de tecnologia ajuda ou atrapalha, Luana afirma que depende de como se utiliza, e, no seu caso, que usa de forma mais controlada, acaba ajudando. “Mas sinto que na maioria dos casos elas atrapalham. Nós estudantes acabamos por substituir o poder de pensar pelo fato de uma IA já ter algo pronto a nos entregar.”
A educação é um direito constitucional garantido no Brasil, que contribui para a formação cidadã e a mobilidade social, embora seja marcada por profundas desigualdades que comprometem sua qualidade e universalidade. No contexto atual, a IA pode ser considerada uma ferramenta de grande potencial para democratizar o acesso à educação e reduzir desigualdades, mas seu uso exige cautela. É preciso reconhecer que, sem políticas públicas sólidas e uma abordagem crítica, a IA pode aprofundar as disparidades já existentes, ao favorecer quem tem mais acesso a recursos e formação adequada.
A professora do curso de Ciências Sociais da Ufac Letícia Mamed explica que a presença da IA no contexto educacional requer um olhar crítico sobre as motivações, interesses e impactos disso no processo educativo e na sociedade como um todo.
Para Mamed, a IA deve ser utilizada com cuidado.Foto: cedida
“Por um lado, algumas pesquisas evidenciam benefícios dessa presença, considerando diferentes contextos socioeconômicos, níveis de ensino e modalidades educacionais. Indicam, por exemplo, que os aplicativos ou plataformas educacionais oferecem um ensino mais personalizado, de acordo com as necessidades de aprendizagem específicas de cada aluno”, diz Mamed.
No entanto, a professora questiona a capacidade da IA de perceber mudanças no comportamento humano, como o piscar dos olhos e a dilatação da pupila, ou ser capaz de adaptar o método de ensino para atender as necessidades de aprendizagem específicas de um determinado aluno, ajudando-o com operações matemáticas ou a prática da escrita.
Na educação, o uso da Inteligência Artificial não deve ser reduzido à busca de respostas prontas, mas encarado como uma oportunidade de exercitar a curiosidade e a capacidade crítica. Mais importante do que obter a solução correta é saber formular perguntas relevantes, pois é na qualidade das perguntas que se abre a possibilidade de explorar diferentes perspectivas, aprofundar o conhecimento e desenvolver autonomia intelectual. Assim, a IA pode ser uma aliada no estímulo a um aprendizado mais investigativo e ativo, em que o estudante deixa de ser mero receptor de informações e se torna protagonista na construção do próprio saber.
*Este texto foi revisado com apoio de inteligência artificial.
A cada segunda-feira, o campus da Universidade Federal do Acre (Ufac) vira palco para a Batalha da Ufac. Criada por um grupo de idealizadores da cena local, entre eles o estudante de Psicologia Davi Nogueira, a batalha é um espaço aberto para jovens expressarem suas histórias e críticas sociais por meio do rap.
O formato das batalhas de rap no Brasil surgiu no início dos anos 2000, inspirado por movimentos internacionais, e se consolidou em grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo.
Em Rio Branco, os eventos vem ganhando força desde a Batalha do Palácio, considerada a mais antiga da cidade, que era realizada às sextas-feiras na praça do Palácio Rio Branco.
Hoje o cenário local conta com eventos como a Batalha da Pista, do Santa Cruz e, principalmente, a Batalha da Ufac, que acontece no Teatro de Arena, conhecido como Coliseu, ao lado do Centro de Convivência.
Davi Nogueira destaca que o objetivo da batalha na universidade é democratizar o acesso à arte e trazer a comunidade para dentro do campus.
“Muita gente achava que não podia entrar aqui. O Coliseu da Ufac é o lugar ideal, com estrutura e visibilidade para um evento cultural”, explica.
Para os participantes, o evento é muito mais que uma disputa de rimas. Apache Shaft, MC que frequenta a batalha, conta que o encontro representa um espaço seguro para trocar experiências, fazer amizades e fortalecer a cultura local. “É meu abrigo nas segundas-feiras. Quanto mais rap, mais cultura, menos crime”, afirma.
Entre o público, o humorista e influenciador Rafael Barbosa valoriza o clima acolhedor da batalha e ressalta a necessidade de maior apoio para o evento crescer. “Aqui tem muita poesia e sentimento, mas faltam som adequado e divulgação do poder público”, sugere.
Momento em que os artistas fazem as batalhas. Foto: Felipe Salgado
Mais do que um show de talentos, a Batalha da Ufac é um importante instrumento de transformação social. Ao abrir as portas da universidade para a periferia, o evento reforça a ideia de que a cultura hip hop pode mudar vidas e fortalecer a autoestima de jovens, muitas vezes marginalizados.
Realizada de forma independente, a batalha conta com apoios voluntários e busca parceiros para ampliar sua estrutura. Na primeira edição, o evento lotou o Coliseu e conquistou mais de mil seguidores nas redes sociais antes mesmo de acontecer: um marco para o rap acreano.