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Ufac: Trânsito dentro do campus gera reclamações

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Motoristas relatam dificuldades para circular com segurança dentro da Universidade

Por: Tales Santos e Yana Silva

A falta de sinalização e a imprudência no trânsito dentro do campus da Universidade Federal do Acre (Ufac) tem gerado preocupação entre estudantes, servidores e frequentadores do espaço. Motoristas e motociclistas relatam dificuldades para circular com segurança. 

Francisco da Chagas frequenta o campus por ser casado com uma estudante da instituição e destaca a precariedade das condições no trânsito interno da instituição, principalmente nos horários de maior movimento. 

“Muitas vezes as pessoas que vão ao teatro não encontram vaga e acabam estacionando na rua, o que complica ainda mais o trânsito. Motoristas e motociclistas circulam na contramão, o que aumenta o risco de colisões. Além disso, a curva próxima ao bloco Walter Félix é muito estreita e, quando chove, a situação fica ainda pior”, relata.

Imagem: Reprodução/Instagram

O estudante de Psicologia Mathias Melo, que é uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), também chama atenção para o uso indevido das vagas reservadas a públicos específicos. 

“Sou uma pessoa com deficiência e, muitas vezes, encontro minha vaga ocupada por motoristas que não possuem o cartão de identificação”, desabafa. Ele também menciona relatos de danos em veículos causados por outros motoristas que saem do local sem prestar assistência.

A Prefeitura do Campus explica que a instituição enfrenta dificuldades orçamentárias para solucionar os problemas. Segundo Antônio Artheson, um documento foi encaminhado à Reitoria e ao Ministério da Educação (MEC) solicitando repasses de recursos para a manutenção da pavimentação asfáltica e melhorias na mobilidade urbana do campus. 

Ainda de acordo com Artheson, a Ufac não é a responsável pela fiscalização de eventuais incidentes envolvendo o trânsito nas dependências da instituição. Ao entrar em contato com o Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran-Ac), foi informado que a Prefeitura de Rio Branco seria a responsável pelo serviço. A reportagem do A Catraia entrou em contato com o órgão responsável na capital acreana, mas não recebeu uma resposta até a publicação da matéria.

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Parque Zoobotânico ajuda a recuperar áreas degradadas com doação de mudas

O Viveiro da Universidade Federal do Acre, situado no Parque Zoobotânico, é referência na produção de mudas de alta qualidade que são destinadas as ações comunitárias que visam proteger e recuperar ecossistemas afetados pela ação do homem.

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Por Paty Barros e Paulo Medeiros

O Viveiro da Universidade Federal do Acre, situado no Parque Zoobotânico, é referência na produção de mudas de alta qualidade que são destinadas as ações comunitárias que visam proteger e recuperar ecossistemas afetados pela ação do homem.

Doadas a órgãos públicos, as mudas produzidas no local já foram utilizadas na recuperação da Nascente do Guaporé Dias Martins e no projeto de arborização da Escola Novo Horizonte, em Porte Acre.

Segundo o engenheiro florestal e coordenador do Parque Zoobotãnico, Harley Araújo, o viveiro fornece mudas para a recomposição de áreas alteradas, experimentos científicos de alunos de graduação e pós-graduação e arborização de praças, escolas e espaços públicos.

“O Viveiro oferece orientação técnica à comunidades rurais, apoia projetos de recuperação de matas ciliares e áreas degradadas e promove capacitações em técnicas de produção de mudas, fortalecendo a conscientização ambiental e a sustentabilidade na região”, explicou.

O técnico agropecuário Pedro Nascimento explica como os órgãos públicos podem solicitar as mudas. “É necessário enviar um ofício via e-mail a diretoria do Parque Zoobotânico colocando a quantidade e nomes das mudas desejadas”, orienta.

A parceria acontece desde 2022. Foto: Paty Barros

Segundo HarleyAraújo, no dia 01 de fevereiro de 2025 foi realizada uma ação de plantio de 25 mudas de 15 espécies florestais nativas na Trilha Principal do P.Z visando o enriquecimento ecológico desse ambiente. “A iniciativa não só contribui para a regeneração de clareiras resultantes da mortalidade natural de árvores mais também para o aumento da biodiversidade local”, complementa.

HISTÓRIA 

O Viveiro foi criado em 1978, primeiro setor do Parque Zoobotânico ele se dedica à criação, reprodução e preservação de espécies de plantas e tem como principal função a conservação da flora nativa e ao reflorestamento de áreas degradadas.

Com uma variedade de plantas, o Viveiro produziu 5.287 mudas, em 2024, as mais populares são laranjeira, amora, ipê branco, romã, graviola, ipê roxo, pupunha, caju e jabuticaba.

Parceria

O viveiro mantém parceria com a Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco (SEMEIA), que oferece composto orgânico para o desenvolvimento das plantas, em contra partida o viveiro repassa ao órgão mudas para arborização que são plantadas em canteiros, rotatórias e praças. A parceria acontece desde 2022 e já foram doadas 8.000 mudas, dentre elas ipê roxo, caju, jabuticaba, ipê branco, açaí, manga, palmeira imperial e pitanga.

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Estudantes encontram estratégias para aliviar pressão na hora de produzir o TCC

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Ansiedade, cansaço físico e mental, privação de sono e isolamento social são alguns dos impactos mais comuns que afetam os universitários

Por Raquel de Paula e Antônia Liz 

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um dos momentos mais desafiadores da vida acadêmica. Para os estudantes, ele representa a reta final da graduação, um marco importante e também uma fonte de estresse, ansiedade e até esgotamento emocional.

A ex-estudante universitária Déborah Gusmão sentiu na pele, no início de 2024, o que define como uma das fases mais difíceis de sua vida quando finalizava o curso de Psicologia. “Os maiores impactos foram ansiedade, cansaço físico e mental, privação de sono e isolamento social. Muitas vezes pensei que não conseguiria”, conta. A preocupação constante com prazos e desempenho fazia com que ela dormisse pouco e se afastasse da família e dos amigos. 

Déborah encontrou estratégias que ajudaram a tornar o processo menos desgastante. “A psicoterapia foi essencial para aprimorar meu autoconhecimento e aprender a respeitar meus limites. A atividade física também me ajudou a aliviar o estresse e combater a ansiedade, além do apoio da família e dos amigos, que foi fundamental para manter o equilíbrio emocional”, relata.

A psicóloga Tainã Fritz explica que os impactos do TCC na saúde mental podem ser severos. “Muitos alunos sentem uma sobrecarga tão grande que acabam desenvolvendo pensamentos acelerados e uma sensação de bloqueio mental, o que prejudica o desempenho acadêmico”, afirma. Segundo ela, sintomas como insônia, tensão muscular, irritabilidade e dificuldade de concentração são comuns, além do medo intenso de não atender as expectativas. “Quando essa preocupação se torna crônica, ela pode levar à exaustão emocional e até a quadros de depressão ou burnout”, alerta.

Para amenizar esses efeitos, a especialista recomenda a prática regular de atividades físicas, que ajudam na liberação de endorfinas e melhoram a regulação do estresse. “Além disso, técnicas como respiração profunda e relaxamento muscular progressivo podem ser grandes aliadas no controle da ansiedade”, sugere. A terapia também é um recurso essencial. “O acompanhamento psicológico ajuda o estudante a desenvolver estratégias de enfrentamento, reconhecer padrões de pensamento negativos e fortalecer a autoestima para lidar melhor com a pressão acadêmica.”

Foto: Raquel de Paula

Para Paula Carvalho, estudante de Bacharelado em Direito, a prática da musculação foi essencial para lidar com esse momento. “Há dois anos frequento a academia assiduamente, a musculação me proporciona um tempo de qualidade longe das preocupações, me ajuda a amenizar a ansiedade e o estresse”, afirma.

A jovem enfatiza que a atividade física não apenas reduz o estresse universitário, mas também melhora a conexão entre corpo e mente. Durante a faculdade, quando sentia ansiedade, ela adotava estratégias como respirar fundo, organizar sua rotina e manter a disciplina nos treinos. Segundo ela, esse hábito tornou a fase do TCC mais leve, pois equilibrar os estudos com momentos de lazer e exercícios físicos melhora a produtividade e o foco.

A experiência da estudante reforça a importância de encontrar alternativas saudáveis para enfrentar a pressão acadêmica, demonstrando que pequenas mudanças na rotina podem fazer grande diferença na saúde mental dos universitários.

Outro ponto de atenção, segundo a psicóloga Tainã Fritz, é o risco da automedicação. “Muitos alunos recorrem a medicamentos sem prescrição para tentar aliviar a ansiedade, mas isso pode trazer sérias consequências, como dependência e efeitos colaterais”, alerta. O uso de ansiolíticos só deve ser considerado sob orientação médica e quando outras estratégias não forem suficientes. “O mais importante é que o estudante não enfrente essa fase sozinho. Ter uma rede de apoio e buscar ajuda profissional quando necessário pode fazer toda a diferença para preservar a saúde mental e concluir o TCC com mais equilíbrio”, conclui.

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Projeto Meninas Digitais incentiva mulheres na tecnologia e transforma realidades

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Iniciativa busca despertar o interesse do público feminino pela computação e estimular a inserção profissional das mulheres no setor tecnológico

Por Carlos Alexandre

A universidade é espaço fundamental para a disseminação de conhecimentos e os projetos de extensão desempenham um papel importante ao conectar a academia com a sociedade. Na Universidade Federal do Acre (Ufac), diversas iniciativas estão em andamento e uma que se destaca é o projeto Meninas Digitais

A iniciativa busca despertar o interesse do público feminino pela computação e estimular a inserção profissional das mulheres no setor tecnológico. Vinculado ao curso de Sistemas de Informação, o projeto oferece capacitações em programação introdutória com Scratch e Python, incentivando a participação feminina na tecnologia. 

A iniciativa faz parte do Programa Nacional Meninas Digitais, da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), e está presente em todo o Brasil por meio de cursos, palestras e outras ações no campo da tecnologia.

Com quase 15 anos lecionando nas salas de aula da Ufac, a professora Catarina Costa atua no curso de Sistemas de Informação e conta que conheceu o projeto durante participação em um congresso em João Pessoa e decidiu trazê-lo para o Acre. 

Segundo ela, a iniciativa tem sido transformadora para muitas alunas. “Vi que o projeto poderia agregar muito valor para todas as meninas envolvidas e isso se converteu para a realidade. Buscamos trabalhar o protagonismo feminino e temos tido um retorno positivo de todas as participantes. Queremos cada vez mais incentivar o estudo e aumentar a confiança de todas, principalmente na permanência na graduação”.

Foto: cedida

Shailla Maia, estudante do último período do curso, participa do projeto como multiplicadora de conhecimento para outras meninas e define a experiência de ensinar como gratificante: “Ensinar programação para iniciantes, especialmente outras meninas, me faz perceber o impacto positivo que a democratização do conhecimento pode ter. Ver a evolução dos alunos, o brilho no olhar quando entendem um conceito novo e o aumento da confiança deles em tecnologia é algo que me motiva”.

A estudante atribui grande valor à iniciativa, tendo em vista a necessidade de redução da desigualdade de gênero no ramo tecnológico. “Infelizmente o estereótipo de que TI é coisa de homem ainda existe e afasta muitas meninas de explorarem suas habilidades e interesses nessa área. O projeto serve para quebrar essas barreiras e oferecer um ambiente seguro e encorajador, incentivando a participação feminina desde cedo e demonstrando que há lugar para todas”.

O projeto no Acre já contou com a formação de quatro turmas, quantificando a emissão de 40 certificados e, atualmente, está em andamento com um grupo de 14 pessoas, iniciada no dia 18 de janeiro  com término previsto para o fim de fevereiro.

Uma das frequentadoras é Brenda Hadassa Bezerra, estudante do ensino médio que foi incentivada a participar por sua prima. Mesmo pretendendo cursar radiologia no futuro, ela diz que a oportunidade lhe chamou a atenção. “Conhecimento é sempre bem-vindo e sempre quis ter experiência na área. Me interesso por jogos e estou conhecendo um mundo totalmente novo com esse aprendizado”.

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