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Aulas presenciais na Ufac só devem retornar após imunização completa de professores e alunos

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Foto: Reprodução/Ascom Ufac

Devido a pandemia de Coronavírus as aulas presenciais na Ufac foram suspensas e a universidade aderiu ao ensino remoto. Objetivo é não prejudicar os acadêmicos durante esse período

Por Maria Fernanda Arival e Juilyane Abdeeli

Os professores da Universidade Federal do Acre (Ufac) receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19 no último mês, mas seguem realizando aulas de forma remota. Segundo a Pró-reitora de Graduação da Ufac, Ednaceli Damasceno, a universidade não tem previsão de volta às aulas de modo presencial, pois a primeira dose nos professores não garante total proteção.

“Temos que ter a 2ª dose que será daqui a 3 meses, mesmo assim nossos alunos ainda não estão vacinados, portanto, não temos que ter previsão de retorno das aulas presenciais, principalmente porque a pandemia é imprevisível”, destaca.

Com a possibilidade de toda comunidade acadêmica e professores serem vacinados pode ser aderido o ensino híbrido, abordagem que envolve ensino presencial e virtual, conforme a resolução do Consu (Conselho Universitário).

“Dependendo da situação epidemiológica em que o Estado estiver existe uma chance das aulas voltarem por meio híbrido/optativo até termos as condições necessárias e seguras para a retomada das atividades presenciais”, afirma Damasceno.

Corte de verba

A Ufac, assim como outras universidades federais, sofreu um corte orçamentário de aproximadamente 14% das verbas enviadas pelo Governo Federal. Esse bloqueio prejudica o funcionamento da instituição e afeta a possibilidade de volta às aulas presenciais após a vacinação de funcionários, professores e comunidade acadêmica, além da autorização dos órgãos sanitários responsáveis.

De acordo com Damasceno, os impactos dos cortes orçamentários torna inviável a assistência estudantil e a limpeza dos campi. “Isso impossibilita o retorno presencial dos estudantes, caso essa situação não seja contornada. A volta às aulas presenciais está condicionado tanto à situação epidemiológica quanto à orçamentária da instituição”, finaliza. 

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Centro acadêmico de biologia realiza evento promovendo a biodiversidade e inovação

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Por Kenno Vinicius

O Centro Acadêmico de Ciências Biológicas realizou a I Conferência Internacional de Biodiversidade, Ciência Florestal e Inovação Tecnológica entre os dias 26/02 e 01/03. O evento foi organizado em conjunto com o Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal e o Programa de Pós-Graduação em Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia. 

Com o tema “Biodiversidade, Ciência Florestal e Inovação Tecnológica”, a conferência foi integrada com a  XIV Semana Acadêmica de Ciências Biológicas. O público teve acesso à oficinas, mesas-redondas, palestras, resumos e exposições de produtos locais. Confira o que aconteceu durante os dias de evento.

Responsabilidades governamentais com o meio ambiente 

O primeiro dia da Conferência foi marcado com a participação do Diretor de Meio Ambiente da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Acre, André Pelliciotti. Formado em engenharia florestal, André realizou uma palestra que tinha como tema “Governo e meio ambiente”, onde explicou sobre as ações e estratégias da equipe do Governo do Acre em relação à  fiscalização e controle das ações relativas à exploração e preservação ambiental do Estado. 

A estudante de biologia, Grasiele Bernardo, relata que André Pelliciotti associou a ligação entre governo e meio ambiente de maneira didática e bem reforçada. “Foi de suma importância a participação de um representante da SEMA na Semana de Biologia. André conseguiu elaborar uma palestra objetiva que despertou o interesse do público pelo tema”, comenta Grasiele.

Palestras com convidados internacionais

O sociólogo Wilber Tejerina realiza palestra na Conferência. Foto: Cedida

A I Conferência Internacional de Biodiversidade, Ciência Florestal e Inovação Tecnológica teve a participação de pesquisadores de outros países que atuam nas áreas de ciências biológicas, engenharia florestal, agronomia e sociologia. O Prof. Dr. Irving Foster Brown,  realizou a palestra “A Amazônia (região MAP) no contexto das mudanças climáticas” durante o segundo dia do evento. O professor Doutor falou sobre a situação climática especificamente na região de fronteira entre Bolívia, Brasil e Peru, no sudoeste da Amazônia.

A semana teve alguns nomes de outros países marcando presença. Entre eles,  a professora da Universidade Nacional Intercultural de Quillabamba (UNIQ), Maria Elena Chuspe, que falou sobre Gestão da Biodiversidade, pesquisa científica, e consequências da biopirataria.  Completando os palestrantes internacionais, o sociólogo boliviano  Wilber Tejerina, abordou sobre o tema “Conservação da natureza” no terceiro dia do evento.

Mesas Redondas

Foto: Cedida

Possibilitando um debate produtivo das temáticas propostas, um total de 8 mesas redondas fizeram parte da programação da conferência. Entre os temas discutidos estão: concessões florestais, educação ambiental, biopirataria, diversidade de gênero na pesquisa científica, restauração florestal e inovação tecnológica.

A estudante de biologia, Morgana Café, fez parte da mesa redonda com a temática “Diversidade de Gênero na Pesquisa Científica”. A discente falou sobre a importância de falar sobre assunto dentro da comunidade científica.

A discente Morgana Café discute sobre gênero na comunidade científica. Foto: Cedida

“É por meio dessa temática que sabemos os agravantes de cada vivência. Entender que uma mulher cis passa por uma sociedade patriarcal machista, mas que quando nós observamos uma mulher travesti, entendemos que há outras questões que atacam sua existência além do machismo e patriarcados”, comenta a estudante.

A temática também abre uma conversa sobre a maneira que os gêneros são ensinados nas salas de aula. “Como futura professora de biologia, é importante estudar e compreender essa temática para tornar o conteúdo que, por si só, é exclusivo e preconceituoso, em um conteúdo acessível e humano”, explica Morgana.

Importância do evento para os alunos da Ufac


A  Conferência permitiu a divulgação de suas pesquisas de estudantes de biológicas. O evento ofereceu a oportunidade a discentes da Ufac publicarem os seus trabalhos de pesquisa na revista eletrônica Scientia Naturalis.

Alunos da Ufac presentes na Conferência. Foto: Cedida

A estudante de ciências biológicas, Leticia Araujo, foi a pesquisadora de um dos trabalhos escolhidos para serem publicados em uma revista eletrônica. “Eu fiquei chocada e animada por essa oportunidade, porque é a primeira vez que tenho essa experiência na minha vida acadêmica” comenta a discente.

Ao todo, foram escolhidos 15 trabalhos para serem publicados na revista Scientia Naturalis. 

“Eu acho que é uma ótima oportunidade para os estudantes exporem seus trabalhos, e mostrar o seu desenvolvimento acadêmico além de suas aprendizagens estagiando nos laboratórios. Isso é essencial para quem pretende fazer um mestrado doutorado”, comenta Letícia.

A I Conferência Internacional de Biodiversidade, Ciência Florestal e Inovação Tecnológica forneceu um espaço para compartilhar experiências e ideias no ramo científico.  

Foto: Cedida.

O coordenador de comunicação do Centro Acadêmico de biologia, Elhaz Fernando, comenta sobre a importância desses eventos para a comunidade acadêmica.“Esses eventos são importantes para levar informação de outros profissionais experientes para o ambiente da faculdade, propondo perspectivas mais especializadas”, explica o discente.

“Fato é que integram e realçam a formação do aluno na graduação e aproximam o discente de outros campos que por algum motivo ele desconheça” , comenta Elhaz.

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Alunos da Ufac também são atingidos pela enchente do Rio Acre

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A capital acreana enfrenta uma das maiores cheias de sua história. O rio Acre atingiu, no primeiro dia de março, o nível de 17m40, segundo dados da Prefeitura de Rio Branco. Entre os mais de 4 mil moradores desabrigados estão estudantes da Universidade Federal do Acre (Ufac) que enfrentam dificuldades para frequentar as aulas.

Um exemplo é a estudante de Jornalismo Kawane Rocha, moradora do bairro do Taquari, que teve a casa afetada pela enchente. Ela observa que a Universidade não está dando o apoio devido a quem foi afetado pela cheia. “Além do medo da água, a gente também tem preocupação com as aulas, com as atividades e as faltas. Infelizmente, as aulas estão seguindo normalmente. Poderiam passar algo para fazer em casa”, diz.

Também morador do Taquari, um dos bairros afetados pela cheia, Natan de Souza Moreira, estudante de Engenharia Elétrica, relata que no ano passado também foi atingido pela enchente mas teve o auxílio negado pela Ufac. “Cheguei a trancar o curso por causa disso, por não conseguir ir às aulas e por problemas financeiros”, afirma.

O auxílio ao qual Natan se refere é ofertado pela Ufac por meio do Programa de Auxílio Emergencial em situações de calamidade ou emergência pública. No caso das cheias, o estudante precisa, entre outros critérios, ter sido “obrigado a sair da própria residência em virtude da alagação, incêndio ou qualquer outro evento adverso”.

Na primeira chamada do Edital deste ano, no entanto, a bolsa foi negada aos 25 alunos que a solicitaram. Kawane Rocha foi uma dessas estudantes. “Eu tinha uma rotina e a enchente veio de uma vez. Na minha casa não passava mais ônibus e nem catraia [barco], então fui para casa de amigas para conseguir ir às aulas”, conta.

Segundo a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes), os alunos poderão se reinscrever para acrescentar os documentos que faltaram e têm até 90 dias após o evento da cheia para fazer a solicitação.

Texto produzido pelos acadêmicos Guadalupe Pereira, Priscilla Pinheiro, Bruna da Silva, Yasmin Escobar, Yana Vitoria da Silva e Ana Keli sob supervisão do professor Wagner Costa. A produção faz parte da disciplina Fundamentos do Jornalismo.

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Instâncias de representação discentes lutam por direitos e melhores condições de ensino para estudantes

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Ao ingressar na universidade o estudante se depara com muitas dúvidas relacionadas a vida acadêmica e ao cotidiano da instituição. Diante dos novos desafios que a busca de uma graduação impõe, se faz necessário que os calouros tenham conhecimento de como as instâncias universitárias exercem um papel crucial na representação dos estudantes, seja atuando no auxílio das demandas acadêmicas até fomentando debates sobre questões de interesses estudantis que fortalecem os direitos de fala e manifestação dos alunos.


Uma das principais instâncias de representação discente é o Diretório Central dos Estudantes, o DCE. A presidente do diretório, Ingrid Maia, afirma que as atividades que o DCE oferta para os universitários são para além de representatividade. O órgão oferece suporte em matrículas, em inscrições de editais, amparo nas demandas acadêmicas como recargas de passe, assim como promove espaços de descanso e lazer.


Para ela, o DCE possui o papel principal de representar os interesses dos estudantes perante a universidade, dialogando com a gestão, coordenações e direções de centro. Participa, ainda, de fóruns e comitês levando sempre as demandas da comunidade acadêmica, que são levantadas por meio dos Centros Acadêmicos (CAs), Atléticas, Coletivos e Movimentos Sociais que atuam dentro da universidade.


Tácila Matos, aluna do 5º período de Jornalismo, é presidente do Centro Acadêmico Elson Martins e explica que os CAs são entidades representativas dos estudantes responsáveis por levantar assuntos e levar alguns questionamentos e demandas do curso para outras instâncias, como o DCE. “O CA trata sobre a vivência do estudante naquele curso, ele vai ouvir as demandas, pensar em estratégias de resolução e debate contra algumas questões e também promover uma forma de compartilhamento e inclusão”, complementa.

Coordenadora do curso de Jornalismo, a professora Tatyana Lima destaca a importância dos estudantes participarem das reuniões de colegiado, outra instância na qual a representação discente deve se fazer presente. “É muito importante que os alunos participem, é por isso que os Centros Acadêmicos precisam estar fortalecidos para que os alunos que estão chegando agora os procurem para participar das assembleias e manifestar se gostariam de participar do colegiado. É ali onde todas as tomadas de decisões do curso vão ser feitas”, explica.


A docente ressalta que essa instância é integrada não apenas por representantes docentes, mas também por discentes, que se reúnem em assembleias e escolhem quatro alunos – dois suplentes e dois titulares – para também representá-los. É o colegiado que tem a responsabilidade de elaborar o projeto pedagógico, acompanhar a implantação, de apreciar e homologar os planos das disciplinas – tudo o que os alunos estudam em sala de aula passa
pelo colegiado. Além disso, são responsáveis por realizar avaliações e sistematizar essas avaliações para que o curso se desenvolva, e dessa maneira consiga propor estratégias para superar as lacunas que vão detectando.


Movimento Estudantil – Brendha Alves, estudante do curso de Licenciatura em História, é membro ativa do Movimento por uma Universidade Popular (MUP) e considera o Movimento Estudantil importante pois é uma forma que os estudantes possuem para ter voz e participação nas decisões que afetam suas vidas acadêmicas e as condições de estudo dentro do campus.

Para Alves, o movimento desempenha um papel fundamental na defesa dos direitos dos estudantes, na luta por melhorias na qualidade de ensino, na promoção da inclusão, da diversidade, além de ser um espaço de formação política. “A participação dos estudantes é crucial, porque são eles os principais interessados nas questões que o Movimento Estudantil aborda”


Texto produzido pelos acadêmicos Adrya Miranda, Ana Luiza Pedroza, Daniel de Paula, Laianny Silva e Matheus Valente sob supervisão do professor Wagner Costa. A produção faz parte da disciplina Fundamentos do Jornalismo.

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